❤Sinopse❤
Ágatha Bianchi, uma jovem de 27 anos, recebe uma notícia que muda o rumo da sua história. Recém casada, vê sua felicidade ser arrancada de forma dura e cruel. Seu marido - um Coronel da Força Nacional - é morto, em uma ação pacificadora, n...
Quando o delegado solicitou para eu vir até aqui, imaginei que poderia ser qualquer outra coisa, menos o Alex estar vivo. Foi um choque quando o vi. Na mesma hora meu coração começou a bater aceleradamente, um calafrio tomou o meu corpo, minhas mãos ficaram frias e minha visão escureceu. Desmaiei e, não sei quanto tempo depois, acordei nessa cama.
A aparência de Alex está completamente diferente de como ele era: seu cabelo e barba estão grandes, seus olhos estão caídos e fundos, está bem mais magro e sua boca e pele estão ressecadas. Seu estado físico me assustou. Não há nada nele que me recorde do Alex que conheci. Ele parece outro homem.
— Desculpe... eu não queria trazer problemas para vocês — Alex diz, olhando para o chão.
Seguro no braço de Noah e me sento na cama. Minha cabeça gira e sinto meu estômago embrulhar. Inspiro e solto o ar pela boca lentamente.
De repente, a porta se abre e o delegado surge.
— E ai... é essa a Ághata que tanto procurava? — ele pergunta, segurando no ombro de Alex.
— Sim... — Alex fala baixinho, quase inaudível.
Noah olha para mim com as sobrancelhas juntas, a expressão confusa, o olhar tenso.
— Ele não sabe quem é, não lembra de nada sobre sua vida, nem se seu nome é mesmo João — revela o delegado.
— Não... não se... não se lembra de nada? — indago, a voz falhando.
Alex balança a cabeça que não.
— Se não se recorda de nada, como veio atrás da Ághata? — Noah pergunta com o tom de voz firme, olhando desconfiado para Alex.
— Ela era a única coisa que eu me recordava — Alex responde, sem olhar para nós.
Noah solta uma respiração profunda, tirando sua visão de Alex. Ele está apreensivo, nervoso.
— Vou deixar vocês conversarem — o delegado avisa. — Depois vou precisar lhe fazer algumas perguntas — O delegado se dirige a Alex. Ele assente e o delegado sai da sala.
— Por onde andou por todo esse tempo? — Não espero nem o delegado fechar a porta para lhe questionar e tentar entender toda essa história.
Alex passa as mãos nos fios embaralhados dos cabelos, em seguida na barba, inspira longamente soltando os ombros e responde:
— Preso numa casa, no meio de uma floresta — ele se emociona ao falar.
— Preso numa casa? — Noah questiona, parecendo não acreditar em nada do que Alex diz. — E só depois de todo esse tempo que conseguiu fugir?
— Jéssica, a mulher que levava comida para mim, me ajudou — ele responde.
— Essa história está muito mal contada — Noah exprime, exaltado. — Primeiro você é dado como morto, depois reaparece do nada dizendo que estava preso em uma casa no meio de uma floresta. Desculpe... mas essa história está sem pé, nem cabeça. — Seguro em seu braço, tentando acalmá-lo.
