42. Anabel

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O vento suave me faz cruzar os braços e suspirar de frio, mas gosto da sensação. A noite está chegando e temos convite para um baile de Ano Novo, o que parece ótimo para começarmos mais uma etapa nas nossas vidas.

— Ana!

Me viro para o quarto, saindo da varanda e trancando as portas.

— O que está fazendo aí fora neste frio? – Franze o cenho, retirando seu sobretudo.

— Estou agasalhada, não se preocupe. – Sorrio, me aproximando dele para acariciar seus ombros largos e definidos.

— Posso esquentar você agora. – Me pega no colo e me joga na cama, fazendo um grito meu escapar entre meus risos.

— Parece bem disposto, Sr. LeBlanc.

Ele desliza suas mãos quentes para dentro da minha blusa e aperta minha cintura, provocando um gemido meu.

— Sempre estarei disposto para minha mulher – sussurra, beijando minha barriga.

Hum... eu ainda não sou sua mulher.

Sei que cometi um erro quando ele para o que está fazendo e me encara, o olhar mudando de terno para furioso.

— Nunca mais diga isto.

— Por quê? – Mordo o lábio, sentindo meu corpo já bem quente agora. — Só disse a verdade.

Ele sai de cima de mim e me puxa pelas mãos, me arrastando até a suíte, onde tranca a porta e me coloca contra a pia, de frente para o espelho.

Fico arrepiada e ansiosa quando sinto uma de suas mãos invadirem minha calça e deslizá-la até o chão, sem tirar os olhos de mim. Em seguida, observo-o acariciar minha pele enquanto levanta minha blusa e a retira pela cabeça, deixando meus seios expostos.
Noto o quando meu rosto fica vermelho, mas não por timidez, e sim pelo tesão desenfreado que tenho dos seus olhares esfomeados sobre meu corpo.

— Você ficaria tão entregue assim se não fosse minha mulher? – Sussurra, beijando minha orelha e pescoço.

— Talvez... – fecho os olhos.

Seus dedos me tiram da realidade assim que iniciam uma brincadeira deliciosa entre minhas pernas. A maneira como ele me possui com tão pouco não deixa dúvidas de que sou toda sua, mas amo atiçar seu lado sombrio e selvagem.

— Já está encharcada e eu mal a toquei.

Abro os olhos novamente, vendo seu sorriso malicioso pelo espelho.

— Isso não quer dizer nada. – Mordo o lábio.

Ele inclina a cabeça, fazendo barulho ao abrir a própria calça e se preparar para se colocar em mim. Minha respiração está ofegante de expectativa.
Sinto-o em minha entrada segundos depois, as mãos grandes apertando meus quadris e me puxando contra si a ponto de tirar meus pés do chão como se eu pesasse menos que uma pena.

— Preste muita atenção, Ana. – Mete fundo, duro. — Assista suas reações, a maneira como seu corpo se molda ao meu. — Se move com maestria, me deixando mole. — Você é toda minha.

Seus dedos envolvem meu pescoço e me puxam para si, os lábios buscando por contato enquanto suas investidas me balançam com força. Gosto de como somos bonitos juntos, conectados, tão um do outro.

Seu toque está em todo meu corpo, não me permitindo esquecer quem é que me faz arrepiar da cabeça aos pés; quem é que me enlouquece de tesão e me amolece de amor.

O barulho dos nossos corpos me deixa vulnerável e excitada ao extremo, e o orgasmo repentino comprova meus sentimentos. Mas não quero parar, quero que continue me fazendo sua até que estejamos acabados, sem fôlego.

LIBERTE-MEOnde histórias criam vida. Descubra agora