❤Capítulo 2

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— Tenente! — O soldado Moisés para em minha frente e presta continência

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— Tenente! — O soldado Moisés para em minha frente e presta continência. — Temos duas chamadas. Um incêndio de pequena proporção e um acidente de trânsito, possivelmente com vítimas.

— Vamos! — Saio apressadamente da sala, onde aguardamos as chamadas, e vou em direção a área que ficam os caminhões e as ambulâncias.  

Rapidamente, todos os soldados estão a postos em seus lugares. O grupo de incêndio entra no caminhão feito um furacão e sai para atender a chamada. Decido ir com a equipe da ambulância. Abro a porta e sento ao lado do motorista. Os dois bombeiros enfermeiros e o médico vão na parte de trás. O soldado Chavier coloca o local do acidente no GPS, e enfia o pé no acelerador.

— O acidente foi na Presidente Dutra, rodovia que liga o Rio à São Paulo, envolvendo dois carros. E, segundo informações, os ocupantes de um dos carros envolvidos, infelizmente, não resistiram — Chavier me deixa a par da gravidade do acidente.

Ele desvia com precisão dos carros a nossa frente. Cada segundo é precioso para tentar salvar as vítimas. As sirenes ligadas ajudam a termos acesso mais rápido ao local. Minutos depois, Chavier já estava parando a ambulância no encostamento da rodovia. Descemos rápido, nos dirigindo até as vítimas.

A cena que está diante dos meus olhos faz meu coração se contrair. Dois carros colidiram de frente. Chego mais perto e junto com o médico constatamos os sinais vitais dos ocupantes da caminhonete vermelha, onde estavam dois homens de meia idade. O que está sentado no banco do passageiro está desacordado e sangra pelo canto da boca. O motorista, mesmo com os olhos fechados, balbucia algo que não dá para entender. Ele tem um corte profundo no supercílio direito, fazendo seu rosto ficar lavado em sangue.

— Estão vivos! — O médico fala, olhando pra mim. — Vamos tirá-los com cuidado, fazer os primeiros socorros e, sem demora, levá-los até o hospital mais próximo, visto que, aparentemente, o estado deles é muito grave.

— O casal do carro cinza, infelizmente, não resistiu — um dos enfermeiros informa, ao se aproximar de onde estávamos.

Respiramos fundo, consternados em saber que nem sempre conseguimos salvar todas as vítimas, mesmo esse sendo o nosso principal objetivo. Movido pela adrenalina, provocada pelo momento, foco nas duas vítimas que estão vivas. Comando a tirado dos dois homens. Tiramos primeiro o passageiro, que era o mais grave, para só em seguida retirarmos o motorista. Com a chegada de mais uma ambulância, conseguiremos transportá-los até o hospital mais próximo. Observo as duas ambulâncias saírem. E, em silêncio, peço a Deus pela vida dos dois homens, que certamente tem uma família a espera deles.

— Não vai agora tenente? — um bombeiro pergunta, parado ao meu lado.

— Não! Vou aguardar a chegada do IML para recolherem os corpos.

No local ficaram apenas eu e mais dois bombeiros. A polícia rodoviária está presente, organizando o tráfego na rodovia. O carros passam lentamente. Alguns curiosos colocam a cabeça do lado de fora, em busca de ver o acidente mais de perto.

Quebrando Regras (Finalizada)Onde histórias criam vida. Descubra agora