Drama Familiar

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Koji-san não era nem de perto tão legal quanto Akio-san, mal olhou para o meu rosto quando nos encontramos. A pequena pasta de informações falava sobre uma maldição num distrito industrial.

Era uma série de galpões abandonados depois que uma das fábricas principais pegou fogo nos anos 80, muita gente morreu sufocada e queimada. Ou seja, um prato cheio para angústia, assuntos incompletos, medo e sofrimento.

Eu não sabia como que não mandaram ninguém para lá antes, faz um tempo considerável. Não era tão distante da escola, entretanto tinha algo em torno de uma hora de viagem de carro.

Uma hora de uma viagem que foi totalmente monótona, silenciosa e estranha, vi que o cenário estava começando a mudar estava começando a se tornar cada vez mais vazio.

-Hum... Koji-san – chamei – Estamos saindo da área industrial.

Ele não me respondeu apenas acelerou um pouco mais o carro, tinha algo muito errado ali. Juntei as minhas mãos discretamente, e com um breve movimento consegui puxar chrono para ver o que aconteceria.

O carro avançaria por mais algum tempo até que Koji-san jogasse ele pela ribanceira, ele estava disposto a me matar.

Abri meus olhos ainda tendo um lampejo da linha azul, o que eu faria? Se eu falasse esse tipo de coisa para Akio-san sem provas ele provavelmente falaria que eu era uma tola. Fingi colocar meu celular no bolso quando na verdade coloquei ele para gravar o áudio.

-Me diga Koji-san – comecei a falar – Existe um mercado de assassinos de feiticeiros aqui no Japão não é?

-Não diga bobeiras – o mais velho respondeu com rispidez – concentre-se na sua missão.

-É você está concentrado na sua? – perguntei – Quanto você está ganhando pra dar um jeito em mim?

Pela primeira vez eu vi uma expressão no rosto do suposto assistente – O suficiente.

Restrição de aracne.

Num segundo o carro derrapou e eu cortei o topo com as minhas linhas de Aisa em seguida, o resto a aerodinâmica fez o resto, o teto entortou para trás eu rapidamente pulei do carro antes de ver ele perder a direção e bater numa árvore.

-Bem que falaram que você é perspicaz – ele disse andando na minha direção – E tola aparentemente, se tivesse seguido o plano teria sido tudo mais fácil.

-Eu não fugi de um massacre para ser assassinada assim – comentei – Tolo é você Koji-san por se meter com alguém que você não conhece.

Dádiva das Moiras

As linhas de brilho azul, e púrpura me envolveram girei chrono criando um círculo aonde o tempo não passava, por consequência o meu atacante também não se mexia. Isso me deu mais do que um infinito de tempo para usar trama.

-Centelha do Caminho – falei e uma única linha acertou a cabeça dele, era uma das técnicas que eu evitava usar já que me deixava extremamente cansada, era como ver um filme das últimas escolhas que o indivíduo fez. Me deixa vulnerável, porque o tempo fora da minha área continuava correndo normalmente.

Koji-san já não era alguém com bons princípios de personalidade, vem roubando pequenos amuletos da escola e vendendo no mercado negro por algum tempo, foi quando ofereceram uma alta quantidade pra quem levasse a minha cabeça para um certo lugar.

Sendo o bastardo egoísta que ele era não foi difícil aceitar a proposta, mas foi tudo feito anonimamente, entretanto tinha uma condição de me manter desaparecida por 24 horas.

Abri os meus olhos felizmente não parecia ser uma estrada muito usada, então não teve ninguém que parou para ver o carro batido, na minha área de tempo apenas alguns pássaros e insetos que tinham entrado sem permissão estavam parados como estátuas, liberei o tempo. Ainda com a centelha do caminho ativada eu fiz a sugestão a ser seguida – Você não vai se mover, falar ou acordar antes de Akio-san vir te buscar.

Os olhos dele se tornaram opacos, eu sabia que ele seguiria o que eu falei, mas apenas por segurança eu usei uma restrição para manter ele por ali, mas antes que eu desse um passo para sair dali uma pressão se fez presente no ar, era algo que eu nunca tinha sentido antes.

-Se eu fosse você eu ficaria parada, [Nome].

Olhei pelo canto de olho apenas para reparar num cabelo desgrenhado preto.

-Quem é você? – perguntei, ele mantinha uma lâmina no meu pescoço e com certeza era bem maior do que eu. Senti uma ardência e em seguida meu pescoço estava com uma linha fina indicando um corte recém-feito.

-Abaixe a mão, eu sei muito bem a natureza da sua técnica, apenas quero conversar – a voz disse.

Abaixei conforme ele disse, poderia me custar a vida, mas eu não senti nenhuma hostilidade na voz dele. Logo a lâmina se foi do meu pescoço e eu me virei para ver alguém na casa dos trinta anos, ele vestia uma camiseta simples preta os cabelos eram medianos e no canto da sua boca tinha uma cicatriz.

-Eu sabia que você daria um jeito naquele idiota, mas pelo menos achei que demoraria um pouco mais. - ele coçou a cabeça olhando para o assistente, e em seguida me olhou - Escute [Nome], algo está para acontecer e eu preciso que você fique longe por um tempo.

-Hum? Como você sabe meu nome e como você sabe que algo vai acontecer? – perguntei – Você não tem energia amaldiçoada então não tem como ser um xamã.

-Tenho meus meios – ele respondeu desinteressado – Já sobre o seu nome... Suyen me disse muito tempo atrás, na única vez que nos encontramos depois que ela foi vendida.

O nó na minha garganta não me deixou responder, ainda estávamos trabalhando com hipóteses não tínhamos certeza do meu laço com Suyen como esse desconhecido possivelmente tinha informação sobre isso.

Ele jogou os braços pra cima e se movimentou como se estivesse se aquecendo – Sua mãe me disse para ficar de olho em você caso a encontrasse um dia, a pirralha dela com aquele grego.

-Uma única vez eu vou poder fazer alguma coisa boa por você, então colabore comigo sim?– Então a voz dele se tornou mais sombria – E fique longe dos meus negócios e da família Zenin, não tem nada pra você lá.

-Como...?

-Você queria saber a origem de Suyen, não queria? Agora já sabe, não precisa mais ficar olhando arquivos velhos – ele olhou para os lados – Já está na minha hora, mas pra você ainda está cedo.

-Mas quem diabos é você? – eu ergui a minha voz, o homem chega derruba um monto de informação em cima de mim e simplesmente quer sumir – Não pode simplesmente falar que Suyen Zenin é minha mãe e sair assim.

– Sim eu posso - Um piscar de olhos e ele estava do meu lado novamente - Seja uma boa garota enquanto o tio Toji resolve algumas coisas – senti uma pancada na cabeça antes da minha visão começar a escurecer.

– Boa noite [Nome]-chan.








N/A: Revelações... Mais ou menos kkkk.

Obrigada por ler até aqui.

Até, Xx.

Sýndesis - (Gojo Satoru x [Nome])Onde histórias criam vida. Descubra agora