A autora mandou dizer que esta semana é especial porque a escola dela entrou em recesso e ela está excessivamente feliz. Então, este capítulo é extra, ainda teremos o nosso capítulo normal, só não está garantido para quinta-feira (a autora não tem nada pronto, mas não digam a ela que eu contei a vocês).
Boa leitura, amoras <3
* * *
-Deixa eu ajudar a tirar o casaco.- Sam auxiliou Livia e, também livrando-se do agasalho de cachorrinhos, pendurou as duas vestes ao lado da porta de entrada- Vem cá, tem neve no seu cabelo.
-Com certeza no seu tem mais.- ela passou as mãos pela cabeça dele, fazendo a neve cair. Estar dentro da casa de Sam podia entrar na lista de coisas mais estranhas que já haviam acontecido em toda a vida dela: o sofá era enorme, com muitas almofadas e uma manta, havia uma lareira disponível com plantas artificiais e um vaso rachado em cima, a cozinha tinha uma ilha considerável, com alguns bancos e utensílios de madeira expostos, e tinha uma escada, uma linda escada branca com corrimão de mesma cor e fotos da família e das crianças pequenas estavam espalhadas por todas as paredes. O fato de não estar frio ali fazia-a se sentir confortável, porém aquele lugar não configurar o seu ambiente não era muito favorável- C-cadê os seus pais?
-Foram resolver uma emergência no restaurante, mas vão voltar rápido. Senta aqui.- ele mostrou uma das cadeiras, Livia o seguiu timidamente até a sala de estar- Fique à vontade.
-Os seus pais têm um restaurante?
-Sim, o restaurante da família.
-Acha que eles vão pensar alguma coisa errada quando me verem? Digo, em relação ao cabelo rosa, ao piercing no septo...
-Livia...- ele inclinou-se para frente- Garanto que eles estão se importando mais com o que você pensa deles. É você que vai analisar se a nossa família é confiável para receber o bebê.
-Não sou muito exigente
-Mas você pode ser. Não hesite em perguntar o que quiser aos meus pais ou a mim, não fique com vergonha. Você está entregando uma criança a estranhos, tem o direito de querer saber tudo sobre eles.
A menina abaixou a cabeça e, titubeando, olhou as próprias mãos, sentindo-as quentes, depois apreciou o tapete da sala e o piso de madeira:
-De tudo o que eu podia querer perguntar, Sam, a única resposta que eu queria ter é por que você me trata tão bem, por que se preocupa comigo e por que quer me ajudar. Eu sinceramente não consigo entender.
-Já te expliquei, gosto de você.
-É, eu já ouvi isso. Mas gosta por quê? Eu não te dou nenhum motivo para isso, não procuro por você, não sou a pessoa mais doce do mundo... Tem noção do que está fazendo por mim agora?
Sam assentiu e, na intenção de estar fisicamente ainda mais próximo a ela, levantou do sofá e foi para a outra cadeira:
-Pense nas pessoas que você já se sentiu próxima, como o Otto e a Jane, mesmo que vocês fossem crianças na última vez que se viram. Quantas vezes eles precisaram pedir pelo seu amor ou pelo seu cuidado? Quantas vezes precisaram te dar um motivo?
-Nunca precisaram...- ela respondeu.
-Exatamente, Livia. Porque amor, carinho e cuidado são três coisas que só existem quando não são cobradas. Quando você gosta de alguém, mesmo que tenha começado a gostar do nada, você dá tudo isso a ela sem precisar de motivo.
-É diferente, Sam. Jane e eu vivíamos uma infância um pouco complicada, não tínhamos mais ninguém, nos amaríamos mesmo que não quiséssemos. Quanto a mim e ao Otto, nossa amizade surgiu de uma questão de sobrevivência. Não é a mesma coisa com a gente, você é diferente.
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Never Stay
Storie d'amore"Nunca amar alguém é o caminho mais fácil para não partir seu coração, mas se isso também significar que você nunca vai se deixar ser amada, sequer haverá um coração que bata por alguma coisa." Ainda criança, Livia foi rejeitada e abandonada por se...