sixteen

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A tarde com Toga e os outros foi tranquila. Assim que chegamos no apartamento de Compress, recebi um sermão do mesmo dizendo que eu demorava demais. Por outro lado, Himiko parecia ansiosa com o fato de que eu estava com Dabi.

Após o almoço, nós ficamos a tarde toda conversando. Conhecemos melhor Fuyuki, o mesmo era um garoto fofo e honesto. Ele tinha um ótimo gosto musical e adorava receber carinho nas orelhas.

Ao final do dia, vimos um filme de comédia romântica, que Toga escolheu. O único que parecia prestar atenção na TV junto com a garota era Akashi. Compress dormia ao meu lado no sofá.

Peguei meu celular para ver as horas, era 19:48. Passei o dia todo com os três e nem me importei em certificar se havia recebido alguma coisa de Dabi. Abri o aplicativo de mensagens e entrei em sua conversa, vendo que o mesmo não mandou nada desde quando sai de sua casa.

Embaixo de seu número estava aparecendo que o mesmo estava online. Suspirei. Aparentemente ele iria começar a me ignorar cedo demais. Desliguei o celular, colocando-o em meu bolso trazeiro.

— Hum... Acho que vou embora - me levantei do sofá. O homem ao meu lado acordou assustado.

— Já? - Compress perguntou.

— Ah não - Toga abraçou minha perna, não me deixando andar - Fica mais um pouco!

— Eu fiquei o dia todo - tirei seus braços de mim.

Ela fez drama, fingindo chorar enquanto eu dava um abraço de despedida em cada um. Quando parei na frente dela, a loira me mandou um beijo e disse que era para eu mandar mensagem assim que chegasse no esconderijo. Tranquilizei a mesma e sai do apartamento.

Enquanto o elevador descia, pensei em ir na casa de meu pai. Era ruim ficar morando em um prédio abandonado, então farei um acordo com o mais velho. Andei pelas ruas frias indo para o mesmo bairro tranquilo onde o outro morava.

   Pessoas perambulavam pelas lojas naquele horário, muitos casais e grupos de amigos. Ignorei todos eles, tentando ser discreta no meio da multidão.

   Passei por ruas desertas da vizinhança já conhecida por mim. Barzinhos e lojas de conveniências eram poucas ali, mas tinha um que eu conhecia muito bem, e sabia que o meu 'querido' pai estaria lá.

   Caminhei sem pressa até o local, já vendo o aglomerado de homens velhos bebendo e conversando. Parei na porta do bar, procurando pelo o outro, o encontrando de paquera com a garçonete. Revirei os olhos e fui em sua direção, atraindo olhares desconfortáveis sobre mim.

Sentei-me ao seu lado no balcão, chamando a atenção da atendente que estava de papo com meu pai. Ela se virou para mim com uma expressão hostil, a encarei da mesma forma, dando um sorrisinho irônico antes de falar.

— Eu quero esta bebida aqui, por favor - indiquei com o dedo no cardápio.

O homem ao meu lado se assustou, me encarando com os olhos arregalados enquanto apontava o dedo em minha cara.

— O quê você está fazendo aqui?

— Surpreso, papai? - o drink que pedi foi colocado a minha frente, dei um gole do mesmo, dando um sorriso meigo logo depois.

— Ahmya, sua vagabunda! - bradou - O que você quer? Não ache que me esqueci do que fez comigo!

Me fingi estar sentida pelo que disse.

— Não fale assim comigo, sou sua filha - coloquei as mãos ao coração, tentando dramatizar - Mas já que perguntou...

Ele bufou. Sabia que eu queria algo do mesmo, se não eu não estaria aqui agora.

— Não pense que vai me convencer, entendeu? Você é uma cobra, eu deveria ter te matado também - a última parte o mais velho falou baixo. A raiva em meu peito aumentou.

Se eu quisesse, eu realmente não estaria ali. Mas estava precisando disso, e a única pessoa que eu poderia ameaçae agora seria esse velho barrigudo.

— Deveria mesmo... - sussurrei de volta - Mas acontece que você não matou. Agora escuta o que eu tenho para te dizer e cala essa boca.

Peguei em seu queixo, que ameaçava se virar para outro lado. Apertei com força, prendendo sua atenção inteira em mim, sem deixar que o mesmo tivesse a oportunidade de sair.

— Eu vou ficar um mês em sua casa, ocupando o meu antigo quarto. Vou te ajudar a bancar as contas nesse tempo, mas você não pode me questionar nada e nem tocar em mim. Entendeu? - apertei mais forte o seu rosto - E se você não aceitar... Eu dou uma passadinha na delegacia com todas as provas do que você faz.

Os olhos do mesmo se arregalaram, mais do que já estavam.

— O que você faz mesmo? Tráfico humano, certo? Tráfico de drogas e pornografia infantil, se não me engano - encarei o mais velho, que parecia assustado por eu saber de tudo aquilo - A polícia iria gostar de saber, não é?

O soltei, dando dois tapinhas em sua bochecha, sorrindo logo após o ato ao o ver tão vulnerável a mim.

Peguei meu celular no bolso trazeiro, abrindo a galeria e buscando pela pasta onde estavam todas as fotos de seus crimes. Virei o aparelho para o homem, rolando foto após foto. O rosto do mesmo ficou pálido e horrorizado.

— C-como você achou i-isso? - vi que suas mãos tremiam.

— Não te interessa - coloquei o dinheiro ao lado da bebida que eu havia pedido - Amanhã cedo estou indo para sua casa, acho bom estar lá.

Me despedi do velho, saindo do bar e indo para o esconderijo da Líga, que não era tão longe assim.

*

Hey! é a nanda ^^

estou postando com frequência porquê estou sendo muito motivada com a avaliação de vocês e com o alcance da fic :)

muitoooooooo obrigada ^^

curtam o capítulo❤️

cap sem revisão!!

𝒚𝒐𝒖 {dabi}Onde histórias criam vida. Descubra agora