FEARLESS • harry potter

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CAPÍTULO TRINTA
the touch

Não demorou muito até que mais um decreto em letras imensas fosse colocado no quadro de avisos, dizendo que qualquer grupo ou sociedade extra-curricular era terminantemente proibido. É claro que nenhum deles quis desistir da ideia, mas precisavam ter muito mais cuidado quando fossem se encontrar. Após alguns dias, Edmund Dempsey também se juntou ao grupo que agora possuía grande maioria dos monitores de Hogwarts, tornando mais possível o acontecimento do grupo. Sobre o quadribol, também era preciso permissão da maldita Umbridge, mas Hydra não precisou se preocupar, já que Draco Malfoy em uma manhã nem esperou que os galos cantassem e foi procurar a Alta Inquisidora.

Tudo continuou normal, exceto no dia em que Malfoy não parava de falar sobre seu pai, a loucura de Harry e então sobre algo que envolvesse o hospital St. Mungus e pessoas malucas. Draco levou um delicioso soco vindo de Neville, o qual só parou de tentar acertá-lo mais algumas vezes quando Penelope o segurou pelo braço e o arrastou até dentro da sala de aula. Naquele mesmo dia, Sirius os convocou outra vez para uma conversa, contando que sabia que eles queriam formar o tal grupo de estudos e que o Cabeça de Javali não era o melhor lugar para se guardar segredos. É claro que Sirius apoiou a ideia e ainda por cima indicou lugares que poderiam ser usados para treinar, ninguém tinha mais sede de aventuras do que ele, ainda mais quando era obrigado a ficar trancado.

— Por favor, minha filha amada. Ensine esses fracotes a chutar umas bundas! — Sirius brincou.

Foi terrível quando em meio ao treino de quadribol da Grifinória, Harry sentira sua cicatriz doer. É claro que Hydra sentiu aquilo também, mas não era tão terrível, não doía nela tanto quanto devia doer em Harry. Pior ainda foi quando Harry sonhou com algum corredor escuro, uma porta, uma vontade esdrúxula de abri-la e fez Hydra sonhar também. Então, ela decidiu que era melhor que soubessem como lidar com aquilo, talvez fazer parar fosse impossível, mas precisava reduzir aquilo, domar aquele compartilhamento de sentimentos doloridos. Mas quando chegou até a biblioteca em uma tarde de sábado, mal soube por onde começar, afinal de contas, era preciso saber o que se estava pesquisando antes de começar a pesquisar. Porém, foi na sessão reservada da biblioteca que ela pensou estar a solução, começando com feitiços antigos, o primeiro livro que leu parecia ter mais de cem anos. Mas aparentemente, não existiam registros sobre aquilo.

Harry descobriu alguns dias depois uma sala secreta onde poderiam treinar, fora Dobby quem o ajudara a encontrá-la. Tiveram de fugir tarde da noite para entrar nela, depois de pedir com muita força um lugar para aprender, então uma porta enorme se abriu na frente deles, cheia de adornos e desenhos. Por dentro, era muito espaçosa, possuía espelhos, poltronas e almofadas coloridas que com certeza serviriam para não machucar ninguém durante algum treino, e claro, dezenas de livros sobre feitiços de defesa. Foi naquele dia que finalmente definiram o nome do grupo, deixando que Hermione assinasse em grandes letras naquele pergaminho "ARMADA DE DUMBLEDORE". Começaram a treinar imediatamente, usando um dos feitiços de defesa mais simples. Formaram duplas de treino e de repente todos olhavam na direção de Harry, pedindo que fizesse uma demonstração.

— Hydra... você pode...?

A garota sorriu e caminhou até ele, apontando sua varinha.

— Concentração, Potter. — ela brincou e deu uma piscadinha.

Então todas as duplas seguiram o exemplo de Harry ao vê-lo atingir Hydra com o feitiço e pegar sua varinha no ar. Ambos caminharam entre os colegas e observaram os que precisavam de ajuda, como o caso de Michael Corner, o tal namorado de Gina, que parecia ter medo de jogar o feitiço nela, ou até mesmo Cho, que ficou extremamente nervosa quando Harry chegou mais perto dela para ajudar. Hydra viu de longe que ela estava apenas segurando a varinha do jeito errado, mas que suas tentativas eram boas, viu também Harry ensinar o jeito certo, com muita maestria e delicadeza para com a garota, então Cho conjurou de maneira correta o feitiço e suas bochechas coraram. Hydra caminhou até Harry, enquanto ele observava Luna praticar o feitiço, suas mãos unidas atrás das costas proporcionavam-lhe um ar intimidador.