37. JACOB

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Nem a claridade que entra no quarto através da fresta da cortina deixada aberta por mim na noite anterior é capaz de estragar o meu bom humor hoje

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Nem a claridade que entra no quarto através da fresta da cortina deixada aberta por mim na noite anterior é capaz de estragar o meu bom humor hoje. Acordo com um sorriso no rosto, espreguiçando o corpo para aliviar os músculos.

Pego o celular para ver as horas e vejo que já se passa do meio-dia. Encontro um bilhete embaixo dele com uma letra cursiva que reconheço ser de Chloe.


Você parecia estar tão exausto quando entrei aí que não quis te acordar. Estou com Lucy, vamos para piscina lá pelas três caso se interesse em se juntar a nós.

Chloe


Nossa. Eu nem a vi entrar no quarto, muito menos senti minha filha acordar. O cansaço me abateu completamente, percebo. Foi bom que nós tenhamos concordado em deixar um cartão magnético de nossos quartos um com o outro para quando casos desse tipo acontecessem.

Saio debaixo das cobertas, jogando-as de lado. O chão frio me faz estremecer quando meus pés o tocam. Ando devagar até o banheiro, ainda sonolento. Bocejo alto e esfrego os olhos, limpando-os com os dedos.

Como Lucy não está por aqui posso ficar livre da obrigação de trancar a porta. Tiro a calça de moletom e a blusa branca que visto, deixando-as de lado no chão. Fico somente de cueca boxer e observo meu corpo através do espelho.

Para quem está com quase trinta anos, consegui ficar em forma. Uma boa alimentação e exercícios físicos diários ajudaram. Ninguém nunca reclamou, de qualquer forma.

Isso e estar aqui, no banheiro, depois da noite passada me faz pensar em Megan. Um sorriso satisfeito brota dos meus lábios quando lembro de sua carranca ciumenta quando pensou que houvesse outra mulher em meu quarto. Como se eu conseguisse sequer tocar outra pessoa quando estou assim, tão próximo dela.

Entro no box de vidro, fechando-o antes de ligar o chuveiro. A água morna começa a cair e me inclino para frente, molhando o rosto e os cabelos. É bom sentir os músculos do corpo relaxarem. Puxo a barra de sabonete e esfrego meu corpo, deixando-o limpo para o dia que começa. Logo estou despejando o shampoo na mão e passando-o por meus cachos desorganizados, que ficam um pouco mais longos quando molhados.

Rapidamente envolvo a cintura com uma toalha macia do hotel depois de me enxugar. Volto para o quarto, encontrando notificações em meu celular. Digito a senha, indo para o aplicativo de mensagens. Sorrio quando vejo a quem elas pertencem.


Foi para o Havaí e esqueceu da minha existência?

Bateram sua cabeça e perdeu a memória da sua melhor amiga?


Solto uma gargalhada alta com o drama desnecessário de Sophia. As mensagens foram enviadas há menos de cinco minutos e por isso não hesito em ligar para seu número. Ela atende no terceiro toque.

Todos os dias deixados para trásOnde histórias criam vida. Descubra agora