• quarenta e nove •

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CAPÍTULO QUARENTA E NOVE
the rise of lord voldemort

Hydra nunca pensou que voltaria para aquele lugar, não daquele jeito e não com as intenções que tinha, mas precisava acertar as coisas e assim as faria com a ajuda do seu próprio nome. Depois das cerimônias de despedida para Dumbledore, ela não pôde ir para outro lugar que não fosse a Casa Black, nem sequer se despediu de Harry ou trocou alguma palavra com seus pais, que também estavam lá, ela simplesmente apareceu na casa vazia. Penelope fora junto com ela, já sabendo que não seria uma viagem de apenas uma parada, ou seja, já levavam coisas que poderiam ser necessárias em mochilas e na bolsa que Harry havia dado para Hydra. Monstro fora obrigado a participar do que quer que fosse aquele plano, afinal de contas, ele deveria saber de alguma coisa sobre aquela casa que poderia ajudá-las. Aliás, Monstro teria de ajudar Hydra, já que aquela atitude que ele tomou ao não contar sobre seu pai criou uma dívida difícil de ser paga.

A Casa parecia estar mergulhada em poeira, apesar de ter uma limpeza constante, mas todos sabiam que Monstro não se importava em limpar as coisas de verdade, ficava apenas resmungando frases desconexas. Quando entraram, foram atingidas por um feitiço contra invasores, assustador, mas fácil de ser desfeito, apesar disso, a casa estava em completo silêncio, como se nunca a Ordem da Fênix tivesse passado por ali. Exploraram a propriedade antes de tudo, subiram as escadas barulhentas, seguraram as maçanetas prateadas das portas e tentaram abrir algumas delas, como a de Sirius, que até então permanecia intacta, assim como toda a mobília do quarto. Hydra nunca havia entrado lá e pensava com seus botões que seu pai deveria odiar entrar ali todos aqueles dias, mesmo assim, observou cada detalhe possível. Os pôsteres animados de quadribol, incluindo os que tinham o rosto de Pandora, ainda muito jovem e jogando com as Harpias de Holyhead, ela era um sucesso naquela época, Sirius parecia saber disso já que tinha uma pilha só de jornais que falavam dela.

A cama também estava arrumada, vermelho e amarelo decorando até mesmo os travesseiros, assim como os outros detalhes na parede. Algumas fotos espalhadas em cima da cômoda de cor escura mostravam algumas memórias queridas, uma foto de quando eram adolescentes, provavelmente na formatura e um grupo grande sorria para a câmera, outra mostrava Sirius com um bebê no colo, usando um chapéu de festa e aparentemente cantando uma música animada enquanto a filha gargalhava. Outra, porém, perto de uma carta deixada aberta no local, mostrava um bebê de olhos bem esverdeados, sobrevoando em uma vassoura enquanto os pais corriam atrás dele feito loucos, um homem igual a criança mas com óculos redondinhos sorria orgulhoso, enquanto a mulher de cabelos dourados parecia gritar de susto, mas ainda assim ria. Os pais de Harry, Hydra os reconheceu.

— Sua mãe era muito famosa. — Penelope comentou, ainda observando os pôsteres. — Bem, meu pai também, se lembra quando eles jogaram juntos com a Federação Inglesa?

Hydra sorriu, bons tempos aqueles em que eram apenas crianças e pensavam que seus pais eram heróis.

— Vai olhar mais alguma coisa aqui? — ela perguntou. — Sabe, fiquei curiosa sobre aquela porta, você já entrou ali?

A garota franziu o cenho, então acompanhou a melhor amiga até perto da porta escura que mostrava as letras "R.A.B.". Então se lembrou que já havia visto aquelas iniciais na árvore genealógica da família, aquele quarto pertencia ao seu tio.

— Regulus Arcturus Black. — Hydra sussurrou. — Meu tio, ele morreu há bastante tempo. Não conseguiu abrir a porta?

— Não, ela simplesmente não abre. Acho melhor não tentar mais, ela pode quebrar. — Penelope respondeu.

— Acho que não deve ter algo importante aí dentro, já faz tanto tempo que ele morreu. — disse. — Vamos, está na hora de falar com a vovó.

FEARLESS • harry potterOnde histórias criam vida. Descubra agora