20. MEGAN

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- Só você para me fazer passar por tudo isso, Samantha – tento repreender minha melhor amiga quando a encontro na saída do aeroporto, mas falho miseravelmente em minha missão quando recebo seu brilhante sorriso de volta

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- Só você para me fazer passar por tudo isso, Samantha – tento repreender minha melhor amiga quando a encontro na saída do aeroporto, mas falho miseravelmente em minha missão quando recebo seu brilhante sorriso de volta.

    Seus cachos vão de um lado para o outro ao mesmo tempo que corre em minha direção, jogando os braços ao meu redor. Largo minha pequena mala no chão, seu imutável cheiro de morango invadindo meu olfato, abraçando-a de volta. – Senti saudades, Meg – diz entre meus cabelos.

- Também senti, Sam – fecho os olhos. Nunca ficamos tanto tempo separadas, desde o dia que nos conhecemos.

    Afasta seu corpo do meu, dando uma boa olhada em mim. – Cortou o cabelo de novo – pega os fios agora na altura dos ombros. – Londres está fazendo bem para você.

- Jamais pensei que iria gostar tanto de lá – confesso, pegando minha mala do chão. Entrelaçamos nossos braços, caminhando juntas para a saída.

   Se passaram seis meses desde que deixei Nova York para viver em Londres. Bom, pelo menos temporariamente. Seis meses desde que andei pelas ruas de Boston e recebi a inusitada e decisória ligação de Margaret.

- Temos uma vaga em Londres e quero que fique com ela – foi a primeira coisa que ouvi quando atendi o telefone.

- Oi para você também – provoquei, sorrindo – Londres, hm? Qual setor?

- Cultural. – Sua resposta me fez parar, a esperança brotando em meu peito. – Claro, você precisará conciliar cultura com moda. Mas é um pouco mais próximo do que deseja se especializar no futuro, certo? Pelo menos mais do que faz agora.

   Meu silêncio foi bandeira verde para que continuasse.

- É um ano, Megan. Você iria para lá o mais rápido possível. São doze meses morando em Londres. Sei que ama Nova York, mas talvez essa seja a porta que precisa abrir para dar mais passo em direção ao The New York.

- Uau – por um segundo, só isso escapou da minha boca. Era, talvez, a oportunidade da minha vida. Um grande passo na minha carreira, com certeza. E um ano? Passa muito rápido. Não tenho namorado ou filhos.

   Perfeito.

- É uma bela oportunidade, Meg – disse Margaret, e eu quase podia sentir seu sorriso do outro lado da linha – Você aceita?

   Entro na SUV prateada de minha melhor amiga, me livrando das memórias. Seis meses desde que falei com Dylan pela última vez.

- Quando você volta para lá? – pergunta Sam ao volante, nos tirando da vaga em que estacionou.

- Amanhã a tarde.

- O que? – sua expressão sofrida me faz rir – Isso não é justo. São só 24 horas.

Todos os dias deixados para trásOnde histórias criam vida. Descubra agora