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CAPÍTULO UM
the boy who lived

Lampejos de dor invadiam o corpo agora frágil da garota, seus olhos inundados em lágrimas e seu coração partido como um frasco de Felix Felicis transformado em meros caquinhos depois de cair ao chão. Aquela situação, era a pura representação da sorte sendo quebrada.

HARRY!

HYDRA!

Há muito tempo, dois corações indiferentes conheceram o amor, de forma avassaladora e inesquecível. Ninguém poderia esquecer essa história, não quando haviam tantas pessoas para contá-la. Não quando aquele amor verdadeiro e puro deu origem ao menino que mudaria a história do mundo bruxo.

Muitos dizem que não devemos acreditar em apenas um ponto de vista, já que uma história pode ser interpretada de inúmeras formas diferentes. E isso era a mais pura verdade. A nossa história começa com um menino, que mesmo antes de aprender a falar já foi sentenciado à um destino cruel e vil. Harry Potter não dormia embaixo da escada, muito menos vestia as roupas velhas de seu primo, ou era feito de empregado, ele era um menino feliz e amado. E ainda assim, um menino que havia sobrevivido à mais cruel das maldições.

Harry vira muitas coisas, fizera muitas coisas e acima de tudo, enfrentara o Lord que o perseguia. Mas tudo aqui não era apenas sobre ele, não mesmo.

E é agora que contamos a história em outro ponto de vista, no de Hydra Black, a menina destinada ao desespero. Hydra nasceu no mesmo dia que o famoso Harry Potter, de fato, ambos tinham algumas coisas em comum, mas de resto, não se pareciam em nada. Ao contrário de Harry, ela não tomou Hogwarts como seu lar, ficou em Durmstrang por tempo suficiente para amar aquele lugar com sua alma. Lugar onde conheceu seus melhores amigos. Hydra era astuta, possuía aquele tipo de força que só mesmo alguém com nome de fera mitológica de sete cabeças teria.

— Hyde! — ela ouviu alguém chamar. — Hyde! Por Merlin, achei que haviam azarado você. Onde está a nossa barraca?

Penelope Monarch exibia os belos dentes em um sorriso perfeito digno de alguém da sua família, seus cabelos loiros em um tom quase branco voavam junto com o vento, enquanto caminhava ao lado da melhor amiga. Hydra notou que ela sorria genuinamente para todos aqueles torcedores, que berravam e corriam por todos os cantos. Ao seu lado, seu irmão também sorria, mas não para os torcedores, ele sorria para Hydra, enquanto a guiava pelo caminho certo. Benedict também tinha uma bela dentição, mas os cabelos eram encantadoramente escuros.

— Sua mãe é maluca, Hyde. — comentou Benedict. — E seus tios também, eles simplesmente desapareceram e nos deixaram sozinhos. Sozinhos!

— Ah, por favor, Ben, nós podemos atravessar um campo cheio de barracas sozinhos. — falou Hydra. — E Apolo disse que eles estavam passeando por aí, pedindo autógrafo aos jogadores.

— Tudo bem, tudo bem. Vamos logo.

Caminharam lado a lado por aqueles campos cheios de barracas espalhadas, pessoas corriam por todos os lados e gritavam felizes por causa de seus times. A Copa Mundial não era nada tão esquisito para ambos os três, afinal de contas, eram filhos de grandes jogadores de quadribol e aquela rotina festeira não lhes era incomum. Hydra carregava uma mochila pesada nas costas e o vento forte corria em direção à ela, balançando seu casaco de pelugem preta, como a de um urso. Os três pararam quando notaram a barraca que ficariam, ela parecia pequena demais por fora, mas por dentro era gigantesca, com quartos e camas para cada um deles, era um paraíso de magia.

FEARLESS • harry potterOnde histórias criam vida. Descubra agora