35. Anabel

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Eu nunca tinha vivenciado um momento tão divertido e cheio de expectativas como aquele. Uma viagem para a Costa Rica, apenas com uma amiga!

— Eu vou morrer de saudades... – choramingo, abraçando e beijando meus filhos como se não fosse vê-los mais.

Alicia ri do meu desespero e Noah fica com os bracinhos colados em mim, manhoso.

— Prometo que assim que voltar, nós vamos fazer uma viagem muito legal. Nós três e Marcus, o que acham?

— Para onde? – Os olhinhos brilhantes da garotinha mais esperta do mundo se arregalam.

— É surpresa! – Sorrio, fazendo suspense.

— Eu adoro surpresa! – Noah pula no lugar, se soltando de mim.

Encho-os de beijos uma última vez, antes de partirmos no jatinho. Temos hora marcada, de qualquer forma.

— Mamãe, chega. – Alicia ri, divertida. — Queremos ir logo para a casa da vovó, ela disse que vamos pular na piscina!

Estreito os olhos, fingindo estar brava.

— Vocês dois estão querendo se livrar de mim, é isso?

Os dois dão risadinhas sapecas e me dão um último abraço, antes de serem guiados para o carro de Marcus. Ele vai deixá-los em segurança na casa dos meus pais. Meu peito parece insuportavelmente doloroso enquanto os vejo dentro do automóvel luxuoso, acenando com euforia em minha direção.
Sorrio e aceno de volta, antes do vidro subir para mantê-los aquecidos.

— Eles vão ficar bem, Ana.

Olho para frente, vendo Marcus com uma camiseta esportiva e uma jaqueta de couro, como um verdadeiro bad boy. Lindo de morrer.

— Eu sei... – engulo o choro, — só vou sentir saudades.

Ele se aproxima e me envolve em um abraço macio e aconchegante, com cheiro de homem poderoso, confiante e meu.

— Faça uma boa viagem, espero que mande uma mensagem assim que pousarem. Está levando suas vitaminas e a lista do que não deve comer?

Reviro os olhos antes de me afastar o suficiente para ver seu rosto bonito. Aceno devagar com a cabeça, confirmando.

— Não se preocupe, o bebê e eu vamos ficar bem. Vou te mandar um texto enorme com cada refeição que fiz durante o dia. Assim está bom? – Sorrio, recebendo um beijo delicioso em troca.

— Assim está perfeito, mia vita.

— Eu te amo – digo, encarando seus olhos encantadores.

Ganho mais um beijo, mas este na testa, como resposta para minha declaração. Algo o bloqueava e não o deixava dizer com todas as letras, mas eu sentia.

— Não faça nada que eu não faria. – Acaricia meu rosto, brincalhão.

— Okay, chefe.

Vimos Elena chegar, muito animada e saltitante. Ela carrega uma mala gigantesca, vermelha e chamativa, enquanto eu estou levando uma bem menor, preta, além de uma bolsa com minhas vitaminas.

Antes de prosseguir, ela se despede dos meus filhos e vem em minha direção, exageradamente feliz.

— Marcus, oi! – Estende a mão. — Acho que nunca nos vimos depois da boate.

— Realmente. Como vai?

— Mais que bem! – Quase grita. — Obrigada por ser milionário e generoso.

Sinto meu rosto esquentar e acabo virando motivo de risos. Bufo, revirando os olhos para eles.

— Juízo, Sr. LeBlanc – digo, antes de me virar e entrar no jato.

LIBERTE-MEOnde histórias criam vida. Descubra agora