CAPÍTULO CINQUENTA E TRÊS
the wizarding war
Hydra estava tonta, o calor daquela sala minúscula, além do cheiro forte de insenso e o chá quente que havia tomado, além de ter acabado de descobrir uma coisa que poderia mudar sua vida por completo, ajudavam a deixá-la daquela maneira. Ela encarou Magda Grunt, literalmente a mulher da qual ela pensou que nunca conheceria e que não poderia responder-lhe todas aquelas perguntas que tinha, mas agora estava ali em sua frente, carne e osso, magia e laço. E saiu, simplesmente deixou todos aqueles livros cheios de conhecimento, Magda, as xícaras de chá e a porta escondida em um corredor escuro, saiu correndo e quanto percebeu já estava na recepção do local, com Penelope franzindo o cenho e perguntando se estava tudo bem. Hydra descobriu em minutos algo que lhe afligiu por anos, meses tentando descobrir alguma significado para aquela conexão e de repente descobre que não havia nada de divino.
— Ela é a... é a Magda. Ela. — Hydra falou, segurando-se em Penelope.
— O-o que? Hydra... você está bem?
Hydra abriu a porta e tentou respirar o ar fresco de fora. Um pressentimento ruim tomou conta de sua cabeça, deixando-a cada vez mais nervosa.
— Ela é Magda Grunt. — suspirou. — E ela me falou coisas sobre o Laço. Penelope...
— Hyde, você está me assustando. Por que não senta?
— Não! Não vou me sentar. Eu preciso ir falar com ele... preciso contar.
— Falar com quem?
— Com...
Um barulho estrondoso atingiu os ouvidos das garotas, algum feitiço havia sido jogado com a porta de Magda, no exato lugar em que Hydra estava apoiada, mas não havia a atingido. Mesmo assim, ela foi jogada para trás por causa da explosão e viu a porta de madeira se transformar em pedaços, assim como parte da mobília que estava ali, logo papel e faíscas se misturavam ali e por alguns segundos ela não conseguiu ouvir nada, mas olhava a expressão de Penelope e percebia que ela tentava gritar consigo, o nariz dela pingava sangue no chão e sua cabeça estava doendo. Cambaleando, tentou se levantar e sentiu sua melhor amiga lhe puxando pelo braço, apontando a varinha para uma forma que havia surgido ali de repente. Um Comensal da Morte, buscando por elas.
Algo havia dado errado.
— Hydra! Venha. — Penelope pediu.
Ainda tonta, Hydra encarou a garota e tentou mostrar que estava tudo bem. Pelo menos elas deviam fingir que estava.
— Recebemos uma denúncia. — o homem encapuzados falou. — De que Hydra Black e Penelope Monarch ajudaram o senhor Harry Potter no dia de sua fuga.
Hydra olhou para ele.
— Ah, você recebeu? — ela questionou. — E com quais provas?
Ele riu, os dentes amarelados.
— O Lord das Trevas deseja conversar com você. — continuou. — Nos mandou buscá-la.
— O que?
Ele não tinha coisas mais importantes a fazer?
— Precisa ir com a gente. — ele avisou. — Agora.
— Hyde...
Ela suspirou, encarou o homem de volta e entendeu que precisava enfrentar aquilo.
— Tudo bem, Penny. — disse. — Vamos lá.
Quase nem percebeu quando o homem grudou-lhe os braços e foram por meio de aparatação até o que lhe foi informado ser a Mansão Malfoy, já na parte de dentro. Penelope também fora arrastada junto, aparentemente ela estava chutando o Comensal que a carregava, mas nada parecia afastá-lo, apesar disso, ela não estava aterrorizada. Hydra também não sentia nada, na realidade, não sabia o que deveria sentir àquela altura, se precisava ficar com medo de encarar Voldemort, ou simplesmente aceitar que iria morrer, o que de fato não parecia assim tão simples, mas aparentemente agora era inevitável. De fato, Hydra nunca pensou em como iria morrer, só pensava que não tinha medo da morte, muito menos do que viria depois, até mesmo se nada viesse. Nada ainda era alguma coisa. Ela sentia, sim, medo, mas não era de se ver ferida, de morrer, Hydra tinha medo de não conseguir proteger os seus, aquilo doía mais que tudo. Perder eles doía mais do que tudo, aquela era uma ferida que ela sabia que nunca iria curar, nem cicatrizar, muito menos sumir.
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FEARLESS • harry potter
ФанфикшнDESTEMIDA | "aquela que foi sentenciada ao desespero, ajudará a derrotar o lorde das trevas com esmero." HYDRA é o nome da maior das constelações contemporâneas e de uma fera que quando tem sua cabeça arrancada regenera-se em número maior, aquela cu...
