Unidade (+18)

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Haviam passado por tanto, tinham perdido tanto que tirar aquele pequeno momento apenas para que se perdessem nos olhos um do outro parecia um milagre. A noite se deitava sobre o céu do lado de fora deixando apenas algumas estrelas brilharem por ela e no centro de seu manto escuro uma lua nova, tímida, deixava seus raios azulados iluminarem a terra.

Satoru estava sentado à sua frente, calado, parecendo estudar cada traço da feição da acompanhante tentando descobrir alguma coisa que talvez se escondesse na parte mais profunda de sua alma. As orbes azuis, quase iridescentes, voltaram a se encontrar com o mar revolto que eram as íris de [Nome] famintas por algo que ela não sabia distinguir o que era. O rapaz levantou a mão para acariciar a lateral de seu rosto os dedos traçando um caminho preguiçoso e provocante pela bochecha até que o polegar traçasse o contorno de seu lábio inferior.

-O que você vê? – a frase sussurrada deixou a boca da garota quase como um suspiro e se perdeu no silêncio por alguns minutos, até que ele se inclinou levemente a puxando para perto.

-Meu futuro – então não hesitou em tomar aquela boca para si. O sabor intoxicante dela sendo gravado como o seu gosto favorito, era quente, era doce a ambrosia que satisfazia o desejo dos deuses.

E ele era apenas um devoto, disposto a cultuar aquela divindade e a servir em todos os seus propósitos. O segurando pelo uniforme [Nome] deitou na cama fazendo com que o corpo do garoto ficasse sobre o seu e o espaço fosse mínimo, ela retribuiu o beijo com o mesmo ardor; a pele esquentando pelos toques desconhecidos e um suspiro escapando quando o garoto desviou sua atenção para seu pescoço. Mesmo sobre o tecido do uniforme pode sentir a ereção roçando contra sua coxa, mexeu os quadris numa súplica silenciosa e ele respondeu escorregando a mão pelas suas curvas encontrando o caminho por debaixo de suas vestes até que encontrasse suas dobras.

A sensação de ter os dígitos longos de Satoru brincando arrancou de sua garganta um ofego abafado, surpreso por ele ter encontrado um ponto sensível que até então lhe era desconhecido. Ele riu de leve enquanto mantinha a boca mordiscando sua orelha e pescoço, continuou acariciando e estimulando até que os gemidos se tornasse mais necessitados ela estava pedindo por ele, foi quando parou e se afastou pra ver a bonita imagem da sua companheira, as maçãs do rosto coradas os cabelos levemente bagunçado e olhos brilhantes o cobiçando. Só a ele e mais ninguém.

O rapaz levou os dedos à própria boca, enquanto mantinha o olhar fixo em [Nome] o manjar dos deuses de fato.

Livrou-se das roupas as arremessando num canto qualquer do quarto em seguida a ajudando a fazer o mesmo, a pele da garota era macia apesar de algumas cicatrizes e linhas finas que marcavam sua forma - provavelmente de batalhas e histórias desde antes de a encontrar - contornou cada uma delas imaginando de onde teriam vindo, a cada carícia uma reação e mesmo que ele estivesse saboreando cada uma delas [Nome] ainda parecia se esconder atrás dos próprios braços.

Ele contornou uma cicatriz na altura da costela com a língua deixando uma trilha gelada antes de voltar a olhar para a garota, tomou suas mãos entrelaçando seus dedos e a guiou gentilmente até que seus braços estivessem acima de sua cabeça; o tórax dela levantava e descia rapidamente pela respiração nervosa fazendo com que os seios acompanhassem seu movimento - perfeitos como se tivessem sido esculpidos pelo mais talentoso dos artesãos.

Subiu os beijos da sua clavícula para o pescoço até que alcançasse seu ouvido – Quero louvar você como a deusa que é [Nome], mas não consigo fazer isso se manter esses braços na frente. – A voz baixa carregada de um tom doce fez com que um calafrio subisse pela espinha da garota, enquanto dissipava o resto de consciência e deixando apenas chamas – Porque você não usa as suas linhas e amarra eles pra mim.

Sýndesis - (Gojo Satoru x [Nome])Onde histórias criam vida. Descubra agora