• dezenove •

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CAPÍTULO DEZENOVE
don't blame them

Hydra encarou as escadas desgastadas que levavam até uma porta de madeira escura, a qual todos estavam se direcionando. Foi Lupin quem deu uma batida na porta com a varinha e fez com que ela se abrisse em alguns segundos, aguçando a curiosidade da garota sobre o lugar, o homem e uma mulher chamada Tonks carregaram o malão e a coruja de Harry até dentro. Hydra observou tudo o que pôde daquele pedaço de casa, lugar que parecia estar se deteriorando aos poucos, como se não tivesse sido visitado por décadas, o que provavelmente acontecera. Quando estavam entrando, a mãe de Rony, Sra. Weasley desceu correndo as escadas, indo na direção de Harry, o abraçando como um filho.

Os outros, entraram para o que aparentemente era uma reunião secreta e Molly os avisou que era apenas para membros da Ordem, a qual não inseria os mais novos dali. Foram levados para o outro andar, onde aparentemente iriam dormir, Penelope e Benedict os seguiam mais atrás, ainda se despedindo da mãe que entrara na sala da reunião logo em seguida. Hydra observou as escadas assustadoras daquele lugar, tudo era feito com a madeira mais escura e os papéis de parede mais esverdeados que ela já vira, nem mesmo seu salão comunal era tão obscuro quanto aquela casa. As meninas ficaram em um quarto separado, grande e com quatro camas espalhadas, duas já claramente ocupadas e as outras ainda arrumadas. Hydra deixou suas coisas em cima de uma das camas e começou a explorar o quarto, então ouviu um grito e deduziu que fora por causa de Harry.

— O que você acha que é esse lugar? — Penelope perguntou.

Hydra observou os quadros quietos pendurados na parede, as pessoas neles estavam quietas.

— É uma casa. — deduziu. — A casa de alguém da Ordem, claro.

— Assustadora essa casa, não sei como alguém conseguiria viver aqui. — a loira disse. — Eu com certeza fugiria.

— As teias de aranha não me parecem tão aconchegantes.

As duas garotas riram.

De repente as duas começaram a ouvir uma gritaria vinda de um dos quartos próximos, a garota sentiu uma sensação ruim como um peso em seus ombros e encarou a melhor amiga. Ela estava sentido algo e sabia que era Harry, porque ao que parecia, agora ela o sentia também. Saíram juntas do quarto, seguindo no corredor empoeirado até o outro cômodo, com a porta entreaberta, de onde vinham os gritos de Harry. Hydra sabia que aquelas palavras que ele berrava estavam saindo dele por pura frustração e trauma, Harry não queria dizer aquilo, não queria brigar com os amigos, mas ele estava tão imerso em problemas, que precisava desabafar de alguma porta. O garoto mal percebeu quando Hydra abriu a porta e o encarou, notando o quanto ele estava irritado.

Hermione estava com os olhos cheios de água, nervosa com a situação, porque estava tão confusa quanto ele e Rony, com sua boca escancarada, chocado com a situação, não conseguira falar uma frase sequer. Hydra caminhou até Harry, desejando que ele parasse de gritar e que se acalmasse, então tocou o ombro dele, o assuntando e o fazendo se calar.

— Não culpe eles, Harry. — ela disse. — Eu sei tanto quanto você, apenas vamos esperar e escutar.

— Esperar? Você quer que eu espere, enquanto corremos perigo? — ele exclamou, agora para ela. — A cada dia que passa, estamos distantes de encontrar Voldemort.

— Não diga o nome dele! — berrou Penelope.

— Penso que corremos mais perigo com um Harry Potter furioso, do que se esperarmos por notícias. — ela rosnou. — Agora já chega, sente-se e acalme-se.

Ela chegou mais perto dele, o empurrando ainda pelo ombro até a cama, onde ele se sentou e a observou com fúria. Fúria na qual Harry já vira em Hydra, mas agora o assolava.

FEARLESS • harry potterOnde histórias criam vida. Descubra agora