Ooi, time :)
Neste capítulo teremos a oncologista da Jane explicando o caso dela, mas como quem realmente está explicando é a autora, que é 100% humaninhas, por favorzinho perdoem qualquer erro, eu pesquisei tudo o que podia KKKKKKKKK
Só isso mesmo, vejo vocês lá embaixo <3
* * *
A dra. Ruth escrevia alguma coisa na prancheta que ficava na frente da cama de Jane. Ela era uma mulher de meia-idade, com o rosto carregando certa antipatia e um par de óculos de lentes finas na ponta do nariz. Apesar do que a primeira impressão fazia parecer, dra. Ruth era gentil e sabia ter compaixão, Jane a adorava.
Sam aguardava por alguma palavra dela de um lado da cama, de braços cruzados. Estava atrasado para o trabalho, mas não estava preocupado com isso. Livia estava sentada do outro lado, segurando e alisando a mão de Jane, que prosseguia dormindo desde a hora em que os dois haviam chegado lá. Adormecida, ela parecia ainda mais doente. Assustava ver aquele corpo fraco inerte, exceto pelo subir e descer do peito.
-Muito bem...- a oncologista devolveu a prancheta ao seu lugar e arrancou o óculos, que ficaram presos ao seu pescoço por um cordão- Quem é você?- perguntou a Livia.
-E-eu...- hesitou- Sou amiga da família, estou ajudando a cuidar dela.
-Na verdade é a mãe biológica, dra. Ruth. Eu tinha conversado com a senhora sobre trazê-la para cá.- Sam corrigiu e Livia abaixou a cabeça, não sabia como se sentia diante de alguém que sabia quem era ela exatamente- Como os novos exames sairiam hoje, achei que seria interessante que ela estivesse aqui para os resultados também. Além disso, a senhora, se não se importar, pode explicar o quadro melhor do que eu.
-Lógico, lógico... Bom, qual é o seu nome?
-Livia Castello.
-Bom, senhorita Castello, há alguns meses Jane foi diagnosticada com um tumor do tipo astrocitoma, que se desenvolve a partir dos astrócitos, aquelas células do sistema nervoso em forma de estrelinhas. Sam a trouxe aqui quando ela começou a apresentar dificuldades para caminhar, vômitos frequentes e dores de cabeça muito fortes. Infelizmente, descobrimos ser um tumor agressivo e vimos que não ia ser possível operar. Entramos com quimioterapia e radioterapia, mas não funcionou, o tumor não deu sinais significativos de regressão. Na verdade, a cada semana que se passa, Jane parece piorar e ficar um pouco mais fraca. Eu sinto muito, garanto que fizemos tudo o que podíamos.
-Quando eu cheguei aqui ontem com o Sam, e-ela não parecia tão fraca...- Livia rebateu, sem conseguir processar a realidade naquelas palavras.
-Ministramos medicamentos para diminuir a dor, fazemos tudo o que está ao nosso alcance para dar a ela a vida mais confortável possível até que chegue o momento, mas os exames comprovam tudo o que estou dizendo. Além do mais, você a viu em um momento isolado. Com a convivência, você vai ver que alguns dias são mais difíceis do que outros.
Instintivamente, Livia apertou mais a mãozinha dela, temendo a resposta da pergunta que faria.
-Quanto tempo ela tem?
Dra. Ruth limpou a garganta. Praticar a medicina havia se tornado algo natural com os anos dentro de hospitais, mas jamais se acostumara com o pânico nos rostos dos pacientes quando precisava lhes dar uma sentença como aquela.
-Eu acho que ela dificilmente passa de três meses. Eu sinto muito. Qualquer coisa que vocês precisarem, estarei do lado de fora, vou dar privacidade a vocês.- respeitosamente, ela deixou o quarto.
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Never Stay
Romance"Nunca amar alguém é o caminho mais fácil para não partir seu coração, mas se isso também significar que você nunca vai se deixar ser amada, sequer haverá um coração que bata por alguma coisa." Ainda criança, Livia foi rejeitada e abandonada por se...