13- Prioridade

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Clarke

Acordei e olhei as horas no celular, o dia hoje será frio, o céu lá fora se encontra cinza e a brisa fria teimando em invadir o quarto pela fresta na janela,  estiquei meu corpo e o senti dolorido, reclamando pelos movimentos da noite passada, moveu sua cabeça e olhou ao seu lado.

Lexa de bruços e as costas desnudas com uma tatuagem exposta, seus dedos formigaram com a vontade de tocar e não se deteve, esticou o braço e a ponta de seus dedos percorreram por cada desenho.

O suspiro e arrepio que ouviu e viu lhe fez recuar.

— Sua mão está fria Clorke. — a voz em um rouco suave soou abafada.

— Desculpa, não queria te acordar, é que não resisti em tocar sua tatuagem.

— Não tem que se desculpar, eu não me aborreço, gosto de acordar cedo. — As bochechas tomaram um tom rosado ao terminar de falar.

— Eu que peço desculpa por dormir ontem logo após a gente transar, juro que não sou de fazer isso. Passei a manhã inteira e a parte da tarde antes de encontrar, procurando uma casa por aqui.

— Vai sair da casa dos seus pais?

— Não pretendo terminar minhas férias na casa deles, nossa relação me faz mal, então prefiro me afastar, assim nenhuma das partes se estressa.

— Entendo seu ponto, conseguiu comprar a casa?

— Sim, é perto daqui e já está mobiliada, posso te levar lá, mas tarde, se você quiser é claro.

— Eu adoraria, tava pensando em passar um bom tempo na cama hoje, quer me acompanhar?

— Com toda certeza eu quero, mas antes vou tomar um banho, escovar os dentes e pôr uma roupa e volto, tudo bem?

— Sem problemas, farei o mesmo.

A dos olhos verdes saiu de lá e foi seguir sua rotina antes de voltar, a loira se apressou em fazer o mesmo e desceu para pegar algumas coisas para comerem no quarto antes da outra chegar ao seu quarto.

— Clarke?

— Pode entrar. — A Kom TriKru teve como primeira cena, quando retornou, a loira com um short preto de tecido leve e uma regata da mesma cor e sem sutiã por baixo da mesma.

Já ela está com uma calça de moletom cinza, um top preto e uma touca.

— Supus que estaria com fome e decidi trazer algumas coisas para nós.

— Você adivinhou meus pensamentos, minha barriga ta implorando por comida.

Começaram a comer em silêncio, aproveitando o conforto da companhia uma da outra, em pouco tempo terminaram, a médica desceu pra deixar as coisas no andar de baixo e voltou.

A pedido dela a terapeuta escolheu uma série qualquer pra elas assistirem, a loira deitou e sua cabeça descansou no ombro da morena que estava deitada ao seu lado.

Assistiram alguns capítulos até a dos olhos azuis deixar a TV de lado e focar na mulher que mantém a atenção na série.

Lexa

A respiração ritmada de Clarke em meu pescoço tirou meu foco da série a um bom tempo, mas estou me mantendo quieta, porém um beijo depositado em meu ponto de pulso me fez sobressaltar e depois outro e outro foram sendo distribuídos por meu ombro, pescoço e maxilar.

— Achei estar dormindo Clorke.

— Garanto que tô bem, acordada.

Mirei seu rosto e ela fitava minha boca, não tardei em colar nossos lábios em um beijo gostoso, sua língua pediu passagem e eu cedi de bom grado, mordi seu lábio inferior de leve e ela sorriu no meio de nosso beijo, me contagiando e levando a sorrir também, mudamos o jeito que estávamos, ela agora sentada e com as costas apoiadas contra a cabeceira da cama, sentei sobre seu colo e suas mãos vieram para minha cintura, minha boca deixou a sua e eu chupei a pele sensível de seu ponto de pulso, ouvi seu gemido rouco e suas mãos desceram até minha bunda, onde ela apertou com vontade e eu arfei.

Quando iria levantar sua regata o telefone tocou de maneira insistente, saí de seu colo e ela alcançou o telefone.

— Oi! oi, espera, fala devagar que eu não tô entendendo nada O. — Deu uma pausa no que falava e ouviu a outra pessoa atentamente, sua expressão mudou de confusa pra tensa e preocupada.

— Acalma ela, eu chego aí em 5 minutos. — A loira levantou e começou a trocar de roupas rápido, séria e calada.

— Hey, o que aconteceu? — Levantou e aproximou da médica.

— Madi estava brincando com Picasso e de alguma forma caiu e parece que quebrou o braço, desculpa Lex, eu tenho que ir.

— Não se desculpe, é sua filha, ela é prioridade, posso te acompanhar?

— Sim.

Lexa foi até o próprio quarto e se trocou em uma velocidade recorde, desceu as escadas e encontrou Clarke esperando encostada no carro, batendo o pé em puro sinal de nervosismo, entraram no carro.

— Eu dirijo pra você, casa da Hope?

A Griffin assentiu e Lexa saiu disparada, a loira ficou calada olhando pra frente e o cenho franzido.

Lex arriscou ter seu ato rejeitado, mas ainda assim pôs a mão na coxa da Griffin mais velha, a mais velha apenas repousou a mão sobre a sua e seguiram.

A única coisa que passava na mente de Lexa era pedir que Madi estivesse bem.


Recomeçar (Concluída ✅)Onde histórias criam vida. Descubra agora