43-Bem vindo

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E como prometido pela médica, Lexa acordou melhor, só uma leve dor de cabeça. Ainda com a cabeça no peito dela, ouvindo seu coração batendo ritmicamente.

- Babe ta acordada?

- Hunrum, como você está se sentindo?

- 80% .

- Sei o que vai te deixar em 100.

- O que?

- Um banho demorado e comida.

- Leu minha mente.

E assim fizeram, tomaram banho juntas, Clarke lavou o cabelo da mais nova e ela fez o mesmo com a Griffin.

- Agora, comida pra senhorita.

Na cozinha após o jantar, se dividiram nas tarefas, Anya insistiu que não era necessário, mas não deram ouvidos. Quando lavou a louça sentou e apoiou na bancada.

- Hum. - Madi entrou no meio dos braços de Lexa, sendo acolhida pela maior.

- Oi nenem. Quando eu for visitar vocês em Cannon, levarei um presente.

- Me diz o que é? - Os olhinhos verdes brilhando em expectativa.

- Não posso, terei uma pra você e uma pra sua mãe.

- Pra mim também? - A dona dos olhos azuis vinha do segundo andar, a pouco falava com Bellamy e só voltou agora.

- Pra ti mesmo Clorke.

[...]

Quatro dias mais foi o tempo que as Griffin's continuaram em Portland, voltaram por a menor ter aulas e a maior, sua clínica.

Deixaram a cidade com a promessa de que Lexa as veria em pelo menos duas semanas.

No caminho pra casa a filha de Clarke se mantinha olhando a paisagem através da janela, estranhamente quieta.

- Mãe?

- Hum?

- Agora que Finn foi preso, eu posso "conhecer" a vovó e tia Harper?

- Claro filha, eu sinto tanto que você não teve a chance de se aproximar delas.

- Tudo bem, não é nossa culpa, eu odeio tanto ele mamãe.

- Agora estamos livres amor, não mantenha coisas ruins em mente, ok?

A menina deu um pequeno aceno e novamente se calou. Foram recebidas por Bellamy, na casa dos Kom Trikru, moreno até que se deu bem com eles.

- Então moças, como a rabugenta está?

- Não a chame assim Bell. E Lex está bem.

- Entrem, eu levo as malas, temos muito o que falar.

[...]

Em Portland as coisas estão não tão calmas.

- CORRE AQUI GUAXINIM, LEXAA. - Cóstia se esgoelava do quarto de Anya no primeiro andar da casa, gritando por sua amiga que estava no escritório.

- O que é caralho, precisa dessa gritaria toda?

- Vai nascer.

- Puta que pariu.

As duas com um desespero claro no olhos, sem saber o que fazer.

- Dá pras duas, se acalmarem e me ajudar? Cóstia pegue a minha bolsa e Lexa peça ao motorista que prepare o carro.

- Sim senhora.

Lexa em momento algum saiu do lado da mais velha, Anya tinha a mão de sua menina agarrada a sua, lhe passando segurança e um pouco de calma. Depois de um parto complicado que demorou muitas horas, finalmente o pequeno garotinho chegou ao mundo.

A Kom Trikru mais velha, teve complicações após dar a luz, a mais nova está com os nervos a flor da pele, nada pode acontecer a sua tia, ela não aguentaria.

Cóstia ao seu lado no quarto da outra que não parecia nada bem, segundo o médico, ela havia perdido muito sangue e isso junto a demora pra o bebê nascer, só fez a sua condição piorar, eles passaram recomendações para como Lexa deve proceder.

- Senhorita Kom Trikru, deve fazer leve pressão no abdômen dela, isso fará com que o útero seja massageado, sua tia está recebendo ocitocina continuamente por via intravenosa, auxiliará na contração do útero, diminuindo gradativamente a hemorragia, ela também receberá hidratação intravenosa para ajudar a recuperar a quantidade de líquido na corrente sanguínea.

- Obrigada Dr. Jackson, quando posso pegar o Aden?

- Agora mesmo estão trazendo ele, é essencial que o bebê receba calor humano.

- Mais uma vez, obrigada.

- É o meu trabalho, tenham um bom dia, nós iremos monitorala com uma grande frequência.

- Igualmente, até.

O homem partiu de la, as deixando para trás e seguiu seu caminho pelo grande hospital. Pouco depois uma enfermeira trouxe o bebê e o deixou sendo acolhido confortavelmente pelos braços de Lexa.

- Ele é tão pequeno.

- Ele tem os cabelos claros como os da Anya e alguns traços de Alie. Seja bem vindo Aden, te ensinarei muitas coisas.

- Ela estaria tão feliz se estivesse aqui hoje. - Pôs a mão no ombro da morena e sorriu triste.

- Eu sei, Cós posso te confessar algo?

- Sempre.

- Tô com medo.

- Guaxinim, a Anya é provavelmente a mulher mais forte que eu conheço, logo ela vai estar de pé, bem e saudável com esse belo garotinho em casa.

- Se alguma coisa acontece não sei o que fazer.

- Ela vai melhorar, não fique com essa paranoia nos pensamentos, foca no pequeno que ta segurando.

- Seu apoio com tudo tem sido muito, mas muito importante mesmo.

- Não fica melosa guaxinim.

- Idiota, cortou o clima fofinho que tava.

- Problema.

Recomeçar (Concluída ✅)Onde histórias criam vida. Descubra agora