thirty five

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— Ele apenas teve uma convulsão - o garoto tatuado de antes disse.

Observei o mesmo tirar os dedos do pulso de Katsuo, analisando seus batimentos cardíacos. O velho permanecia jogado em um canto do quarto em que estávamos. Os olhos fechados e a boca aberta. Me afastei, sentia nojo ao ver ele.

— Vamos descer - Dabi, que estava encostado na parede, disse.

Os dois rapazes se aproximaram de mim, um com as mãos nos bolsos e o outro ajeitando a manga da blusa. O com olhos azuis parou ao meu lado, virando-se de frente para o moreno tatuado.

— Vá indo na frente, Max - Dabi proferiu, olhando para o jovem com superioridade.

— Ok - deu cinco passos, indo para a porta do cômodo, por onde saiu e me deixou sozinha com o outro.

Ficamos em silêncio, um esperando o outro dizer algo. Meu coração batia forte contra o peito, eu não fazia ideia do que falar para ele depois de um
bom tempo.

   Várias coisas rondavam minha mente ingênua. Eu perguntava sobre Kei? Deixava que o mesmo me usasse? Ele realmente queria algo comigo? Por que eu tinha dependência emocional tão grande nele?

   Senti seu braço rondar minha cintura, puxando me para perto enquanto seus lábios ia em direção à meu ouvido. Um sussurro baixo, com a voz grave e meio áspera.

— O que foi? Por que está tão pensativa? - beijou o canto de meu rosto.

   Eu queria poder ficar ali, abraçada com Dabi, mas também não queria ser enganada. Então me afastei, colocando as mãos em seu peito amplo e o empurrando bem levemente para longe de mim.

— Nada - virei o rosto para a esquerda, onde Katsuo continuava desmaiado.

   O moreno permaneceu quieto, observando minhas expressões enquanto tentava entender meu comportamento. Eu estava quebrada por o ver deste jeito. Queria tanto o tocar e o ter em meus braços, mas para isso eu precisava ter certeza de seus sentimentos por mim.

— Ahmya - me chamou, com os braços abertos e os olhos confusos.

   Analisei ele, triste por estar longe de seu calor corporal, longe de seus lábios, longe dos toques suplicantes e urgentes. Agarrei-me, abraçando a mim mesma, cruzando os braços de forma engraçada.

   Continuei em silêncio, pensando se deveria responder a Dabi ou não.

— O que... Aconteceu? - encarei os olhos azuis, que tinham um brilho estranho.

— Conversamos depois, ok? - passei por ele, meus passos rápidos e ignorantes à sua presença.

— Eu achei que você não ia se esquecer de mim - falou, baixo e desiludido.

   Parei ao batente da porta, escutando sua voz sôfrega percorrer pelo quarto frio e escuro, que era iluminado apenas pela lua.

   Olhei em sua direção, o vendo com os braços soltos ao lado do corpo e uma expressão triste. Hesitei, quase indo para seu aperto aconchegante que eu tanto amava.

   Suspirei, voltando para a posição inicial e começando a caminhar para as escadas daquele andar. Deixei Dabi sozinho no cômodo, o peito ainda doendo por o ver vulnerável daquele jeito.

A cada degrau que eu descia, meu coração me mandava voltar lá e pedir desculpas, porém meu cérebro dizia ao contrário. O mesmo falava que eu estava certa e que não deveria ser trouxa novamente. E assim fiz, continuando meu caminho.

Ao chegar no andar em que todos estavam, ouvia vozes conversando calmamente, sempre variando nos timbres a cada 3 minutos. Me aproximei, vendo Max na frente de todos.

Me movi silenciosamente até Himiko, que logo me abraçou de lado enquanto prestava atenção no que o garoto tatuado dizia.

— ... E minha individualidade é cura - colocou as mãos no bolso - Quero dizer, eu consigo reconstruir as células que foram desfeitas.

Algumas pessoas bateram palmas e logo após, a ruiva com cicatriz no olho foi para o centro, onde Max estava antes. Ela respirou fundo e nossos olhares se encontraram por uma fração de poucos segundos.

— Meu nome é Emi - ficou um tempo em silêncio.

A voz era molhada e fria, passava uma sensação de conforto.

— Minha individualidade é de hipnose.

Lembrei-me de minha mãe, ela tinha uma quirk parecida, porém foi enfraquecida com a depressão. Não me recordava de ver a mesma usando seu poder.

A garota explicou como funcionava, dizendo que quando falava, enquanto a individualidade estivesse ativa, a pessoa seria hipnotizada. Era interessante como ela demonstrava, fazendo com que um dos recrutas ficasse apaixonado por ela em dois segundos.

Observei com cuidado, me impressionando com sua facilidade de controlar a quirk. Emi parecia tapa confortável e leve a usando.

Pelo canto do olho pude ver Dabi descendo as escadas. Meu peito ficou pesado novamente e senti vontade de sair dali. Ele vinha em minha direção, com os olhos baixos e as mãos no bolso. Quando chegou perto o suficiente, passou reto, não dizendo nada para mim. Fiz o mesmo, abraçando mais Toga.

Eu queria conversar com ele logp, porém estava insegura ao mesmo tempo. Mas já estava decidido, ao final da noite, eu falaria com ele.

*
oi gente

mais um cap para vocês!
me desculpem por a Ahmya ser burrinha, por favor :((

espero que estejam gostando, sério
eu me esforço para deixar a fic no agrado de vocêskkk

beijocas da tia nanda

cap sem revisão!!!!!

𝒚𝒐𝒖 {dabi}Onde histórias criam vida. Descubra agora