Capítulo 43

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É bônus, pode pegar :)
Sorry por algum errinho, só pude corrigir uma vez.

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-Ah, a Livia...- o jardineiro o olhou, como se ele fosse um E.T, talvez fosse o jeito que ele olhava para pessoas que não conhecia- Ela não...

-Quem é seu amigo, Otto?- uma voz nada familiar surgiu atrás deles. Sam virou e se deparou com a mulher que devia ser a mãe daqueles menininhos, pois tinhas as mesmas características físicas deles. Ela carregava uma sacola repleta de legumes em cada mão e, pelo primeiro julgamento de Sam, parecia ser uma daquelas pessoas irritantemente simpáticas e sorridentes.

"Otto". Esse nome soou e ressoou pela cabeça dele.

"Eu disse ao Otto que, se algum dia eu tivesse a minha casa, voltaria à Nova Iorque para buscá-lo."

Não havia a menor dúvida de que ele estava no lugar certo. Seu coração quis errar uma batida, mas tratou de se controlar.

-Ele tá procurando pela Livia, dona Catarina.

-Pela Lili? Você é amigo dela?- ela franziu a testa, ainda sorrindo, e chegou mais perto deles, Otto disse baixinho "eu levo para a senhora", pegando as duas sacolas e entrando na casa depois de ouvir um "já falei para parar de me chamar de senhora".

Sam, sinceramente, não sabia como responder àquela pergunta, só sabia que não podia ser sincero.

-Sim, um velho amigo.

-Nossa, Lili nunca traz um amigo antigo aqui...- ela colocou as duas mãos na cintura, confusa- Eu sinto muito, mas ela não está.

-T-tudo bem, eu não avisei que vinha...

-Quer que eu ligue para ela e diga que você está aqui?

-Não!- ele exclamou, mais alto do que gostaria- Digo, não... Não precisa, faz algum tempo que a gente não se vê, acho que seria estranho dizer por telefone.

-Ah... Tudo bem. Olha, ela está em um evento do trabalho agora, eu preciso guardar o que comprei, mas depois vou encontra-la lá, eu posso te levar, se você quiser.

-Ah, sim, por favor...- Sam coçou a cabeça.

-Ótimo, então! Vem comigo entra um pouquinho.

-Não precisa, eu espero aqui fora.

-De jeito nenhum!- ela agarrou o braço dele e começou a puxá-lo em direção à porta de entrada- Você é amigo da Lili, é uma honra te ter aqui.

Dentro, a casa era tão confortável quanto podia ser: a sala tinha dois sofás brancos repletos de almofadas, muitos livros, plantas e algumas fotografias. Sam passou os olhos por algumas que eram das crianças brincando do lado de fora e foi o suficiente para que ele, já atordoado, não olhasse para mais nenhuma.

Catarina o levou para a cozinha, Otto tirava as cenouras de uma sacola e as colocava no balcão. O cômodo era grande, repleto dos mais variados utensílios e cheirava à baunilha e à canela. Além de atordoado, ele começou a se sentir enjoado.

Será que era tarde demais para correr dali?

-Tudo bem, Otto, eu termino.- ela passou as mãos pelos braços dele, afastando-o gentilmente dos alimentos- As crianças estão nos fundos?

-Sim, estão brincando. Quer que eu diga que a senho... Que você chegou?

-Quero, por favor, preciso que eles se troquem para irmos ao evento da Livia. Eu sei que eles odeiam, mas não podem ficar sozinhos.- ela abriu a torneira e começou a lavar as cenouras que Otto havia deixado ali.

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