FEARLESS • harry potter

• trinta e seis •

CAPÍTULO TRINTA E SEIS
christmas

Já era Natal quando Hydra Black subiu as escadas para dormir, a madrugada escura tomava conta de toda a casa, com excessão dos pequenos focos de luz vindos das velas espalhadas que a ajudaram a encontrar o seu quarto, nem percebeu que as pontas de seus dedos ainda brilhavam. Os quadros também dormiam, assim como as pessoas dentro daqueles cômodos fechados, inclusive Penelope, que estava dormindo na cama de Hydra feito um bebê. A garota notou que sua amiga dormira lendo uma carta cheia de coraçõezinhos e estrelas, provavelmente vinda de Neville, Hydra riu sozinha ao pensar que fora tão fácil para eles se apaixonar, eram perfeitos um para o outro e sabiam disso. E Hydra... bem, Hydra beijou Harry Potter. Mas sabia que toda aquela afobação em torno de Harry era apenas por causa do Laço, talvez aquela conexão os fizesse querer tanto o toque um do outro, ou era mais fácil pensar assim.

Não que jamais tivesse desejado beijar outras pessoas antes, mas nunca tivera seus pensamentos tomados por aquilo, a vontade incessante de estar perto de alguém. E não deveria se apaixonar por ninguém, muito menos por Harry, não quando havia tantos riscos e tanto drama, não quando viveriam com medo de tudo. O que fariam se descobrissem sobre o Laço? Corriam perigo demais, não por apenas sentirem o que o outro sentia, mas por se importarem tanto. Como Harry deixaria que alguém machucasse Hydra quando eles prometeram a si mesmos que se protegeriam? Que Merlin os protegesse, mas e se Voldemort a usasse para chegar em Harry?

Quando acordou no outro dia, Penelope já estava de pé, dançando sozinha enquanto segurava um cacto falante, que cantava uma linda canção de natal, o qual Hydra presumiu ter vindo diretamente de Neville. Aos seus pés, ela notou alguns pacotes de presente, os que já estavam abertos eram de sua amiga, mas alguns estavam com o seu nome escrito. Pandora e Sirius lhe deram muitos livros de defesa, além de um kit de quadribol novinho em folha, contando com materiais para fazer a manutenção da vassoura e até a miniatura de uma firebolt usada pra treinar táticas de jogo. Penelope lhe deu um pacote cheio de bombons-da-bruxa, um chocolate delicioso, além de meias especiais que mostravam qualquer caminho pedido, já o pacote de Benedict era mais pesado, nele estavam as botas mais bonitas que Hydra já vira, feitas com couro de dragão e capazes de esmagar ossos. Até mesmo Monstro, o elfo-doméstico o qual ela não vira desde sua chegada na casa, lhe presenteou com um ramo de flores azuis, simbolizando que ele a considerava uma Black.

— Eu amei a pulseira que você me deu! Ela abre e brilha! — Penelope exclamou. — Neville me deu esse cacto falante, ele canta Jingle Bell Rock, não é a coisa mais fofinha?

— É sim. — Hydra concordou e riu.

Rony lhe deu uma caixa com Feijõezinhos de Todos Os Sabores, Hermione lhe dera uma pena que escrevia em tons de verde sem precisar recarregar, além de um bilhete agradecendo por apoia-la no F.A.L.E. Recebeu centenas de presentes diferentes de sua família Madison, como sua avó que empacotou uma coleção pergaminhos para carta, exigindo que a neta começasse a enviar cartas ao menos toda semana, os pais de Benedict e Penelope enviaram um lindo cachecol de pelos brancos, os dois estavam viajando na Romênia, já os pais de Rony, lhe deram um lindo suéter verde e prata com a inicial dela. Surpreendeu-se ao perceber que Draco Malfoy também lhe dera um par de brincos prateados em formato de gota, eles possuíam uma pequena pedra esverdeada no meio e brilhavam contra luz. Então ela olhou para o último pacote fechado, um pequeninho embrulho em formato quadrado, abriu muito rapidamente, notando que se tratava de uma caixa de madeira com algo dentro. Era um anel, prateado como os joias que ela costumava usar, ele era fino e tão polido que era possível ver seu reflexo. Na parte interna dele havia um símbolo do infinito.

"Hydra,

Esse é um Anel da Proteção, não achei nada mais condizente com a gente. Quando necessário, ele avisa que o outro está em perigo. Eu tenho um também.