• vinte e sete •

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CAPÍTULO VINTE E SETE
sweet dreams

Hydra acordou com muito sono, aquilo nem fazia sentido, já não aguentava mais os dias em que o cansaço tomava conta dela por causa de outra pessoa. Não era um cansaço físico, definitivamente, mas era psicológico de uma maneira esquisita. Ela sabia que aquilo vinha de Harry, mas não o culpava, ele estava passando por tanto naqueles dias, Hydra não era a única a ouvir pelos corredores pessoas falando sobre ele, acusando-o de mentir. Mas ela tinha certeza de que ele falava a verdade, Harry não teria como fingir um sentimento daqueles, não era possível. Seu Salão Comunal inteiro comentava sobre ele nos intervalos, contando sobre a velhice de Dumbledore.

— Bom dia, Draco. — ela disse, quando depois de se arrumar caminhou até a passagem para fora. — Dormiu bem?

— Não muito, os garotos do meu dormitório não calaram a boca durante a madrugada. — ele contou. — O professor Snape já passou aqui e entregou os horários de aula, os primeiranistas saíram antes da gente para conhecer o castelo.

— Temos mais alguma responsabilidade de monitores? — Hydra questionou, antes de esperar a passagem abrir.

— Não, agora é só ir para sua aula. Pode deixar que eu fico aqui cuidando da comunal. — Draco sorriu e a entregou um papel com os horários. — Vejo você depois?

Hydra assentiu e passou para fora do Salão Comunal, onde as masmorras permaneciam em um silêncio mórbido, mas não desconfortável, a luz esverdeada vinda do lado iluminava os largos corredores daquela parte do castelo. A garota então começou a ouvir algumas vozes e entendeu que ela não era a única pronta para o café da manhã, então continuou seu caminho, especulando sobre os alunos novatos e vendo se alguém precisava de ajuda, estava tentando ao máximo ser uma Monitora responsável. Passou pela sala de Poções e notou a presença de sua mãe lá dentro, ela e Snape tinham salas separadas, mas as duas ficavam nas masmorras. Pandora sorriu e acenou de longe, enquanto comia rosquinhas, olheiras profundas manchavam sua pele bronzeada, mas ela ainda estava divina.

Então Hydra correu para o Grande Salão e sentou-se sozinha, enquanto devorava ovos e bacon, além de se deliciar com um café forte. Olhou para o outro lado do salão, observando alguns alunos cochichando alto, alguns sobre Harry, o que claramente o deixava desconfortável, outros falavam sobre o noticiário do dia, afinal de contas, o Profeta Diário chegou assim que todos se sentaram para comer. Algumas pessoas receberam cartas, ou embrulhos pequenos, Hydra ficou apenas com seu silêncio, sabia que muito provavelmente seu pai não poderia enviar cartas. Decidiu por fim atravessar as mesas e caminhar até o lado da Grifinória, todos observaram com atenção, enquanto ela chegava cada vez mais perto de seus inimigos naturais. Bobagem, ela pensou.

Absolutamente todos ficaram em silêncio quando a garota sentou-se ao lado de Harry Potter, apoiando as costas na mesa e fazendo com que ele suspirasse, nem ele aguentava mais soltar tantos suspiros. Ela sorriu quando Harry ofereceu um pedaço de sua tortinha de abóbora e aceitou.

— Noite agitada, Harry? — ela questionou. Ele assentiu.

— Muito corajosa, se sentar na mesa da Grifinória não é comum para os sonserinos. — comentou Rony.

— Ah, por Merlin. Como se algum de vocês fosse me atacar. — Hydra revirou os olhos, dessa vez roubando um pedaço da torrada dele.

Então uma voz distante chamou a atenção dela.

— Seria mais fácil ela atacar a gente... — disse Seamus. — O Profeta estava certo sobre vocês.

Harry e Hydra quase se levantaram ao mesmo tempo para enforcá-lo, mas Hermione pigarreou alto, fazendo-os parar. A garota então o encarou de longe e quase rosnou.

FEARLESS • harry potterOnde histórias criam vida. Descubra agora