24. Anabel

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A noite do lançamento da Emerald Schulman chegou, e eu não estava ansiosa por este fato, e sim porque Marcus já deve estar em Nova Iorque.

Meus pais vieram buscar os gêmeos há pouco, eles vão no cinema e depois partirão para casa, onde passarão a noite, como presente de aniversário, que será amanhã. A semana foi proveitosa entre nós, passamos mais tempo juntos, já que não fiquei até tarde na empresa.

Estou usando um vestido preto, tubinho. Ele tem um decote bonito na frente – até pouco abaixo dos seios –, e outro nas costas, até acima da lombar. É justo por todo o corpo, com mangas esvoaçantes e cheias até os cotovelos, deixando-me com uma silhueta marcada e bonita.
Nos pés, calço louboutins também pretos, maravilhosos. Estou me sentindo muito bonita.

Meu rosto está bem-maquiado, os olhos marcados com um delineado e cílios longos, dando destaque para os lábios com um batom vermelho, intenso como sangue.
Decidi optar por brincos de brilhantes, mais uma vez, deixando meu colo nu, já enfeitado com o decote quase discreto.

Escovei meus cabelos e assentei os fios atrás das orelhas com spray fixador, deixando-os extremamente lisos, comportados e elegantes.

Pego uma clutch preta para colocar meu batom, um cartão de crédito e meu celular. O básico para passar a noite bem.

Pronta, tranco todo o apartamento e saio logo, descendo para pegar um táxi e partir para o salão onde está sendo realizado o evento.

×××

Está cheio, como imaginei, mas não o suficiente para se tornar sufocante. O lugar é chique, e tem luzes por todos os lados, além de um bar com três rapazes e um buffet. A mesa está linda, com muitos petiscos, doces e enfeites sofisticados.

As pessoas estão muito bem-vestidas, mas não me sinto inferior, muito pelo contrário, escolhi a vestimenta certa.

— Ei, Anabel!

Olho para trás, vendo Loreta Fanning, uma das modelos que fotografou comigo.

— Oi, como você está linda! – Dou um beijo sutil em seu rosto, para não manchá-la.

— Você é que está vestida para matar. – Sorri. — Este lugar não ficou um máximo?

— Ficou incrível, nunca estive em um evento tão lindo.

Um garçom passa por nós, ela pega duas taças de champanhe e me estende uma. Agradeço, já bebericando para sentir algum gosto.

— Nossas fotos estão estampadas no telão principal, todos estão gostando – diz, como se fosse um segredo.

— Percebi alguns olhares curiosos em minha direção, mas agora sei o porquê.

Loreta é abordada por duas mulheres, então diz que nos vemos depois e se afasta, me deixando sozinha mais uma vez.
Respiro fundo, ficando cada vez mais nervosa com a possibilidade de Marcus chegar.

Será que ele vem mesmo?

Não tenho tempo de pensar nas opções, já que uma voz masculina ecoa em meus ouvidos, me tirando dos devaneios.

— Luther! – Sorrio, pegando em sua mão.

Ele leva a minha até seus lábios e deixa um beijo leve, carinhoso.

LIBERTE-MEOnde histórias criam vida. Descubra agora