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CAPÍTULO TRINTA E NOVE
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Não seria uma mentira se alguém falasse sobre o quanto Harry se importava com a Armada de Dumbledore, ele estava dando tudo de si para aquele grupo e parecia muito feliz quando eles treinavam. Aquela era de fato a única diversão que eles possuíam, já que as aulas estavam cada vez mais complicadas por causa dos N.O.M.s e eles mal podiam respirar nos corredores sem levar uma detenção de Umbridge. Hydra conseguia diversão nos tantos livros que lia, além de aprender sobre feitiços, agora ela também lia sobre táticas eficazes de guerra, aquilo poderia ser bom no futuro. É claro que Harry também adorava treinar combate sem varinha com Hydra, ser derrubado por ela nem era mais uma coisa ruim, não quando ela o prensava contra o chão e deixava seus corpos próximos o suficiente para aquecer uma sala inteira. De fato eles queimavam um pelo outro, por dentro e por fora.

Estavam começando a treinar o feitiço do Patrono naquela semana e alguns alunos ainda tinham dificuldade em produzir os seus. Hydra já havia produzido um uma vez e sabia que se tratava de um cachorro bastante grande, todos queriam muito aprender a fazer um, seria bom caso precisassem lutar contra dementadores como Harry fizera uma vez. Alguns deles já conseguiam fazer animais brilhosos aparecerem, como Cho e seu cisne, além de Penelope, que possuía um gato brincalhão, outros ainda não haviam obtido sucesso, como Neville, que já parecia desanimado ao ver os outros.

— Você só precisa pensar em alguma coisa feliz. — Harry disse.

— Bem, eu estou tentando. — Neville disse.

Hydra se aproximou de Harry e sorriu.

— Alguma dica sobre memórias que funcionam mais? — ela perguntou.

— Pense nos campos que você me mostrou naquele dia.

Hydra assentiu, erguendo lentamente sua varinha para o alto, onde outros animais prateados e brilhosos pairavam, como a lontra de Hermione e então suspirou profundamente. Seus olhos ainda estavam abertos, mas desfocados de forma que ela quase conseguia ver os grandes campos que um dia conhecera. Era tudo tão quente e acolhedor lá, então ela deixou que o feitiço passasse sobre ela e uma faísca brilhosa saiu de sua varinha, aquele pequeno brilho foi ficando cada vez mais forte e se transformou em um cachorro grande, parecido com a forma animaga de seu pai e ela sorriu. O cachorro correu por entre os outros animais, depois girou ao redor dela e de repente caminhou tímido até Harry, onde ele ficou por segundos antes de desaparecer. De repente a porta da Sala Precisa abriu e fechou, mas Hydra não conseguiu ver quem havia entrado, percebeu que os alunos começaram a se calar e notou que era Dobby, o elfo doméstico. A criaturinha estava com os olhos já enormes arregalados e tremia de pavor.

— Oi, Dobby! O que... o que aconteceu? — questionou Harry.

O elfinho correu até uma das paredes e começou a bater sua cabeça contra ela, só não causou um estrago maior em si mesmo, porque usava mais de cinco gorros de lã.

— Dobby, não! — Harry o segurou pelo bracinho. — O que houve?

— Harry Potter... ela... ela...

Então o silêncio pareceu ficar ensurdecedor.

— Umbridge! — Hydra disse. — Por Merlin, corram!

— O-o que? — Hermione questionou.

— Você não ouviu? Corram! — ela berrou.

Uma grande muralha de pessoas se formou na porta da Sala Precisa, quase entupindo o caminho e fazendo com que alguns acabassem derrubando os outros. Fora uma cena tão confusa, que Hydra conseguia apenas de lembrar de segurar o braço de Harry e o puxar até onde Penelope estava, junto de Neville e Benedict, que estavam atrás do grande grupo na porta. Enquanto muitos colegas caminhavam para direções distintas, Hydra pediu aos céus que eles não estivessem voltando para seus dormitórios, seria suspeito demais, quando tentou guiar seus amigos para outro lugar, ela ouviu gritos muito altos e esganiçados virem até eles. Malfoy veio na frente com os olhos arregalados, todos se surpreenderam quando ele os mandou correr mais depressa, como se soubesse que uma Umbridge muito irritada vinha atrás deles. Foi ali que Hydra um viu pingo de esperança dentro de Draco, talvez tê-lo ao seu lado poderia ser bom, afinal de contas, em uma guerra era bom ter olhos e ouvidos em todos os lugares.