FEARLESS • harry potter

• dez •

CAPÍTULO DEZ
yule ball

Hydra, em sua vida inteira, jamais vira tantas garotas em estado de desespero, para todo e qualquer canto que olhava, via inúmeras delas correndo com grandes penduricalhos nos cabelos e carregando seus vestidos para o baile. Nada era mais assustador do que centenas de garotas desesperadas para ficarem bonitas no dia do baile, foi isso de Benedict disse quando saiu do dormitório feminino. Já Penelope, ao contrário de todos, estava calma como se aquele fosse qualquer outro dia. Seus olhos atentos passavam por uma das páginas da revista trouxa que lia.

Suspirou cansada quando o tédio tomou conta dela, jogou a revista para algum canto do dormitório e se atirou na cama. Hydra riu da situação.

— Não vai começar a se arrumar? — a garota questionou.

— Eu não preciso me desesperar e ficar pronta horas antes. — Penelope disse. — Não entendo a loucura delas se podemos apenas usar magia. É mais rápido e prático.

— Ah, eu acho que elas gostam disso. — comentou. — Sabe, a adrenalina de participar de um grande baile, o nervosismo por causa da perfeição que elas buscam e claro, por querer surpreender seus pares.

— E você, quer surpreender alguém? — Penelope questionou.

— Não preciso surpreender ninguém, Penny, é só uma festa. — ela sorriu.

Penelope então se levantou e caminhou até o espelho do quarto, observando o rosto de Hydra à luz esverdeada daquele lugar.

— Nem mesmo um certo Harry Potter? — ela perguntou.

Hydra revirou os olhos.

— Nem mesmo ele, Penelope. Somos amigos. — respondeu. — E... Seria estranho se nós tivéssemos algum tipo de relacionamento senão amizade, não é?

— Estranho?

— É, nossos pais queriam que fôssemos melhores amigos. Amigos. — falou, confusa.

Penelope suspirou irritada.

— Pois eu acho que não seria nada estranho. — disse. — Vocês foram literalmente feitos um para o outro.

— Não fale bobagens. — Hydra riu. — Eu e Harry não temos esse tipo de interesse um no outro.

— Se você insiste... — Penny brincou.

E as horas se passaram como folhas caídas que voavam com a brisa forte de uma tarde de outono, fazendo com que as duas garotas finalmente tomassem coragem para ficarem prontas. Com magia, Hydra gargalhou ao ver fios de seus cabelos ao alto, logo se formando em um belo penteado simples. Seus lábios, como os de Penelope, tinham um tom rosado e brilhante como das velas que viam por todo lado no castelo. Já seus olhos, azuis como o céu aberto, ficaram mais aparentes por causa do brilho que agora tinha em suas pálpebras.

Penelope parecia uma integrante da realeza, digna do sobrenome Monarch, com seus cabelos loiros e soltos aos vento como o de uma estrela de cinema bruxo. Seu vestido verde feito o brasão de sua casa, cujo a ela fazia lembrar das plantas e flores que Neville também gostava de cuidar. Disse que escolheu aquele vestido por causa dele, assim como o garoto escolhera uma gravata da mesma cor. E quando estavam preparadas para sair, Benedict apareceu no dormitório, vestindo um belíssimo traje clássico dos estudantes de Durmstrang, de uma cor vermelha feito sangue, digno de um cavalheiro.

— O que acham? — perguntou o garoto, enquanto dava uma volta. — Draco Malfoy está com inveja porque agora sou oficialmente o sonserino mais bonito.

Hydra riu.

— Bem, se esse título não envolver garotas, pode ter certeza de que é você. — ela disse.