Escolha.
No momento em que eu decidisse a vida de quem salvar o outro estaria condenado, eram peões num tabuleiro montado pela maldição.
Qual seria o sacrifício feito naquele templo? O sangue de qual companheiro eu teria de derramar sobre aquele chão maldito?
A criatura já deveria ter feito isso outras vezes julgando pelas ossadas velhas espalhadas em volta do poço, forçando a angústia sobre uma pessoa. Colocar em suas mãos a decisão de morte e se tornar forte a partir dela.
Mas eu não era qualquer pessoa.
Todos os pensamentos não levaram um centésimo de segundo para aparecer, um ódio latente brotando em meu interior e sendo transformado em uma dose de coragem. Mal sabia a criatura que o destino, sou eu.
E o tempo que estava acabando? Bem, eu digo que ele é a minha vadia.
Liberei todas as minhas técnicas, tomando a minha energia amaldiçoada de volta, e sentindo o meu poder voltar em sua quase totalidade. A usei para tirar as meias maldições de cima dos meus amigos.
-Hey, coisa feia! – o grito rasgou a minha garganta lhe chamando a atenção. Um pequeno desvio era o que eu precisava – Vai se foder.
Palácio das Eras
As paredes de estilo europeu nos fecharam, trancando a mim e a duas maldições numa era vitoriana desconhecida.
Foi um palpite, achei que conseguiria apenas fazer um território parcial já que você só consegue escapar de um quando o seu próprio o supera em força. Então, porque ele havia se completado?
Os corpos separados, energia separada. Eu era mais forte que eles quando dividido em dois, mas se se juntassem novamente, estaria perdida.
A maldição pareceu perceber a minha linha de raciocínio, pois começou a aproximar as metades a fim de se juntar.
-Nem pense nisso – juntei as minhas mãos na frente do corpo e puxei as linhas de Aisa as aumentando em seu máximo. E com dois ataques simultâneos fiz com que eles se colocassem a alguma distância, quando se está num território você nunca erra.
Então começou a caçada.
Paredes que surgiam do nada para que desviasse, armadilhas presas a todos os cantos, eles dançavam sobre as minhas mãos se embrenhando na jaula que estava tecendo a sua volta. Não permitiria que saíssem com vida, não depois do que fez com meus amigos.
Haibara já pálido tinha um enorme corte que vinha da sua bochecha até o pescoço, e Nanami? Os riscos vermelhos e intensos ao redor de seus olhos indicavam que também tinha sofrido, tendo uma técnica de ataque direto, sua visão era uma das chaves principais e a maldição tinha tentado lhe arrancar isso.
Minha energia queimava descontroladamente, meus músculos ardiam a cada movimento que fazia. Faltava pouco, apenas um pouco.
Quando as duas metades se colocaram onde eu precisava, lancei o meu golpe final juntando tudo que eu tinha, e os pedaços de carne podre caíram sobre o chão.
Ofegante deixei que meus joelhos se dobrassem, o palácio se dissipou e o sol de fim de tarde foi a primeira coisa que eu vi. Não havia cortina e nem ninguém por perto, apenas um chão de terra branca e um poço velho no meio de um terreno árido, morto.
Meus amigos estavam caídos a alguns metros de mim, mas antes que eu pudesse fazer algo as partes da maldição rolaram uma em direção da outra. A verdade se fazendo presente, eu não havia o cortado, a criatura que havia se separado propositalmente.
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Sýndesis - (Gojo Satoru x [Nome])
Fanfiction🥇 1° em satorugojo • Agosto/23 🥇 1° em feiticeiro • Outubro/23 Sýndesis (do grego) - syn • juntos - désis • amarrar. - Conexão, laços, união. ◬ user antigo: haikusan ◬ Personagem principal com algumas características físicas fixas. O velho monasté...