FEARLESS • harry potter

• cinquenta •

CAPÍTULO CINQUENTA
the truth

De fato a travessia que levou Harry Potter e os seis gêmeos idênticos não foi nada boa, levando em consideração que não sabia sobre o ataque dos Comensais da Morte e que haviam perdido pessoas importantíssimas como Olho-Tonto. Voldemort foi pessoalmente no ataque, voando como se fosse feito de vento também, enquanto seus olhos ofídicos encaravam Harry e ninguém mais. Nikolai e Edmund estavam ali também, escondidos entre os Comensais da Morte, azarando qualquer um que jogasse feitiços contra alguém da Ordem da Fênix, fingindo apenas estarem desnorteados com a situação. Ambos não saíram feridos gravemente, mas tiveram de usar bandagens para curar pequenos arranhões que ganharam naquela disputa confusa. Felizmente, mesmo com o acidente que acontecera no meio da viagem, Harry e Hagrid conseguiram voltar até a Toca, Nikolai e Edmund haviam partido também, logo após verem o garoto sumir.

É claro que Hydra nem sequer esperou para receber notícias, poucos minutos depois de ter recebido um aviso de Nikolai, ela já estava se direcionando imediatamente para a Toca. Penelope a ajudou a aparatar, mesmo que a garota já tivesse praticado, ela ainda não podia aparatar sozinha sem o Ministério saber. Já estava muito escura a noite quando chegaram, o barulho alto como um grande estalo chamou a atenção de todos que estavam ali, fazendo que alguma pessoas saíssem de dentro da casa para entender o que havia acontecido. Hydra viu entre eles, seus pais com as mãos dadas e com machucados por todo lugar, enquanto seguravam as varinhas apontadas para elas, temendo que fossem outras pessoas usando a Poção Polissuco. Assim como os dois, Kingsley, que trabalhava no Ministério, Lupin e Tonks, mais alguns Weasley as observavam fazer qualquer movimentação. Hydra não pegou sua varinha, ela não temia ninguém ali. Tinha medo, na verdade, da falta de alguns deles.

— Onde está Harry? — ela questionou. — Ele chegou, não é?

Eles ainda estavam desconfiados.

— É mesmo você, Hydra? — Remus perguntou.

Ela revirou os olhos e avançou contra eles, sendo segurada por muitos braços. Terror tomou conta de sua cabeça, suas veias ficaram evidentes por conta de força que fazia em tentar se soltar. Por que Harry não aparecia? Por que não saía logo de dentro da casa?

— Me deixem falar com ele! Ele chegou, não chegou? Onde ele está? — ela berrou. — Harry! Me deixem ir!

— Prove que é você! — Rony exclamou. — O que atingiu Hydra Black no primeiro jogo contra a Grifinória?

— Um Balaço, Rony! E foi o maldito Gregory Goyle quem enviou. — gritou de volta. — Agora me diga onde ele está! Por que não vem aqui? Harry está bem?

E se ele não estivesse ali? E se tivesse morrido? Não podia ter morrido ali, não naquela situação, Nikolai e Edmund não teriam voltado para Durmstrang sem saber que ele estava seguro. Nunca se sentiu tão decepcionada consigo mesma, se seu único trabalho ela ajudá-lo e protegê-lo, por que não conseguia nem fazê-lo com maestria? Praguejou a si mesma e sentiu suas mãos tremerem.

"Harry, por favor. Responda."

E em poucos segundos um barulho alto de porta batendo foi ouvido. Harry, caminhando desesperadamente na direção de Hydra, enquanto a garota deixou seus joelhos cederem ao chão, já sem forças para continuar de pé. O garoto parou em sua frente, também perto do chão e a encarou.

— Você está vivo. — ela sussurrou. — Está vivo...

Ela nunca sentiu tanto alívio em sua vida inteira, mas quando as mãos de Harry segurou as suas, ela soube que tudo estava bem por enquanto.

— Estou vivo, Hydra. — ele respondeu. — Viu só? Sinta.

Harry guiou a mão de Hydra até seu peito, o coração batendo contra os dedos dela, tão forte e tão vivo. Como se ninguém mais estivesse ali, observando-os, a garota envolveu os braços ao redor do pescoço dele e respirou fundo, o peso em suas costas um pouco mais leve. Leve até Harry começar a falar.