Feliz Natal

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O frio cortante das noites de dezembro de alguma forma sorrateira pareciam encontrar pequenas brechas dentre as minhas roupas, causando calafrios que percorriam cada centímetro do meu corpo. Estava acostumada com o inverno mediterrâneo, então de repente estar com graus quase negativos me faz tremer até os ossos.

Trabalhar com essas condições também não eram as melhores.

Acompanhada por Nanami e Haibara, o diretor Yaga me permitiu participar de algumas missões consideradas simples. Principalmente para testar se o treinamento de Akira estava dando resultados, afinal já destruímos a pequena casa que usamos para experimentos algumas vezes nesse mês em que treinamos, de algo toda aquela destruição deveria servir.

O meu novo professor tinha se provado ser uma pessoa até que dedicada, ignorando a série de comentários inúteis que destilam veneno ocasionalmente, ele olhava a minha alimentação e me acompanhava em pequenas corridas. Para garantir que minhas pernas estavam se recuperando de maneira apropriada.

Cada vez mais se encaixando no papel de irmão chato, ele pegava no meu pé, mas me ajudava depois e ficava insinuando coisas apenas para tirar Satoru do sério. Não é à toa que as lutas de prática deles se tornaram comuns, no fundo eles se consideravam, acho que toda essa implicância era porque ambas personalidades eram muito parecidas.

E sobre Gojo... Continuava a ser um assunto complicado, de fato, o que desenvolvemos foi uma parceria. Somos amigos. Tanto que eu me vi encontrando com ele, Shoko e Getou em algumas situações variadas como um grupo de colegas. Mesmo assim, existiam esses pequenos momentos em que eu me perdia na galáxia que eram seus olhos com um desejo tímido de o segurar e não deixar que se fosse nunca mais.

-[Nome], está indo na sua direção!

O grito de Yu me tirou dos meus pensamentos e me fez colocar em posição, de volta a maldição, o bolo de carne podre e cheio de braços rolava pelo pátio coberto de neve deixando um rastro escuro atrás de si. Parecia ter vários olhos das mais variadas cores e tamanhos, além de uma língua roxa e nojenta que pendia para fora de umas das dobras quando parava.

Pulei de uma árvore para a outra armando a armadilha, Nanami a jogaria contra as minhas linhas cortantes e assim terminaríamos o trabalho.

Seria o plano perfeito se ela não tivesse mudado a direção – Droga! Yu não deixe que ela escape da linha de visão, se sumir nas árvores estamos perdidos.

-Entendido!

Desci para o chão para conseguir uma visão clara da cena, e assim que meu colega se se lançou no caminho dela, a pequena hesitação do bicho foi o suficiente para que eu puxasse Crono deixando o tempo mais devagar e reposicionar a armadilha na direção em que estava rolando. Soltei o tempo e puxei Haibara na direção contrária em que ela se desfez.

Um líquido viscoso e escuro voando para todas as direções, manchando todo o ambiente. A cortina se desfez e mais uma vez o serviço foi finalizado.

-Isso foi nojento, obrigado por me desviar, caso contrário estaria coberto de gosma.

Sorri e coloquei a mão em cima do coração – Não foi nada Yu, fico feliz em ajudar.

-Está bem? – Nanami perguntou colocando a mão em meu ombro, reparando que eu massageava um local específico do meu tórax.

-Sim só um incômodo, algumas das linhas ainda tiram muito de mim. Assim que a adrenalina baixar vou ficar bem, não se preocupe Kento.

Ele deu um último aperto no meu ombro antes de puxar o celular e chamar o assistente para que nos levasse de volta para a escola. Ao mesmo tempo, Haibara me ofereceu o braço como apoio, o qual eu prontamente aceitei e agradeci.

Sýndesis - (Gojo Satoru x [Nome])Onde histórias criam vida. Descubra agora