❤Sinopse❤
Ágatha Bianchi, uma jovem de 27 anos, recebe uma notícia que muda o rumo da sua história. Recém casada, vê sua felicidade ser arrancada de forma dura e cruel. Seu marido - um Coronel da Força Nacional - é morto, em uma ação pacificadora, n...
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Soltar suas mãos, quando na verdade eu queria segurá-la para sempre, foi dificilmente doloroso para mim. A dor foi tanta, que parecia que meu coração tinha sido atingido por um punhal.
Sinto faltar ar nos meus pulmões e as borboletas no meu estômago já não batem suas asas. Até parece que meu mundo perdeu a cor e tudo voltou a ser cinza. Eu me sinto exatamente igual ao dia em que Alex morreu — sem vida.
Mesmo sem querer admitir, Noah passou a ser o meu sol, minha luz, meu arco-íris. Ele trouxe sentido à minha vida.
Quando ele pediu meu coração, eu iria gritar que ele já era seu, assim como o filho que carrego em meu ventre, mas o medo de que Alícia e a sua mãe descobrissem sobre nós, me fez recuar.
O tiro que Maria Paula levou, naquele dia em que saiu do meu apartamento, mesmo ela dizendo que foi um assalto, me acendeu um alerta: foi mesmo um assalto ou um atentado planejado pelas duas? Eu não sei! Não sei do que elas são capazes de fazer.
Me entregar a Noah, a essa paixão louca, que me faz perder o fôlego só em estar perto dele, contar sobre a gravidez, seria colocar a vida dele em risco.
Alícia e Dona Esmeralda estão certas que receberão o seguro feito por Alex, para quando o nosso filho nascer. Se elas sonharem que esse dinheiro está ameaçado a não chegar em suas mãos, farão de tudo para tirar quem se colocar na frente como obstáculo. E não posso, jamais, deixar que Noah se torne alvo. Para protegê-lo preciso negar o amor que sinto por ele, negar que o quero mais que tudo. Me tiraram o Alex cruelmente e não aguentarei se me tirarem o Noah também.
Se ele foi dopado por Alícia, como ele mesmo disse, ela é muito mais perigosa do que imaginamos. Eu não sou tão besta como elas pensam. É claro que Alícia enviou a foto, a fim de acabar com qualquer vestígios de sentimentos que eu sentia por ele. Impedir que eu e Noah se relacionasse, era a certeza que eu seguiria com a inseminação e, assim, garantir que o dinheiro do seguro chegasse em suas mãos.
Noah baixa o olhar quando minhas mãos soltam as suas totalmente. Ele esfrega a nuca com uma das mãos, seus lábios comprimidos. Em seguida, solta uma respiração profunda. Sem dizer nada, com a tristeza nublando a sua feição, dá as costas e caminha em direção a porta.
Logo me bate um desespero vendo-o partir. Não sei explicar, mas era como se estivesse indo embora para sempre. Meu coração bate tão rapidamente, que sinto retumbar no tecido da minha blusa. O sentimento de desespero faz minha respiração travar na garganta. Dou as costas, nervosa, minhas mãos segurando uma na outra, a fim de não vê-lo partir.
— Eu te amo! — digo, baixinho, ainda de costas, meu coração parecendo que iria pular do peito. — Eu te amo, Noah! — Viro-me para ele.
Não sei onde eu estava com a cabeça, mas meu coração iria explodir se eu não dissesse que o amava. Eu senti que iria perdê-lo, caso eu o deixasse passar pela aquela porta.
