• vinte e cinco •

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CAPÍTULO VINTE E CINCO
lovegood

Hydra teve uma noite tranquila, apesar de sentir Harry muito inquieto durante a madrugada, acordou cedo com a gritaria da casa e a movimentação em seu quarto. Penelope já estava vestida, animada enquanto lia uma carta vinda diretamente de Neville, as outras garotas dali não puderam ler o que ele havia escrito, mas as bochechas coradas da garota demonstraram que fora algo bom. Quando já estavam prontas para sair do quarto, conferiram por muitas vezes os malões e se tudo estava no seu devido lugar, não queriam esquecer nada naquela casa esquisita. Quando estavam indo até a cozinha, levaram um susto com a gritaria vinda do primeiro andar, já que aparentemente, Fred e George usaram um feitiço para levitar seus malões, que acabaram empurrando Gina para baixo da escada.

— VOCÊS PODIAM TER MACHUCADO ELA! — gritou a Sra. Weasley do andar de baixo.

— MAS MANDARAM BEM NO FEITIÇO, GAROTOS! — berrou Pandora.

— NÃO ELOGIE ELES, DORA!

— A-AH... VOCÊS FORAM MUITO IRRESPONSÁVEIS. — ela falou.

Enquanto as duas mulheres ali gritavam, o quadro exposto de sua avó também berrava desesperadamente, sua voz esganiçada podia ser ouvida dentro de qualquer cômodo da casa e a confusão era tanta, que nem lembraram de fechar as cortinas que o escondiam. Harry, estava agitado também, Hydra o vira descer as escadas com a gaiola de sua coruja e um malão, por causa dele seriam levados com uma guarda. Sirius, transformado em cachorro, caminhou feliz e abanando o rabo ao lado deles, enquanto Pandora tentava correr atrás dele com uma cara marota, segurando uma coleira cor de rosa. Quando Hydra parou na porta, para esperar Penelope, que estava com dificuldade em carregar o malão, não aguentou os berros do quadro e sentiu seu sangue ferver. Harry quis rir.

SANGUES-RUINS, MESTIÇOS, ESCÓRIA DA SOCIEDADE! SAIAM DA MINHA CAS...

Hydra caminhou até o quadro com raiva.

— CALE A BOCA! CALE A BOCA, MULHER! — ela berrou contra a moldura. — JÁ CHEGA! OU VOCÊ FICA QUIETA, OU NÓS ACHAMOS UM JEITO DE CORTAR VOCÊ EM PEDACINHOS!

Todos ficaram em silêncio, até mesmo a mulher no quadro, que estava com uma cara assustada, demonstrando que havia então uma forma de tirarem ela daí. Seu rosto vermelho por causa do momento repentino de estresse, foi começando a perder a cor quente, quando ela ouviu os outros a chamando para sair. Antes que pudesse ir até a porta junto dos outros e de seus pertences, ela fechou as cortinas que escondiam o quadro e encarou o corredor uma última vez, esperando vê-lo menos sujo na próxima vez que visitasse a casa. Quando a garota atravessou a porta com sua mala, recebeu a luz do sol como um susto, já que passara aquele tempo todo sem visitar a rua.

Harry Potter, que assim como ela esperava na escada de pedra do número 12, estava escorado no malão pesado, com os braços cruzados e um sorriso de lado para a atitude anterior de Hydra. A garota pensou estar maluca, mas podia jurar que viu os olhos do cachorro ao lado de Harry se semicerrarem com desconfiança. Mas mesmo desconfiado, pareceu muito animado, já que corria de um lado para o outro, atrás das aves e insetos dali, podiam perceber que Sirius estava realmente cansado de ficar trancafiado em casa. Todos foram a pé até a estação, foi uma longa caminhada até lá, animada apenas pelo cão e por algumas piadas que Tonks contara.

Hydra nunca tivera visitado a estação King's Cross, ela não costumava ir de trem para Durmstrang, eles optavam por usar navios magníficos e sombrios, ela gostava deles. Penelope e Benedict também pareciam deslocados com a situação, caminharam juntos atrás dos outros, que cumprimentavam alguns alunos conhecidos. Com excessão do momento em que Ben se separou deles e caminhou até a direção de Theodore Nott com um sorriso, o garoto era um sonserino como eles e o esperava perto da parede, onde ambos atravessaram juntos para o outro lado. Quando chegaram perto do trem, ouviram um apito avisando que já estava na hora de entrar, descarregaram suas malas e se despediram dos outros que os levaram. Sirius pulou em cima deles e tentou fazer algo como um abraço, Lupin apertou a mão de todos e Tonks acenou de longe, sorrindo.

FEARLESS • harry potterOnde histórias criam vida. Descubra agora