Capítulo 9

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POV. Berlim

Acordo e levanto-me da cama. Espreguiço-me e entro na casa de banho para lavar os dentes e tomar um banho. Penteio o cabelo e visto uma camisa social branca com botões, uma gravata de cor escura e um colete preto sem mangas. Na parte de baixo, coloco umas calças escuras com um cinto preto e calço-me.

Pego num blazer e visto-o, indo para a cozinha preparando o meu café da manhã.

- Bom dia - Encontro o meu irmãozinho a conversar com o Moscou.

- Bom dia - Respondem os dois.

- Estão a falar do quê? - Pergunto, colocando o café na caneca e manteiga nas minhas torradas.

- A contar histórias - Responde o Moscou.

- Interessante - Sento-me ao lado deles, comendo uma torrada.

O Moscou conta a história que tinha acabado de contar ao meu irmão e lembro-me de uma história parecida que tive com o de óculos.

Conto ao Moscou, modificando umas coisas já que não podemos contar que somos irmãos.

- Olá - Aparecem na cozinha as garotas. - Tudo bem?

- Bom dia! - Diz o Moscou, alegre.

- Tudo ótimo - Respondo, sorrindo. A Nairobi faz uma sandes com queijo. Senta-se ao meu lado, comendo e ouvindo as nossas histórias. A Tóquio senta-se à frente do Moscou com um sorriso na cara. A Nairobi também está alegre com um sorriso maravilhoso, nos lábios.

O Denver entretanto aparece com o Oslo e o Helsinque.

- Oi, malta - Cumprimenta o Denver.

- Bom dia, meu amor - Cumprimenta-lhe a Nairobi. Sinto o meu estômago dar uma volta com ela a chamar o Denver de "meu amor".

Os sérvios pegam em comida e comem enquanto se sentam connosco. O Rio aparece na cozinha com uns calções pretos e uma camisa vermelha da Calvin Klein.

- Perdi a noção das horas. Vamos para aula - Avisa o Professor e subimos.

- Hoje, falaremos sobre o que é mais importante neste golpe.

- Ganhar tempo! - Exclama a Nairobi, mordendo a ponta da sua caneta com um sorriso na boca, deixando-a ainda mais atraente do que já é.

- Exato - O Professor assente e ajeita os seus óculos. - Há muitas maneiras para ganharem tempo, mas isso também depende da situação em que vocês estão.

Ele continua a explicar sobre ganhar tempo e não consigo evitar olhar às vezes a Nairobi. Via-a a escrever no caderno, a morder a ponta da caneta e a prestar atenção ao Professor, com um olhar muito atento, como se estivesse absorvida na aula. Uma dessas vezes, os nossos olhares encontram-se e ela finge que me manda um beijo e pisca o olho.

Sorrio e mordo o lábio. Baixo a cabeça meio envergonhado e rio baixinho. Espero que o meu irmão não tenha percebido estes olhares.

Voltamos a prestar atenção à aula e anoto coisas no meu caderno.




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Estamos na mesa, conversando enquanto eu decido desenhar o Moscou a apanhar algum sol.

- Então pai, tudo bem? - Pergunta o Denver, colocando-se a mão nos seus caracóis e acariciando um pouco os mesmos.

Sorrio com a ternura dos dois.

- Estás a deisenhar? - Ouço a voz do Oslo, por cima do meu ombro. - Está muito bom.

- Obrigado, meu amigo.

Berlobi: Love Story [PORTUGUÊS]Onde histórias criam vida. Descubra agora