• vinte e nove •

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CAPÍTULO VINTE E NOVE
first steps

Os dias passaram muito rápido, as aulas mais ainda e cada vez mais, os trabalhos e tarefas eram dados. Harry e Hydra nem conseguiram muito tempo para conversar, ao menos pensar sobre a situação dos dois e tentar pesquisar mais sobre. O Profeta Diário continuou falando deles o tempo todo, sobre as mentiras e loucuras de Harry, sobre Sirius e que ele estava se escondendo em Londres, além de centenas de outras coisas idiotas sobre Dumbledore. Um dia, quando a garota estava subindo até o corujal para despachar uma carta para o pai, ouviu barulhos no fim da escada e travou. Era a voz de Harry e a voz de Cho, estavam conversando normalmente, mas Hydra não sabia dizer se o frio na barriga de ansiedade era dela ou dele. Mas ela se permitiu ouvir a conversa.

— Ah, a Grifinória já tem um novo goleiro? — Cho questionou.

— Sim, Rony Weasley. — ele contou. — E a Sonserina tem uma nova artilheira também.

— Hydra, não é? Todos falam bem dela nos corredores. — a garota falou. — Você e ela...?

Hydra se perguntou o que ela estava querendo insinuar.

— N-não. Nós s-somos amigos. — ele gaguejou, nervoso.

— Eu pensei que... deixa pra lá. — Cho falou. — Vejo você depois. Até mais.

Hydra viu quando ela desceu as escadas e passou por ela, sorrindo, com os cabelos cor de corvo brilhando, Cho era uma garota muito bonita. Harry se assustou quando viu ela subindo até o corujal, ficou tão nervoso que deixou sua carta cair no chão. Eles se encararam por algum tempo, sem palavras para dizer e Hydra se apressou até uma coruja disponível, acariciando suas penas depois de lhe entregar sua carta e contar o destinatário. A garota pigarreou e chamou a atenção de Harry.

— Cho é uma garota legal. — Hydra falou, com a voz baixa. — Acho que ela gosta de você.

Harry respirou fundo. Ele não queria nada com Cho Chang. Hydra não gostava da ideia, mas sentia que Harry precisava de alguma distração, algum pingo de felicidade diante daquele mar de problemas. E se isso dependesse de algum encontro com Cho Chang, Hydra teria de aceitar.

— Eu acho que não, ela...

— Você... você pode chamá-la pra sair. Sabe, eu percebi que você ficou nervoso com a presença dela.

Ele franziu o cenho.

— Estava bisbilhotando?

— Bisbilhotar você é o que mais tenho feito, Harry. Ou se esqueceu que agora eu sinto você?

Os dias se passaram cada vez mais rápido, quando viram, os primeiros treinos de quadribol do ano começaram. Hydra pôde acompanhar o da Grifinória enquanto o time da Sonserina esperava por sua vez, demorou seus olhos nos céus procurando Harry e sorriu de lado quando o encontrou, os óculos redondinhos imóveis de algum jeito e o cabelo bagunçado contra o vento. Então ela pensou sobre Harry, ela sabia que de fato gostava dele, era um bom amigo e de algum jeito também deveria gostar dela, além do fato de que agora eles dividiam os sentimentos e tudo parecia aproximá-los de maneira invasora. Não que Hydra se sentisse invadida, ela só sentia que aquilo era novo e perigoso.

Aquela foi a primeira vez que Hydra suspirou olhando para Harry.

Nos outros dias em que não estava voando junto do time de quadribol, ela se afundava nos livros, fazendo deveres ou estudando para as provas, já que os professores não paravam de falar que os N.O.M.'s mudariam o destino de todos ali. Uma manhã, Rony recebeu uma coruja trazendo algo de Percy, muito mais do que uma carta, eram tantas palavras que mais pareciam um pergaminho de dois metros. Ele disse que estava orgulhoso do irmão por ter se tornado Monitor, ao contrário de Fred e George, que segundo ele, eram dois perdidos no caminho. Sem mencionar o fato de que ele disse que Harry era uma má companhia, justo ele que trabalhava com o Ministro. Então Hydra recebeu uma carta também, vinda diretamente de seu pai.

FEARLESS • harry potterOnde histórias criam vida. Descubra agora