FEARLESS • harry potter

• quatorze •

CAPÍTULO QUATORZE
damn, viktor!

Os dias passaram rapidamente como todos daquele ano, Hydra nunca sentira seu tempo ser tomado tão rapidamente, ainda mais quando estava com Harry, treinando dezenas de feitiços que até ela mesma precisava aprender. Sua atenção se dividia entre os estudos, a leitura de livros diversos para ajudar o amigo com feitiços de defesa e ter de aturar os comentários sobre ela nos jornais. Quando estava em Durmstrang, pouco se comentava sobre seu pai, talvez pela normalidade em que tratavam as Artes das Trevas, mas agora que chegara em Hogwarts, era como se ela fosse o alvo mais fácil de fofocas.

Mas ainda assim, não estava sofrendo tanto quanto Hermione. A pobre garota recebia dezenas de cartas furiosas por causa de seu "relacionamento" com Viktor, que não passava de uma bela amizade, segundo ambos. Rita Skeeter não lhes dava nem sequer um minuto de paz, ela era os olhos e ouvidos de Hogwarts, nada passava por ela. Só lhes restava descobrir como a maldita fazia isso sem nem sequer ficar o tempo todo na escola. Ao menos, Hydra recebera a ajuda de Draco em relação à isso, já que seu pai possuía poder suficiente para levar ao ministério uma longa reclamação sobre invasão de privacidade.

— Ela é imparável! — grunhiu o garoto. — Disse que não tinham provas suficientes para acusá-la.

Hydra revirou os olhos.

— Temos que dar um jeito nela, eu não aguento mais ser tachada como a filha de um assassino e a namorada de um sobrevivente. — Hydra debochou.

— Pobre Hermione, recebe reclamações todos os dias. — comentou Penelope. — Ela nem sequer namora Viktor! Esses dias ela foi azarada com um feitiço bobo e ficou cheia de tumores nas mãos.

— Ninguém se importa com a sangue-ruim, mas você, Hydra... — disse Draco, antes de ser interrompido.

— Será que pode parar de chamá-la assim? — Hydra falou, irritada.

— Desculpe. — ele disse.

— Você tem sido muito caridoso em me ajudar, Draco, mas ainda assim eu não consigo ouvi-lo falar isso e ficar em silêncio. — ela suspirou. — Agora, se me dão licença, eu vou dar uma volta.

Penelope riu.

— Vai encontrar seu namoradinho, Hyde? — ela perguntou.

— Harry Potter é meu amigo. — respondeu.

A loira gargalhou, se divertindo.

— E quando foi que eu mencionei o nome dele? — questionou, com a sobrancelha arqueada. — Se bem que ele deve ser mesmo seu namorado, passam horas juntos, treinando sozinhos em uma salinha minúscula.

Hydra bufou.

— Mas e você, não vai encontrar o seu? — Hydra a encarou. — O querido Longbottom...

— Não. Nos encontramos ontem. — ela contou, em tom de sarcasmo. — Passamos horas assistindo o céu, então quando o sol tocou o lago, nos beijamos calorosamente... E...

— Por Merlin, Penelope, eu não pedi que descrevesse! — Hydra gargalhou. — Vejo você depois.

— Com certeza, Hydra Madison-Black Potter. — Penelope debochou, antes de desaparecer no salão comunal.

Hydra aproveitou a quietude do lugar e saiu para uma caminhada pelo castelo, ela gostava de fazer isso quando tinha tempo, explorar toda a região daquela imensa escola. Normalmente ela o explorava sozinha, entrando em toda e qualquer portinha que encontrava, já interrompendo dezenas de casais sem querer. Um dia, caminhava distraída e cruzou com a porta da cozinha, que a deixou curiosa e então ela entrou, encontrando alguns elfos que a ofereceram chocolates, enquanto contavam sobre uma certa garota que havia os falado sobre serem pagos por seu trabalho.