• quinze •

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CAPÍTULO QUINZE
when harry sees something

— Ora essa, quem é ele para me dar sermões sobre ultrapassar os limites da escola! — Harry esbravejou. — Ele próprio fazia isso quando aluno.

— Sirius Black não era Harry Potter, o menino que sobreviveu. — ela disse.

Hydra apenas revirou os olhos, observando Harry de longe, enquanto ele lia uma carta enviada por Sirius, onde o homem lhe dava um belo sermão sobre ter ido até a floresta proibida junto de Viktor Krum. A garota sabia que ele faria um escândalo pior caso fosse ela a ter sido descoberta fora do castelo, mas Sirius nem sequer pensara que ela também estava lá na floresta. Estavam os dois dentro de uma sala vazia durante os últimos períodos da manhã, treinando como cotidiano feitiços de defesa. Ela trajava um calças e preferira não vestir a capa, a qual poderia facilmente dificultar os movimentos durante o treino. Seus cabelos escuros estavam presos atrás de sua cabeça, confirmando que ela estava ali para lutar de verdade, como aprendera em sua antiga escola.

— Quer parar de ler essa maldita carta e vir até aqui? — ela questionou. — A varinha, Harry.

O garoto caminhou até o centro da sala, deixando uma distância de alguns passos até Hydra. A varinha em mãos, enquanto ajeitava o cabelo comprido que caía sobre sua testa. Ela sorriu, animada, sempre gostara de duelos, era amante de competições as quais ela facilmente ganharia.

— Entende que precisa se concentrar, não é? Mesmo quando estiver dentro do labirinto, não pode perder o foco. — ela falou. — Deixe que o seu adversário mostre o poder que tem.

Então você vai encontrar suas fraquezas, ela repetiu o que havia aprendido algum tempo antes. Os olhos atentos de Harry a observavam.

— Não há covardia em se defender do perigo, Potter. Portanto, hoje eu vou ser o seu perigo, porque você precisa aprender a lidar com isso. — ela disse. — Me surpreenda.

Ele a encarou, nervoso, mas respirando fundo para tentar achar feitiços defensores em sua memória, quase falhando quando um grito e um jato de luz vieram até ele com ferocidade, mas sem o atingir. Harry conseguiu desviar de mais um feitiço quando ele veio em sua direção sem aviso ou espera, Hydra apenas sorria abertamente, com aqueles olhos que ardiam em malícia por qualquer tipo de competição, ela fervia por dentro com a adrenalina de se sentir vencedora. O garoto sentia aquela vibração vinda dela, só não entendia como.

Expelliarmus! — ela berrou, segurando a varinha na direção de Harry.

Protego!

Confundus!

Mas depois de desviar de dezenas de feitiços, Harry decidiu que não poderia apenas se defender sem atacar, respirou tão fundo que conseguiu sentir o ar dentro dele e deixou que a palavra saísse de sua boca com ferocidade. Ele queria sentir a malícia que vira nos olhos de Hydra.

Estupore!

E ele viu aquele jato vermelho de luz passar por entre sua mão, como se o mundo andasse em câmera lenta por alguns segundos. O feitiço atingiu Hydra em cheio, fazendo com que ela cambaleasse para trás e então caísse no chão. Harry correu até ela, segurando-a sem seus braços para não se machucar mais no chão duro de pedra, ele se sentia culpado por deixá-la inconsciente, mas orgulhoso por tê-la combatido. Hydra abriu os olhos em alguns minutos, sentindo sua cabeça doer por causa da queda e se viu abraçada por Harry, o que a fez rir, já que ele parecia apavorado.

— Me desculpe. — ele pediu.

— Se desculpar por ter sido melhor do que eu? — ela riu baixinho. — Estou orgulhosa de você.

FEARLESS • harry potterOnde histórias criam vida. Descubra agora