— Bom dia!
De cenho franzido, minha linda noiva olha para seu filho e eu. Nós dois estamos preparados para uma bela manhã em um clube de golfe.
— Bom dia. – Beijo sua boca com gosto de suco.
— Posso saber para onde vão assim?
— O Marcus vai me ensinar golfe, mamãe! – Pula, feliz por aprender algo novo.
— É isso aí, garoto – digo, recebendo um olhar terno de Ana. — Depois, você vai aprender tênis e muitos outros esportes maneiros.
Ele ergue os braços e comemora, sentando-se em uma das cadeiras para tomar seu café.
Acomodo-me também, depois de ser servido com ovos e bacon.— Quando combinaram esse passeio?
— Eu acordei disposto a levá-lo para algum programa de homens. – Pisco para ele, que sorri com a boca cheia.
— Hum, programa de homens – murmura. — Só... homens?
Olho para ela e engulo minha risada ao vê-la incomodada. Suas bochechas estão coradas e sei que está se odiando por ter dito o que disse.
— Alguns amigos meus estarão lá, frequentam semanalmente, mas nenhum deles são casados ou possuem algum tipo de relacionamento. Não deveria se preocupar com isso, Noah me fará companhia. – Seguro sua mão, beijando os nós dos dedos.
Ela suspira e sorri, parecendo ainda mais envergonhada agora. Adoraria acabar com toda sua timidez na cama, mas marquei um horário no clube logo que acordei.
— Noah, escove os dentes antes de ir – diz, carinhosa.
Ele termina sua torrada e sai correndo, tendo a ajuda de Elizabeth.
— De onde surgiu esta ideia, Marcus?
— Quero fazer com que ele se sinta seguro comigo. Praticar esportes e fazer coisas juntos pode deixá-lo mais confiante com as pessoas. – Suspiro, pensando mil vezes antes de falar. — Ele precisa de um pai.
Como imaginei, Ana fica em silêncio, olhando para mim com surpresa e choque. Seus olhos são as coisas mais bonitas que já vi.
— Você não tem que se preocupar com isso, por favor. Não quero que pense que...
— Não diga nada, Ana – interrompo. — Vamos nos casar e estamos formando uma família, quero fazer isso dar certo.
Percebo que ela está com medo, e ao primeiro sinal de choro, acaricio sua mão e deixo que processe a informação.
— Obrigada por ser assim – sussurra, chorosa. — Você nos acolheu de um jeito que ninguém mais fez. Obrigada.
— Não estou fazendo um favor, não tem que me agradecer. Eu é quem deveria fazê-lo, você me mudou completamente e está me ensinando a ser um homem muito melhor.
Fico aliviado quando vejo seu sorriso e logo Noah chega, afobado.
— Estou pronto, Marcus!
________
Observo o menino em posição para fazer sua jogada, acertando os braços depois de mil e uma tentativas.
Já é quase hora do almoço e vou deixá-lo tentar a última vez antes de irmos para casa. Fico em silêncio, na expectativa, e Noah dá sua melhor tacada até agora, só não forte o suficiente. A bolinha chega muito perto, mas não marca nada, fazendo os ombros do garoto caírem, decepcionados.
Seu olhar vem até mim rapidamente e desvia para o chão, com medo de mim.
Franzo o cenho e me aproximo, imaginando o que ele espera que eu faça.
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LIBERTE-ME
Romans(18+) violência, palavras de baixo calão, gatilhos mentais, sexo explícito. Postagens aos domingos, terças e quintas-feiras.