❤Capítulo 57

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ALEX

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ALEX

— Eu não acredito que Maria está envolvida nessas coisas. Ela era tão... tão...

— Dissimulada e perigosa é isso que ela era! — Alícia me completa, parando de sorrir e me encarando com a expressão raivosa.

— Mas... mas é claro... MP e Maria Paula é a mesma pessoa — evidencia Girino.

— Não! — me recuso a acreditar, o coração voltando a bater rápido. — Mas como? Como tudo isso estava debaixo do meu nariz e eu não percebi?! — Olho dentro dos olhos de Alícia atrás de respostas, mas a única coisa que encontro neles é perversidade.

— Depois que Maria Paula conheceu Evandro e ele deu a ela poder, dinheiro e luxúria, ela se transformou em outra pessoa. Aquela menina meiga e gentil já não existe mais. Foi nossa irmã que me apresentou a Rocco, levando-me em uma das festas promovidas por ele, no Morro da Azeitona. Esse dia seria o início da minha vida de regalias e dinheiro fácil, mas em contrapartida eu estaria nos pés dele, um passo meu não seria dado sem que Rocco soubesse.

Puxo uma cadeira velha de madeira e sento-me, atônito. Rapidamente um filme se passa na minha cabeça e relembro desde o dia em que perdi meu pai, até os dias de hoje. Com muito esforço e determinação, consegui vencer na vida, para dar a minha família o mínimo de conforto que mereciam. Hoje eu descubro que quem mais eu tentei amar e proteger, me apunhalou pelas costas.

— Minha família tramou a minha própria morte — sussurro de cabeça baixa, arrasado.

— Tramamos porque sempre quis bancar o policial herói, o certinho em tudo. Você estava investigando o capitão Consuelo, não demoraria muito para chegar até nós. Por isso Maria Paula decidiu, juntamente com ele, te tirar da jogada.

— Por que me deixaram vivo? — indago, levantando a cabeça e olhando para ela.

— Agradeça a nossa mãe que implorou para que não o matasse, que o deixasse vivo.

— Eu preferia ter morrido do que ter ficado anos preso naquela casa no meio do nada. Eu quase enlouqueci naquele lugar. Eu vi o tempo passar sem saber em que dia ou mês estávamos, passei dias sem poder tomar um banho, comendo apenas uma refeição por dia. Sem contar que apagaram a minha memória, injetando aquela droga toda semana no meu braço. Se não fosse Jéssica que levasse comida escondida, certamente eu teria morrido naquele lugar. 

— Por acaso foi ela que te ajudou a fugir? — pergunta Alícia com uma das sobrancelhas arqueadas. — Porque não teria como fugir sozinho daquele lugar, sem ter ajuda de alguém.

— Jéssica não me ajudou em nada! — digo com firmeza. — Eu fugi sozinho.

Alícia dá uma gargalhada, antes de me olhar severamente e proferir:

— Sabemos que teve ajuda de alguém, só não temos certeza se foi de Jéssica. Evandro mandou matar o irmão dela, depois dele ter confessado que foi ele que ajudou você a sair da mata e que a sua irmã não tinha nada a ver com isso. Mas ai como Maria Paula não tinha certeza do envolvimento dela, decidiu deixá-la presa no seu lugar. — Ela termina de falar e coloca uma cara de contentamento.

Quebrando Regras (Finalizada)Onde histórias criam vida. Descubra agora