57-Com quem falo?

564 65 20
                                    

Oii, como cês tão?

Por aqui tem melhorado e estou voltando.

Então, boa leitura...

Um enjoo atrás do outro, esses cinco meses têm sido tempos difíceis e exaustivos pra Lexa, suas pequenas mudanças de humor também não estão sendo fáceis, as vezes a morena pode ser cruel, mas em segundos adorável, isso anda enlouquecendo todos a sua volta.

A Griffin e a terapeuta foram almoçar com Cóstia em sua casa, a pouco menos de um ano Anya se mudou para Cannon Beach e consequentemente ela veio junto, queriam estar mais próximas da família.

- Então loira, como tem sido aguentar aquele guaxinim raivoso? - Cóstia apontou por sob o ombro se referindo a sua melhor amiga, que está em uma cadeira na área externa da casa, algo semelhante a uma pequena estufa de flores e tinha uma cara emburrada, um vinco irritado na sua testa mostrando o quão furiosa ela se encontra.

- Confesso que estou a ponto de ficar louca, mas entendo que são os hormônios, apesar que não torna mais tranquilo, inclusive agora como vê, ela tá assim por Madi ter dito que não queria sair hoje e preferia dormir um pouco mais, já que não tem jogos nesse fim de semana, nem treinos.

- Credo, ela ta mais rabugenta que o de costume. - Cóstia se pôs a rir. - Boa sorte Clarke.

Lexa ouviu a outra morena a chamar de rabugenta e se aproximou franzindo o cenho.

- Quem você chamou de rabugenta Cóstia?

- Você, guaxinim. - Antes que Clarke conseguisse impedir Cós respondeu.

- Amor? - A de olhos azuis chamou cautelosa, vendo a Kom Trikru fita-la com lágrimas brilhando em sua orbes claras.

- Clorke, eu sou rabugenta? - Sua voz embargada fez a médica respirar fundo e responder o mais calma possível, sabendo o que viria após essa pergunta.

- Claro que não amor, você não é e eu te amo, ok?

Apenas com um aceno de cabeça ela confirmou e começou a chorar, sendo acolhida pelos braços da mais velha, escondendo o rosto em seu pescoço, atrás dela Cóstia cobria sua boca com ambas as mãos tentando não explodir em uma gargalhada, tendo o olhar ameaçador de Clarke sobre ela, a obrigando a se manter quieta, ela com certeza zoaria a outra morena futuramente.

Dois minutos depois e pronto, lá estava a terapeuta sorrindo até pro vento, é como os dias estão correndo.

- Ok, agora que você parece estar calma, vou perguntar, já pensaram em um nome pro bebê? E vocês também não contaram o sexo do baby Clexa suas maldosas. - Cóstia acusou indignada.

- A gente não pensou em um nome ainda e descobrimos que é um menino.

A conversa se estendeu por horas, mas vendo que Lexa estava cansada, Clarke achou melhor ir embora e se despediu da outra morena, a montanha russa dos hormônios podia ser exaustiva, ela passou por isso nos primeiros meses de sua gravidez de Madi.

Sabendo disso, a Griffin faz de tudo pra deixar o clima o mais leve e tranquilo possível, tentando sempre fazer a outra rir, apesar que na maioria das vezes Lexa apenas a olha a achando esquisita e adorável, assim como a Griffin menor.

[···]

A maior de olhos verdes dormia de lado no sofá, com a cabeça no colo de sua filha que está jogando vídeo game com Bellamy, já Clarke ao seu lado fazendo cafuné na Kom Trikru que dorme tranquilamente.

- Bell. - A mais velha chamou sua atenção que estava toda concentrada em seu jogo.

- Hum? - Respondeu sem tirar os olhos da TV.

- Quer ver uma coisa?

- Mostra. - Sua curiosidade sempre é maior que qualquer coisa.

Tirando seu celular do bolso, ela mostrou uma foto em que tentava fazer Lexa rir em um de seus dias rabugentos, mas não deu muito certo.

- Okay, ela definitivamente está te julgando muito nesse momento. - O mais alto sussurrou enquanto ria baixo, com receio de acordar Lexa.

- É aquela foto da peruca? - Madi perguntou rindo ao lembrar.

- Essa mesma.

- Essa mesma

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

[...]


Lexa está em seu consultório e atendia o último paciente do dia, depois disso Clarke a buscaria quando saísse da clínica, através da janela se via nuvens pesadas de chuva, o ar gélido percorria a cidade mostrava que uma tempestade está se aproximando.

- Obrigada Lexa, você tem me ajudado muito. - O rapaz de 17 anos a fitava com admiração e agradecimento.

- Não precisa agradecer Ilian, apenas tente se abrir aos poucos como a gente vem conversando, um dia por vez.

Ela o viu assentir e se despedir, seu horário havia se encerrado e agora a mais velha está guardando suas coisas.

Organizou as almofadas em seus devidos lugares no sofá e guardou uma bolinha de ténis, durante as consultas aquilo o deixava mais tranquilo e Lexa sempre se adaptava a seus pacientes, cada um deles se sentia mais confortável de maneiras diferentes.

A maior parte de suas consultas eram com ela sentada ou deitada no chão ao lado de seu paciente e assim tudo corria como uma conversa calma. Sabendo como era se sentir pressionada e desconfortável para falar, o que ela menos queria era que eles se sentissem assim.

Ele já vem conversando com Lexa a mais ou menos um ano e melhorou muito desde então, se mostrava um garoto fechado e mal falava, seus pais informaram que ele era agressivo, mas após algumas conversas ela percebeu que ele só agia daquela forma por não saber se expressar, se abrir e conversar sobre o que o sufocava, apenas acumulava tudo em silêncio até não aguentar mais e explodir em um ataque de raiva.

- Lex? - O tom baixo de Clarke e batidas na portas a tiraram de seus pensamentos, a loira lhe mirava encosta no batente da porta, braços cruzados e a observando. - Tudo bem? - As orbes azuis tinham uma pequena apreensão.

- Ah sim, sim, apenas pensando, vamos?

- Claro, como foi seu dia? - Trancando a sala a morena se virou novamente pra ela e se dirigiu as saída com seus dedos entrelaçados aos da mais velha.

- Calmo, um dos meus pacientes mostrou uma grande melhora hoje, na verdade já faz um tempo que ele vem se mostrando melhor e o seu?

- Hoje também foi tranquilo, não tive cirurgias, apenas pequenos casos.

Só bastou cruzar a porta de casa que o céu despencou em uma chuva pesada atrás delas, Madi apareceu ao pé da escada com a maior cara de sono, deixou um beijo na bochecha de cada e seguiu pra cozinha atrás de comida, Clarke foi pro banho e Lexa seguiu para o escritório de sua casa, passaria algumas anotações a limpo e se organizaria para as consultas do dia seguinte.

Assim seguiu por minutos, até seu celular tocar, no começo optou por ignorar, depois veria quem era, mas após ele tocar repetidas vezes como louco e arranca-la de sua bolha de concentração, decidiu atender de vez, estanho o número desconhecido, mas ainda sim atendeu.

- Alô, com que falo?

- Lex, sou eu, precisamos conversar, eu preciso de ajuda.

A única coisa que a morena tem em mente é que, o universo adora brincar com a gente, muitas vezes sendo bem filho da puta e ela sabia que ajudar Ontari trará problemas.


Recomeçar (Concluída ✅)Onde histórias criam vida. Descubra agora