Capítulo 35

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POV. Nairobi

Seguro o teste e vejo o resultado. Deixo uma lágrima cair.

Uma barra. Negativo.

Por um lado, estou feliz. Não vou para um assalto com um bebé, mas por outro... já comecei a pensar que devia estar grávida e a ideia de ter uma criança e cuidar dela é boa. Só quero ir buscar o Axel antes.

Deixo mais lágrimas escorrerem e limpo-as. Passo o rosto por água e saio da casa de banho depois de enrolar o teste num pedaço de papel higiénico e deitá-lo fora.

Encontro o Berlim lá fora a beber um pouco de vinho e parece pensativo. Aproximo-me dele.

- Podemos falar?

- Claro!

- Fiz o teste - Baixo o som. - Negativo. Não estou grávida.

A expressão do homem muda de uma tensa para uma aliviada.

- Não querias ter um bebé? - Pergunto.

- E-Eu não acho que seja o momento. Por isso, estou aliviado. Quer dizer, vamos assaltar a Casa da Moeda e não te fazia bem estares grávida agora. Tu querias? Estar grávida, digo.

- Bem, a possibilidade de puder ter um bebé animou-me e deu-me esperanças. Imagina. Íamos buscar o Axel e dar-lhe um maninho ou maninha - Digo, com lágrimas nos olhos e tento que a voz não me falhe.

Ele limpa-me as lágrimas.

- Depois do assalto, falamos melhor disso, sim? - Ele beija-me a testa e abraça-me.

Retribuo o abraço.

- És uma mulher forte e maravilhosa. Vais cuidar do nosso filho super bem se o quiseres ter, mas este não deve ser o momento.

- Quem trouxe Modern Family? - Oiço o Rio pergintar alto e rio.

Limpo as lágrimas e vou ter com ele.

- Fui eu. E... não foi fácil - Rio.

- Podemos ver hoje - Sugere a Tóquio, não sei onde.

Assusto-me.

- Onde é que apareceste, Tóquio? - Pergunto, recuperando-me do susto.

- Estive sempre aqui - Responde ela. - Queres fumar um cigarro e conversar?

- Claro! - Afastamo-nos e damos uma volta aqui perto e reparo que a Tóquio está muito quieta.

- Que foi? - Pergunto, soltando a fumaça.

- Tenho medo que isto não corra bem. Não é que não confie no Professor, mas... é arriscado e eu nem sempre tive muita sorte em assaltos - Confessa a Tóquio.

Seguro-lhe as mãos.

- Confias no Professor, não é?

Ela assente.

- Então, vai correr bem. Ele estuda este plano há anos e está sempre um passo à frente da polícia. Sem contar que ele vai nos salvar se corrermos o risco de sermos apanhados. Ele irá sempre proteger-nos! Não tens de te preocupar. Não disseste que o Professor é o teu anjo da guarda?

- Sim, devem ser os nervos. Mas a conversa de se nós formos apanhados, assusta-me ou se ele não nos atender o telefone.

- Hey! - Seguro-lhe o rosto, com o cigarro entre os dedos de forma que não lhe toque. - Vamos sair de lá todos vivos e ricos para caralho.

Ela sorri.

- Obrigada, amiga. Sabes sempre deixar-me mais descansada. Mas admite: Também te assusta que isso aconteça?

- Cago-me de medo - Rimos. - Eu estou determinada a sair daquele banco e a ir buscar o meu filho. Vamos para uma ilha paradisíaca eu e o meu filho. Se alguém tentar impedir-me disso, eu juro que lhe dou cabo da vida!

- Eu sei! E eu vou querer conhecer o meu sobrinho, hein? - Diz ela.

- Sobrinho?

- Ué, o Axel, sua lerda.

Rio.

- Claro - Sorrimos e conversamos sobre temas aleatórios enquanto fumamos.


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- Nairobi! - Oiço o Moscou. - Então?

Vamos para o seu quarto e fecho a porta.

- Falso alarme. Não estou grávida - Deixo uma lágrima escapar.

Passo as mãos na cara. Ele senta-se ao meu lado. Deito a cabeça no seu ombro.

- Eu queria um bebé, Moscou! Eu pensava que ia dar positivo - Digo, bem triste.

- Querida... Lamento imenso - Diz ele. - Mas, ao menos, não tens de ter essa preocupação durante o assalto. Ia ser difícil estares lá grávida. Mas, seja como for, eu ia ajudar-te se precisasses.

- É... Eu acho. Obrigada! - Sorrio e ele beija-me a testa.

- Anda.


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Depois de jantarmos, vemos uns episódios aleatórios de Modern Family e a banda toda apaixonou-se pela série. Foram só risadas!

- Dói-me a barriga de tanto rir! - Diz o Denver, agarrado à sua barriga.

- A mim também - Diz a Tóquio, limpando umas lágrimas.

- É né? - Rimos, às gargalhadas e conversamos antes de irmos nos deitar.


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Vou deitar-me com o Berlim, mas só para ter a sua companhia.

Ele dá-me um selinho no ombro.

- Hoje, não! Quero dormir - Digo, com a cabeça no seu ombro pensando um pouco.

- Estás a pensar no teste, né?

Assinto.

- Eu estava convencida que estava grávida e levei um susto por causa do assalto. Senão fossemos assaltar a Casa da Moeda, fazia o teste e só torcia para dar positivo, mas assim é difícil e tinha medo de ter uma gravidez de risco pelo assalto. Vai ser muito stress lá - Digo.

- Tens razão - Ele faz carinho no meu braço.  - Mas se queres um filho, podemos fazê-lo depois do assalto e de uma conversa mais séria sobre o assunto.

- A sério? - Pergunto.

- Sim, mas vamos dormir - Diz ele.

Beijo-o até perder o fôlego.

- Obrigada! - Sorrio e deito-me para dormirmos um pouco.











Desculpem não ter colocado a Nairobi grávida porque acredito que mts de vocês queriam ela grávida.

Berlobi: Love Story [PORTUGUÊS]Onde histórias criam vida. Descubra agora