Palavras Sinceras

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-Srta. Kismet – o doutor responsável pelo meu quadro entrou no quarto. – Tivemos um longo dia de exames, como se sente?

Desde manhã estava sendo arrastada para todos os lados do hospital, encontrando todo tipo de médico e respondendo todo tipo de pergunta. – Cansada. As enfermeiras se divertiram me levando de cadeira de rodas.

O mais velho riu se sentou na lateral da minha cama abrindo uma prancheta – Então está tudo bem, a princípio os exames estão estáveis, apenas alguns laboratoriais que precisam de mais alguns dias para se tornarem conclusivos, mas não creio que teremos problemas com isso.

-Isso significa que posso sair?

-Em alguns tempo, sim – ele fechou a pasta e voltou a me olhar. – Mesmo assim vai precisar tomar alguns cuidados por um tempo, você teve uma parada cardíaca Srta. Kismet, durante o evento de convulsão.

Silêncio tomou o quarto por alguns momentos antes do mais velho continuar - Não sabemos o que aconteceu com você antes, e acredite a escola nos paga bem o suficiente para não precisarmos perguntar.

-Confesso que em anos trabalhando eu nunca torci tanto para que um paciente sobrevivesse – ele colocou a mão sobre a minha. – Você lutou por sua segunda chance, então faça valer a pena.

Não soube o que responder então apenas balancei a cabeça, algumas batidas na porta chamaram a nossa atenção.

-Atrapalho?

-De maneira alguma Akira-san, já estava de saída – o médico disse –, ela precisa descansar. Não a mantenha acordada por muito tempo.

O homem estava com um terno de luxo, o cabelo levemente bagunçado e na mão trazia uma mochila, que reconheci como sendo minha. Ele concordou com a cabeça e andou na minha direção deixando uma passagem para o doutor sair do quarto.

-Dia difícil? – Akira colocou a bolsa na minha cama.

-Sim – respondi –, nem um dos piores, nem um dos melhores, mas realmente sinto que fui atropelada por um caminhão.

-Shoko separou algumas coisas para você, estão aí dentro – ele disse seguindo para a poltrona no canto do quarto. Eu conseguia saber só de olhar o porquê de Satoru o odiar, as personalidades eram muito parecidas.

Abri o zíper e vi alguns pertences incluindo meu celular e mais algumas roupas – Vai ser útil, obrigada.

O homem apenas balançou a mão em resposta, em seguida se sentou na poltrona apoiando o rosto na própria mão.

-Mas não é o motivo pelo qual você está aqui – semicerrei os olhos –, não precisa segurar o seu teatro comigo, claramente você está bem diferente de ontem.

-Coisinha inteligente você – ele rebateu – Irritar Satoru-kun se tornou um hábito, não pude desperdiçar a chance.

-Agora estamos indo a algum lugar – comentei –, posso saber porque da mudança repentina?

-Certamente – ele cruzou as pernas – Akio colocou uma maldição na família por sua causa, felizmente agora ela se desfez, mas mesmo assim. Demora um certo tempo pra passar o sentimento ruim, por favor não me leve a mal.

-Tem outras pessoas disponíveis para me acompanhar, posso pedir para Yaga-san se quiser.

-Não é um problema, talvez eu descubra o porquê do meu antepassado ter gostado tanto de você.

Abaixei a cabeça, Yaga e Satoru me contaram em detalhes os acontecimentos depois que eu fui sequestrada, sobre como Miller e os meus colegas gregos ajudaram a me encontrar. Como Akio foi para o passado com Vega e quem era Akira de fato.

Sýndesis - (Gojo Satoru x [Nome])Onde histórias criam vida. Descubra agora