CAPÍTULO QUARENTA E OITO
of all things, the worstEles velaram Aragogue naquela noite, seu corpo deixou Hagrid aos prantos e fez com que Slughorn ficasse interessado, como todos previam. Os três beberam em memória da aranha, enquanto o meio-gigante chorava feito um bebê com saudade. Harry observou enquanto a garrafa de vinho esvaziava e mais alegres os outros dois ficavam, enquanto em sua cabeça apenas o trabalho que estava fazendo ali latejava. De repente, Slughorn mencionou a mãe de Harry, contou-o como ela era uma bruxa inteligente e esforçada, mencionou Pandora, sua melhor amiga e como ambas se davam bem no preparo de poções. As coisas se tornaram emocionais quando Harry disse que sentia falta dela, porquê era verdade, mas também porquê tinha de mostrar a Slughorn qual era o custo daquela lembrança.
— Seja corajoso como a minha mãe, professor. — ele disse.
Slughorn lhe cedeu aquela lembrança, tirou-a com sua varinha como se fosse um fio de cabelo branco e a colocou em um frasco de vidro, provavelmente sempre o carregando caso encontrasse algum ingrediente para poções. Harry conseguiu.
O que viu naquela lembrança talvez fosse uma das peças chaves para tudo o que corroeu o mundo bruxo, Dumbledore ficou radiante quando Harry o encontrou em seu escritório, tarde da noite e carregando um frasquinho, orgulhoso de si mesmo por ter conseguido a lembrança. Viram Tom Riddle ainda jovem, sem feições misturadas com a de uma cobra como costumavam vê-lo, ele era apenas um adolescente como qualquer outro, exceto pelo o que tinha por dentro. Aquela maldade de verdade, que toca o coração e o deixa escuro, cheio de terror, o impedindo que ver a paz. Tom Riddle já era assim em sua juventude, maldoso. Perguntara ao Professor, pelo que viram na lembrança, do que se tratavam as Horcruxes. Slughorn tinha vergonha daquilo, de tê-lo contado a verdade, de nem sequer pensar em repreendê-lo por procurar tal coisa. O garoto se assustou, porquê viu naquele tom que o jovem Lord Voldemort usava, o mesmo que Hydra mencionara. A forma com que falava, medindo suas palavras, planejando cada passo e usando o cinismo ao seu favor, era inteligente e mau.
Uma Horcrux era um objeto usado para ocultar a alma dividida de um bruxo, assim, mesmo que a pessoa morra, uma parte de si continua viva. Porém, matar é o único jeito de corromper a alma para assim conseguir dividi-la. Poderia fazer alguém imortal. Bem, ele não fez apenas uma, fez seis. Duas já haviam sido destruídas, o diário de Tom Riddle e o anel dos Gaunt, mas onde estariam todas as outras? Ao menos tinham palpites, onde mais Voldemort manteria pedaços de sua alma que não em objetos extremamente especiais? Como o medalhão de Slytherin e a taça de Hufflepuff. E, claro, a cobra. Com todas elas destruídas, seria mais fácil matá-lo.
A primeira vez que Harry sentiu medo vir de Hydra, um medo real e que faz o coração bater rápido, a respiração dificultar e uma onda de frio invadir seu corpo, foi quando contou sobre as Horcruxes e o que havia descoberto. Hydra simplesmente não falou nada, seu silêncio foi pior do que qualquer outra coisa, Rony e Hermione questionavam sobre tudo, enquanto ela pensava. A certeza de que devia fazer alguma coisa estava presente como nunca, uma única palavra martelando em sua cabeça: perigo. Não sabia o que deveria fazer, mas sabia que tinha que descobrir, como poderia ajudar Harry? Ir caçar as Horcruxes com ele não era uma opção, não precisavam de mais alguém ali, precisavam de alguém que tivesse informações.
Informações do outro lado.
— Hydra.
Ela continuou quieta, mas dessa vez segurou a mão de Harry, tão forte, tão capaz de o segurar ali para sempre. Tão certa do que tinha que fazer e ao mesmo tempo repleta de medo.
Os dias se passaram com rapidez, semanas em que tudo parecia estar normal, mas ao mesmo tempo todos lutavam contra seus próprios demônios. Hydra, passou todas aqueles tempos livres na biblioteca, leu tantos livros que não parava de pensar neles, táticas de guerra, feitiços de defesa, textos sobre Oclumência e formas de começar a praticá-la. Estava se preparando e nem mesmo sabia para quê, mas a todo momento, a cada página que lia, Hydra via o rosto de Benedict, então pensava que estava fazendo aquilo porquê não podiam perder mais um. Ao olhar no espelho antes de dormir, ela via as olheiras escuras, o choro guardado e a vontade de ver tudo aquilo acabando, porquê agora as coisas dependiam dela. Penelope notara aquilo e sabia que algo estava errado.
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FEARLESS • harry potter
FanfictionDESTEMIDA | "aquela que foi sentenciada ao desespero, ajudará a derrotar o lorde das trevas com esmero." HYDRA é o nome da maior das constelações contemporâneas e de uma fera que quando tem sua cabeça arrancada regenera-se em número maior, aquela cu...