[13] O Casamento I

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Erina Thompson estava ansiosa para finalmente se tornar a senhora Erina Snape. O coração batia forte, e faltavam apenas três dias para o casório. Seu futuro esposo queria tudo um pouco rápido, para que eles possam ter uma "lua de mel" adequada antes da volta às aulas.

Nem ela e nem Snape tinham dinheiro para uma lua de mel de verdade, com viagens e passeios em lugares caros e exóticos como é mostrado nos filmes dos trouxas. Erina ouviu uma vez que, o período da lua de mel era o melhor momento para "se fazer neném", pois o casal estava em seu apogeu máximo entre o sexo e o amor.

Pois bem... acho que ela seria diferente dos outros. Casaria já com o "melhor momento" dentro de seu ventre.

Erina também não parava de olhar e sentir sua barriga. Era só uma sementinha que estava crescendo, mas amava Cassiopeia como se ela estivesse já nos seus sete ou nove meses de gestação.

Erina cantava músicas, conversava... parecia uma loucura fazer tudo isso para algo que ainda não tinha nem ouvidos para ouvir, mas para ela não era. E convenhamos que Erina nunca se considerou uma "pessoa normal". Muitos em Hogwarts lhe chamavam de esquisita ou mongolóide, por causa do seu jeito de pensar em um monte de coisas ao mesmo tempo.

Pelo menos, ela agora estaria se casando com alguém que gosta do seu jeito de ser.

Sua mãe fazia o vestido que seria usado no casamento. Erina pediu que fosse de seda azul, mas Lauane alegou que a seda era caríssimo. Irritada, Erina protestou:

— A senhora larga de ser mão de vaca. Temos um cofre cheinho no Gringotes e com dinheiro suficiente para comprar o tecido. É só a senhora me dar a chave, que eu vou lá e retiro a quantia correta. É o meu casamento, mãe. Sei que não vai ser luxuoso porque não desejo isso, mas para o meu vestido tem que ser algo fino!

Sua mãe ficou com tanto medo da resposta que acabou liberando a chave para o cofre. Outra coisa que deixava a senhora sua mãe um tanto desconfortante era a junção das fortunas no Gringotes depois do casamento. Erina não poderia juntar o dinheiro atual com o cofre de Snape por não estar no nome dela, mas ele poderia exigir que uma quantia fosse passada para seu nome.

Os trouxas chamavam isso de dote, que nos casamentos arranjados significava algum bem valioso que o pai da moça tinha para dar ao homem que ela iria se casar. No mundo dos bruxos não é diferente, mas Erina duvidava muito que Snape iria exigir que parte daquela fortuna fosse para ele.

Os dois não se casariam por interesse ou por um arranjo idiota, mas sim por amor.

O amor mais puro que existe.

Quando voltou do Beco Diagonal após comprar os lenços de seda, Erina subia o morro para voltar à fazenda quando sentiu alguém lhe seguindo. Poderia ser qualquer pessoa, mas aliviou seu coração quando viu Severo Snape, um tanto preocupado.

— Você me assustou, Severo...

— Não foi minha intenção. Queria conversar com você sobre o nosso casamento...

— Também quero conversar sobre isso, principalmente como iremos fazer.

— Temo que, pelo tipo de linho que está carregando queira algo fora dos padrões...

O casamento bruxo passou por muitas transformações ao longo dos séculos, e hoje tem algo mais firme e fixo, muito parecido com as celebrações do casamento trouxa, mas Erina não queria aquilo.

— Temos que voltar às nossas origens, as verdadeiras.

— Se refere às antigas celebrações de nossos antepassados... bem, eu não vejo nenhum mal nisso, mas... alguns dos convidados podem acabar não gostando muito...

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