FEARLESS • harry potter

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CAPÍTULO TRINTA E UM
weasley is our king

Hydra não teve nenhum pesadelo naquela noite, nem nas próximas, ela não tivera mais algum sonho ruim. Os dias se passaram tão rápido, que ela nem percebeu que sua rotina parecia sempre a mesma, treinava com o time de quadribol em algumas tardes, fazia muitas rondas como Monitora durante a noite, estudava muito para as provas e fugia para os encontros da Armada de Dumbledore. Também tentou por muitos dias procurar por livros que pudessem ter mínimos resquícios do que era aquela conexão, mas ela não encontrou nada, era como se nada existisse sobre. Hermione criara um método para auxiliar nas horas de marcar os encontros, utilizara de um galeão falso que mostrava a data e hora. Mas eles não conseguiam se encontrar com tanta frequência por muitos motivos, era complicado.

A garota gostava daquilo, soube que gostava desde quando ajudara Harry a treinar para o Torneio Tribruxo no ano anterior, mas na Armada era diferente, eram muitas pessoas, muitos jeitos de ensinar. Suas partes preferidas eram quando tinha de ensiná-los treinamento físico sem a varinha, foi muito difícil no começo para que eles tivessem coragem de derrubar os colegas e utilizar dos golpes, mas logo se tornou uma brincadeira. Gina Weasley era de longe uma das melhores, derrubara boa parte dos meninos corajosos que tentaram lutar com ela, Neville ainda continuava caindo muito, por mais que Penelope tentasse não machucá-lo, talvez ele fosse mais acadêmico do que um lutador físico. O fato de boa parte dos adolescentes cheios de hormônios da AD começarem a ganhar músculos incentivou eles a continuar.

Por mais que parecesse bobo aprender a se defender sem magia, Hydra sempre aprendeu que era necessário ter muitas armas para lutar, de onde vinha perder não era uma opção, ainda mais se aquele grupo pensava em lutar contra os Comensais da Morte, que eram mais velhos e experientes que eles. Até mesmo Harry se arriscou a treinar combate, claro que apanhou algumas dezenas de vezes de Hydra enquanto tentava se adaptar, mas ele queria muito aprender.

— Como assim você beijou Harry Sevier-Potter e eu não soube? — Penelope quase berrou.

Já passava nove horas da noite, todos já haviam saído da Sala Precisa e ambas ficaram por último com o trabalho de organizar alguns livros e levá-los em segredo para seu dormitório.

— Não foi nada demais.

Penelope riu debochadamente.

— Sabe o que foi nada demais também? A caça às bruxas, mas sabe o que aconteceu? Milhares de bruxas morreram! — Penelope exclamou.

— Foi só um beijo, o primeiro beijo do Harry aliás. Eu não queria fazer disso um...

— Um evento? Pois é um evento, Hydra! — a garota suspirou. — Os céus ouviram, as montanhas se moveram, as águas secaram, foi um evento!

— Você é intrometida.

— Não perguntei.

Hydra revirou os olhos e pegou alguns livros, colocando-os na bolsa, afim de carregá-los até seu Salão Comunal. Quando saiu da Sala Precisa, olhando para os lados, Penelope saiu atrás dela.

— Você gosta dele?

— De quem? — Hydra questionou.

— Di quim? — Penelope resmungou. — Do Harry, claro.

— Não.

Hydra não tinha certeza daquilo, ela sabia que gostava de Harry de algum jeito, mas não sabia se estava apaixonada por ele ou coisa do tipo, ela nunca se sentirá assim, todas as pessoas que já passaram pelo coração dela não ficaram por muito tempo. Harry era especial, sem dúvidas, mas paixão era uma palavra muito forte, um sentimento muito forte, o qual ela talvez estivesse sendo incentivada a sentir. Acontecera um beijo, mais do que isso, eles brilharam juntos de uma maneira incrivelmente assustadora, mas aquilo era estar apaixonado? Brilhar?