• vinte •

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CAPÍTULO VINTE
everything's gonna be alright

— Minha... o que? — perguntou Hydra, encarando o pai.

Ele suspirou profundamente, puxando-a para um abraço antes de continuar a conversa sobre o quadro com a velha intragável a qual Hydra recém descobrira que era sua parente. Sirius abraçou Harry com carinho também, então explicou que a mulher no quadro era Walburga Black, sua mãe, que provavelmente colocara um feitiço adesivo permanentemente, fazendo com que todas as tentativas deles de tirarem-na dali foram em vão. Caminharam um pouco pelo corredor, mais atrás dos outros e Hydra continuou encarando o quadro, o qual gritara com ela.

— Mas o que o quadro dela faz aqui? — Hydra questionou.

Sirius se virou para ela, com uma cara desanimada.

— Ninguém lhe contou? Essa casa era dos meus pais, herdei ela por ser o único Black adulto vivo. — ele contou. — Ofereci para Dumbledore, esperando que ela tenha uma utilidade maior.

Hydra assentiu, Harry, que estava ao seu lado, a encarou.

— É sua também? — ele perguntou, diretamente para Hydra.

— Eu acho que sim. — ela respondeu, com a voz baixa. — Mas espero que o quadro não seja.

Harry sorriu de lado e a observou caminhar atrás de Sirius até a cozinha. O caminho foi rápido, mas não puderam deixar de reparar que toda a casa possuía a mesma estética de mofo, poeira e velhice, estava definitivamente definhando. Quando chegaram na cozinha, perceberam a montanha de cadeiras amontoadas por causa da reunião e uma quantidade exorbitante de garrafas de bebida vazias espalhadas pelo local, na mesa comprida estavam dois homens, ambos ruivos e um deles aparentemente mais velho que o outro, Hydra já vira um deles antes e cogitou serem pai e filho. O homem mais velho, o qual a garota descobriu ser Arthur Weasley, se apressou para cumprimentar Harry com um aperto de mãos educado, o qual também estendera para Hydra.

Outro homem também estava ali, ele era mais baixinho que a própria Gina e parecia fora de si, Mundungus Fletcher era seu nome. As garotas riram baixinho quando ele falou algumas asneiras, ainda achando que estava na reunião. Após levar uma grande bronca da Sra. Weasley por fumar um cachimbo no local, Harry, sempre cavalheiro, se ofereceu para ajudar a mulher na cozinha, a qual logo recusou e os deixou sozinhos na mesa. Hydra queimando por dentro, tentando entender os últimos acontecimentos, descobrindo que aquela casa era sua também e que agora era lar da Ordem da Fênix, além de toda situação envolvendo Voldemort e sua volta. Estava apreensiva, nervosa.

— Será que pode parar? — Harry sussurrou, estava sentado ao seu lado.

Hydra franziu o cenho, suas pernas balançavam freneticamente pelo nervosismo. Harry suspirou profundamente, ele estava sentindo aquilo também.

— Desculpe, o que? — questionou.

— Eu já estou passando mal... sabe, você está bem? — ele perguntou, ainda falando baixo.

— Sim, claro.

Ela encarou a mesa, então seu pai e a parede de cor verde musgo. Perguntando-se em sua própria mente se teriam mais descobertas pela frente.

— Não, Hydra. Você não parece bem, eu... — Harry sussurrou, as bochechas coradas mostrando que ele estava tímido. — Por Merlin, garota, está acontecendo aquilo.

Aquilo?

Harry revirou os olhos.

— Estou sentindo você! — ele tentou não berrar. — Será que pode parar?

FEARLESS • harry potterOnde histórias criam vida. Descubra agora