Capítulo 27

118 9 1
                                    

POV. Nairobi

Acordo com o despertador e resmungo algo com o barulho do aparelho.

Suspiro e passo por cima do Berlim para desligar o despertador.

- Berlim? - Pergunto, baixo.

- Hey! Berlim? - Pergunto, mais alto. - Levanta-te e vai para o teu quarto antes que te vejam.

O homem abre ligeiramente os olhos e resmunga.

- Mais 5 minutos.

Bufo.

- Berlim... Vai para o teu quarto - Ordeno.

Ele passa as mãos na cara e suspira.

- Tá bom, mas ajuda-me a levantar - Pede ele, esticando o braço.

Seguro a sua mão e, antes que possa puxá-lo, sinto ele puxar-me para si e como ele é mais forte e apanhou-me desprevenida, caio sobre o seu corpo. Ele ri e eu continuo séria.

Ele segura-me o rosto e beija-me os lábios.

- Berlim, é sério! - Reclamo, ao sentir ele abraçar-me a cintura. - E vai lavar os dentes. Estás com um hálito horrível.

- Acabei de acordar, querida - Ele ri e reparo que não está a olhar-me para os olhos. - Como se o teu hálito estivesse muito melhor.

Tento perceber para onde olha e quando percebo, dou-lhe um tapa no braço enquanto me levanto.

- Tarado! - Respondo, brava e perco imediatamente o bom humor para o resto do dia. - Queres parar de olhar para o meu peito e ires-te vestir?

- Ok, pronto - Ele levanta-se e veste a roupa, antes de sair.


-------------------------


- Faremos uma chamada de controlo a cada seis horas - Informa o Professor.

- E se não nos telefonares? - Pergunta a Tóquio.

- Ou se não nos atendeste o telefone? - Pergunto.

- Se surgir algum imprevisto, vão ter de esperar até à próxima chamada até completar um ciclo de 4 chamadas. Vinte e quatro horas - Responde o Professor.

- E se nas 24 horas tivermos perdido o contacto contigo? - Pergunto.

- Isso significa, quase de certeza, que me terão detido e me estarão a interrogar - Responde ele.

Sinto o meu estômago revirar-se só de pensar nisso e volto a olhar para a frente enquanto todos murmuramos coisas, tipo "Não", "Isso não pode acontecer" e "Meu deus!".

- Não percam a esperança até os quatro ciclos passarem - Avisa o Professor. - Isso também é em caso extremo. Tenham calma!

O Professor continua a explicar e vou anotando coisas para o caso de isso chegar mesmo a acontecer.


-----------------------


Acabamos a aula e vou guardar as minhas coisas no quarto. Sento-me num sofá a pensar um pouco no que o Professor disse.

- Hey, estás bem? - Sou interrompida dos meus pensamentos pelo Berlim.

- Estou sim, obrigada - Respondo, curta.

Tento cortar a conversa e torço para ele me deixar em paz.

- De certeza? - Insiste.

- Sim, deixa-me, se faz favor - Peço.

- Nossa. Porquê? - Ele volta a insistir e começo a chatear-me.

- Porque quero. Porra, deixa-me!

- Não ouviste ela pedir para parares? - Oiço o Moscou, perto de nós e com uma cara de poucos amigos para o Berlim.

Berlobi: Love Story [PORTUGUÊS]Onde histórias criam vida. Descubra agora