Fazia um mês, exatos 31 dias que Satoru e Akira estavam viajando pelo país em busca de pistas sobre seus antepassados. Faltavam apenas dois templos para visitarem, e conseguiram um total de zero informações concretas.
-Estamos chegando perto do final Akira - Gojo disse levemente irritado – Tem certeza que seus antepassados fizeram as pesquisas do jeito certo? Porque não encontramos nada até agora.
O mais velho balançou a mão se livrando dos comentários ácidos do garoto, depois de tantos dias juntos já estava imune ao mau-humor dele. – Paciência Satoru-kun, erros e acertos. Já sabíamos que havia a possibilidade de não encontrar nada.
-Mas mesmo assim ainda temos dois locais – completou – Tenha um pouco de esperança.
-Você disse o mesmo no templo 5 – ele revirou os olhos.
-Então continue com esperança – ele riu e subiu as escadas do templo budista com um colegial emburrado logo atrás. Entendia o sentimento, ele mesmo estava cansado de tudo isso sem contar com todas as maldições que eles encontraram durante o caminho.
Yaga-san havia dito que se tivessem maldições por onde eles estivessem passando seria dever deles as exorcizar. Então as coisas se tornaram um pouco mais cansativas.
Estavam no templo de Chūson-jí na cidade de Hiraizumi na prefeitura de Iwate, foi construído por Fujiwara no Kiyohira um samurai de origens mistas que viveu no fim do período Heian e fundador da dinastia Fujiwara Norte que governou o norte do Japão por 89 anos.
O templo foi construído para abrigar as almas daqueles que morreram na "Guerra dos Nove Anos" e de algumas outras guerras depois disso foi destruído num incêndio em 1337. O templo hoje abriga mais de 3000 mil tesouros nacionais que sobreviveram a esse desastre.
Uma série de monges ainda viviam no local então Satoru se perguntou, qual o disfarce que Akira puxaria dessa vez para conseguir acesso a um templo listado no site da UNESCO. Estando no topo da colina de Kazan o garoto podia ver a grandeza do local, tinham alguns prédios principais, mas diversos outros estavam espalhados a madeira escura e desgastada indicando o quão velha já eram.
Mas diferente dos outros templos que visitou, este tinha energia amaldiçoada residual vindo de alguns pontos específicos, o que fez com que ficasse em alerta.
Estava seguindo Akira, já que ele parecia saber para onde ia. Foi quando derrubou um dos guardas que fazia ronda, que percebeu que o plano para conseguir acesso aos arquivos dessa vez seriam bem mais improvisados.
-O que você fez? – perguntou com a voz baixa olhando em volta. Por sorte não havia ninguém.
-Encontrando um jeito de entrar – Akira respondeu e balançou um cartão de acesso na frente de seus olhos – Só vamos olhar, não tem nada de mais nisso.
Então ele tirou o casaco do segurança trocando pelas próprias vestes, por isso a vestimenta do homem estava mais simples do que nos outros dias. Ele deu um sinal para que Satoru o seguisse, se algo desse errado usaria do teletransporte e sairia dali rapidamente sem pensar duas vezes.
Akira que respondesse por seus crimes sozinho.
O homem passou o cartão pela porta destinada apenas para funcionários e liberou a passagem para o depósito do templo principal. Claramente era um lugar de origem jujutsu, os desenhos nas paredes do longo corredor poderiam apenas parecer adornos, mas eram, na verdade inscrições jujutsu que estavam entrelaçadas com os outros desenhos.
Era um lugar altamente protegido.
-Que tipo de tesouros estão guardados por aqui?
Akira não se virou para responder – Do tipo poderoso e com poderes altamente destrutivos. – parando numa bifurcação ele tirou uma anotação do bolso e depois de olhar para os dois lados continuou para a direita e voltou a passar o cartão na segunda porta depois disso.
-Por favor – disse com um tom debochado antes de dar passagem para que Satoru mesmo passasse.
Foi instantânea a reação que o garoto teve, pode sentir que tinha algo por ali. O chamando de alguma forma, um sussurro fraco abafado por páginas velhas algo conhecido e também estranho.
-Está aqui.
Disse em voz alta para Akira que fechava a porta atrás de si – Nesse caso, talvez isso sirva de incentivo.
Era a folha que [Nome] havia recuperado com Akio-san meses atrás ficou sabendo por Akira sobre a origem da garota, como a mãe anteriormente Zenin havia sido vendida para uma família na Europa. Soube por ele também que foi durante essa época que ela encontrou com o tio pela primeira vez.
-Talvez possa te servir de incentivo – o mais velho disse.
Pegou o papel das mãos de Akira um pouco relutante "almejo pela aurora que permitirá que nosso romance floresça sem clamar por um solo banhado em sangue".
As palavras ressonaram na sua mente e num instante tão rápido quando um flash o fio vermelho se fez presente, mostrando o caminho. Sem esperar uma permissão, se enfiou pelos corredores cheios de documentos, algo que parecia sobrenatural - até mesmo para ele - o guiando na direção da resposta.
Duas prateleiras ao fundo, encostado no que parecia um pergaminho um amontoado de cartas manchadas estavam empilhadas e juntas. Pegou o bloco o analisando mais de perto, não eram apenas borrões comuns de tinta vermelha, aquelas páginas haviam sido banhadas em sangue.
Voltou para onde Akira estava em silêncio, numa pequena mesa ele colocou o maço de folhas e mexeu desesperadamente entre elas sem se importar quantos milhares de anos tudo aquilo deveria ter.
Preso a uma segunda folha ele finalmente encontrou. A outra metade do contrato.
Estava a ponto de aproximar as folhas quando uma dor profunda o atingiu no peito, o ar pareceu desaparecer de seus pulmões e sua visão escureceu. Apertou o tecido do uniforme, queimava como brasa ardente.
Sem que percebesse estava apoiado em Akira, ele mexia a boca, mas nenhum som chegava aos seus ouvidos. Piscou os olhos com força antes de conseguir retomar algum controle sobre si mesmo.
Aquela agonia e desespero, ele já havia sentido antes. E não eram sentimentos seus.
Ao mesmo tempo que a dupla invadia o centro do templo milenar, nos corredores de um hospital em Tóquio, enfermeiros corriam até um quarto em específico. O apito frenético no monitor indicando uma arritmia anormal, espasmos musculares tomavam todo o corpo da garota.
Médicos gritando comandos para os enfermeiros segurarem a paciente contra a cama, como era possível que alguém que esteve imóvel por tanto tempo de repente tivesse um ataque?
Para quem via de fora realmente pareceria algo inexplicável, mas ninguém ali no quarto percebeu as lágrimas sofridas que escorreram pelos olhos ainda fechados. Um vestígio da batalha que [Nome] travava dentro da própria mente.
Uma batalha que não estava disposta a perder.
N/A: OH MEU DEUS!
Tá chegando o momento das revelações.
Até mais, Xx.
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Sýndesis - (Gojo Satoru x [Nome])
Fanfiction🥇 1° em satorugojo • Agosto/23 🥇 1° em feiticeiro • Outubro/23 Sýndesis (do grego) - syn • juntos - désis • amarrar. - Conexão, laços, união. ◬ user antigo: haikusan ◬ Personagem principal com algumas características físicas fixas. O velho monasté...