40. MEGAN

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   O resto do almoço ocorreu num clima mais leve e divertido

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   O resto do almoço ocorreu num clima mais leve e divertido. Lucy Montgomery-Jackson é tão espontânea em tudo que diz que fez minha barriga doer de tanto rir. Jacob não parou de ser carinhoso e me tocar durante toda a refeição, parecendo garantir que só tinha olhos para mim. Com certeza amenizou os sentimentos conflitantes que estavam borbulhando em meu peito e me fez sentir especial, mas ainda fiquei me questionando porquê essas sensações ruins como ciúmes e posse só aparecem com ele.

Talvez porque o que você sinta por ele é mais intenso do que já sentiu por qualquer outra pessoa, meu coração diz. Mas será que é verdade?

Quando voltamos para o resort Don escolheu se trocar e ir fazer uma massagem que é oferecida aos hóspedes sem a necessidade de uma taxa extra. Meu pai se despediu de nós e foi para o elevador, acenando com animação para Lucy em despedida. Depois de restarmos apenas nós três e o silêncio começar a ficar constrangedor Lucy insistiu para Jacob levá-la para a área infantil do hotel, cheia de brinquedos e monitores. Ao que parece ela já tinha estado por lá no dia que chegaram de Los Angeles.

Desde então Jacob e eu estamos aqui, sentados num banco de madeira ao redor do parque a céu aberto observando-a correr com outras crianças. Como esperado, não foi uma dificuldade para ela fazer amigos.

Nossos dedos estão entrelaçados e seu polegar faz carícias circulares na palma da minha mão. Alguns arrepios sobem pela minha pele com o movimento e consigo enxergá-lo sorrindo de modo convencido pelo canto do olho. Abro a boca para fazer uma piada sobre sua arrogância quando uma voz desconhecida se faz presente.

- Jacob Jackson! Eu e Paul estávamos procurando por você. Aonde se meteu, garoto?

Só duas pessoas no mundo chamariam o homem de mais de 1,80m de altura ao meu lado de "garoto" e é uma delas que caminha em nossa direção. Natalie Anderson, que reconheço pela formatura de Yale anos atrás, não parece muito feliz ao se aproximar do banco no qual estamos sentados. Ela é surpreendentemente conservada para uma mulher de mais ou menos cinquenta anos. Os cabelos sedosos caem em ondas, castanhos e com cachos na ponta como os do filho. As íris cor de chocolate também são da mesma cor, brilhantes e determinadas. Ela veste uma saída de praia branca com um maiô preto recatado por baixo, mostrando apenas as pernas bronzeadas e torneadas a mostra, deixando claro que ainda é uma mulher que pratica exercícios físicos.

O Sr. Anderson se deu bem.

- Mãe – Jacob bufa, parecendo quase infantil. Ele se levanta exasperado e me ponho de pé também, ainda que minha vontade no momento fosse rir. – Não haja como se precisasse saber de todos meus passos. Eu já sou um adulto, sabe. Tenho vinte e oito anos.

- Você sempre será meu filho, não importa qual seja sua idade. Isso significa que quando sua mãe liga você precisa atender. Ainda mais quando ela o faz mais de quatro vezes! – exclama, colocando as mãos na cintura para demonstrar sua insatisfação.

Todos os dias deixados para trásOnde histórias criam vida. Descubra agora