3. Marcus

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Faminto, aguardo o momento em que o garçom servirá minha comida, me sentindo solitário. Sou do tipo que adora companhias, principalmente se for de uma mulher bonita, boa de conversa e gostosa, não só de corpo.

Minhas favoritas são as atrevidas e despretensiosas, que não se deixam levar por pouco e nem perdem a postura por coisas fúteis.

A comida chega, finalmente, e nem vejo o momento em que devoro tudo em poucos minutos e degusto um belo vinho tinto.
Também não me demoro a voltar para a agência, subindo para deixar algumas coisas prontas antes de uma reunião às quinze horas, porém, meus planos são adiados quando encontro uma surpresa na minha sala.

— Oi, Marcus. – A mulher de cabelos longos e pretos está sentada em minha mesa, com as pernas atraentes cruzadas em uma saia curta.

— Carina, como conseguiu entrar aqui? – Franzo o cenho, fechando a porta atrás de mim.

— É muito fácil mandar em gente pobre. – Sorri, descendo da mesa para caminhar até mim.

Ela era uma mulher atrevida, mas muito soberba e mesquinha, o que me fazia deixá-la no meu grupo de mulheres que só conseguiriam sexo de mim.

— Como você está gostoso neste terno, Marcus... – Passa as mãos por meu peito, me empurrando até o sofá grande que tinha ali. — Me faz sentir fome.

Não a impeço quando ela abre minha calça social e puxa para baixo junto com a cueca, colocando meu pau já duro para fora. Eu estava sempre a ponto de bala, desde que alguma mulher viesse para cima de mim, arrancando minha roupa.
Nenhuma parece querer algo mais que status, o que me limitava nos relacionamentos, por mais banais e casuais que fossem.

Carina cai de boca no meu pau, direta em suas ações, chupando como uma verdadeira profissional. Seus lábios deslizam pela base grossa e faz barulhos deliciosos quando chupa forte. Seguro seus cabelos e me levanto, metendo sem dó na garganta gulosa, ouvindo gemidos sufocados em troca das minhas estocadas duras.

Afasto meus quadris de seu rosto, liberando sua boca molhada e risonha.

— Você gosta de levar pau na cara, gostosa? – Puxo seu rosto para mais perto, fazendo-a lamber minhas bolas.

Seguro seus cabelos com mais firmeza, batendo meu pau no rosto dela, que implora por uma atenção especial.

— Minha boceta está carente de você, Marcus...

— Hoje só vai ganhar porra na boca.

Ela sorri, me olhando como uma safada enquanto bato uma com força, me concentrando em gozar logo e manda-la embora para trabalhar.

Porém, meus planos são totalmente frustrados quando uma pequena mulher invade minha sala, arregalando os olhos e derrubando várias pastas no chão quando vê Carina agachada. Noto quando seu rosto fica vermelho e o olhar se pendura por poucos segundos no meu pau.

— Senhor LeBlanc, me desculpe. Oh, meu Deus, me perdoe! Eu não queria atrapalhar, disseram que o senhor ainda não estava aqui... – Se enrola, ofegante. — Ai, meu Deus!

A mulher em minha frente explode em gargalhadas quando uma senhorita Masucci chocada deixa minha sala.
Guardo meu pau nas calças e ajudo uma de minhas amantes a se levantar, limpando os lábios.

— Parece que sua secretária nunca viu um pau antes – comenta, ainda rindo.

Balanço a cabeça, um pouco chateado com o que aconteceu. Eu não deveria me envolver sexualmente no meu local de trabalho.

— Cometemos um erro. – Fecho os olhos, suspirando. — Porra, não quero parecer um idiota. Vá embora, Carina, nos vemos outra hora.

— Está bem. – Sorri, piscando um olho e se retirando logo em seguida.

Meu pau ainda está duro e dolorido, mas as imagens que fixo na minha cabeça são dos olhos arregalados e surpresos, que no fundo estavam carregados de vergonha e uma grande dose de tesão. Anabel Masucci estava com os olhos em chamas, e eu não poderia estar mais excitado quanto agora.

Tratei de me acalmar e peguei o telefone da minha mesa.

Sim, senhor LeBlanc?

Sua voz estava trêmula e eu reconhecia bem aquela excitação.

— Venha até a minha sala.

Segundos depois ela está em minha frente, ainda vermelha e muito envergonhada.

— Eu peço desculpas pelo ocorrido, senhor LeBlanc, não me demita, por favor, eu...

— Eu é quem lhe devo desculpas por constrangê-la, senhorita. Aqui é um local de trabalho e eu extrapolei, entendo se quiser trocar seu cargo e se mudar para outro setor.

— Foi apenas um mal entendido, não vai se repetir. Realmente pensei que ainda estivesse fora, foi um engano – gagueja, se explicando.

— Não se preocupe, o errado sou eu. – Estendo a mão, balançando a cabeça. — Pode voltar ao seu trabalho.

Ela acena e se vira, saindo o mais rápido possível de perto de mim. Fecho os olhos e coloco as mãos atrás da cabeça, me sentindo um bosta, mas ainda balançado com o olhar quente e tímido, como se ela estivesse se repreendendo por me enxergar de forma sexual.

A pequena Anabel era uma mulher encantadora, educada, linda, tranquila e gentil. A beleza se destacava na pele pálida, nos cabelos ruivos que só pude ver esticados em um coque bem feito no alto da cabeça, e nos olhos azuis como água cristalina.

Perfeita.

Penso em como poderia me perder naquele corpo coberto por um terninho horrível, mas reprimo os pensamentos sujos, me sentindo ainda pior por ver minha secretária assim.

Ela já é mãe e viúva, deve estar em busca de liberdade e, talvez, quando quiser se casar novamente e ter mais filhos, valorizará o básico, como: fidelidade, amor, paz. E eu realmente não seria capaz disso, porque só busco sexo fácil.

Anabel Masucci podia ser linda e ter fogo nos olhos quando me viu com Carina, mas estava totalmente fora de cogitação.

LIBERTE-MEOnde histórias criam vida. Descubra agora