[34] Mana Corrompida I

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Erina soube, mais tarde, quando voltou para a floresta que aquele patrono estava ali para auxiliar Harry Potter a encontrar a espada de Godric Gryffindor. O que ela ainda não conseguiu descobrir nessa história toda é o motivo pelo qual o garoto precisava da espada do fundador da Grifinória.

Erina queria poder descobrir, mas seu foco no momento era tentar entrar em contato com o seu marido.

Já ficou claro para todos dos Bruxos da Távola Redonda que Severo Snape é inocente, e que estava lá apenas cumprindo o seu papel de espião. Escrevia uma carta para ele, aos fundos do Pavilhão 12, onde também brincava com Cassiopeia. A pequenina iria completar dois anos de idade agora dia quatro de abril, e o maior presente que sua filhinha queria era ter o pai de volta. Fazia dois anos que ela não o via.

E Erina voltou a pensar, de novo, na filha de Bellatrix Lestrange. Delphini... como será que ela está? Está sendo bem cuidada? Come e mama na hora certa? Ou será que a cegueira ideológica de Bellatrix a impede de cuidar bem da própria filha? Régulo Black estava tirando esses pensamentos dela, mas era difícil. Erina sentia como se fosse... a mãe de Delphini.

— Melhor que não pense mais nisso, Erina. Aquela menina é filha da minha prima com... aquele monstro. — naquele dia, Régulo tinha dado um forte soco na parede de madeira da casa que fez suas mãos se machucarem — Imagina o que essa menina vai fazer quando crescer?

— Será uma boa pessoa... se eu conseguir dar um jeito de pegá-la.

— Não! Você não pode fazer isso. Fazer o parto daquela criança te deixou perturbada, minha cunhada.

Erina precisava tirar aqueles pensamentos ruins da sua cabeça mesmo... tanto que ficou ainda mais ao lado de Cassiopeia e ajudava Greta na criação do pequeno Sirius, que estava dando certos problemas. Não eram graves, mas o garotinho parecia ter os mesmos problemas de Cassiopeia quando era recém-nascida. A personalidade do pequeno era forte, e também era teimoso e decidido. Alguns dentinhos cresciam e machucavam Greta na hora da amamentação.

— Mas é assim mesmo, minha irmã. — disse Erina — Os bebês começam a crescer e morder nossos peitos. — disse em um tom irônico, mas o assunto era extremamente sério — Amo muito a Cassie, mas o que eu passei para cuidar dela nos primeiros meses foi muito difícil. Agora ela está largando meu peito e isso aliviou muito no quesito das mordidas.

— Ser mãe não é nada fácil, né? Eu devo imaginar o quanto a minha sofreu quando foi cuidar de mim. E olha que, comparando essa época com cem anos atrás... a dificuldade dela foi em dobro. Meu pai tinha deixado a gente para tentar usurpar outra família, e uma mulher solteira com uma criança no colo em pleno século XIX era quase como um atestado de morte. Todos te ignoravam e esqueciam da sua existência...

— Eu posso imaginar o que sua mãe passou... não é fácil, mas as recompensas vêm a longo prazo.

E era nesta conversa que Erina estava pensando quando tinha terminado de escrever a carta, e agora ela iria dar um banho em Cassiopeia depois dela ter se sujado toda de lama.

— Vamos tomar banho, bebezinha? — Erina fez carinho na barriga da pequena, que deu risada.

— Papai. — disse a pequena, baixinho — Quando volta?

— Em breve, meu amor. Só tenha mais um pouco de paciência.

— Meu aniversário... ele não vem?

Erina parou ao meio da escada e olhou para sua filha com um sorriso no rosto.

— Não posso garantir isso, meu amor. Entenda que o seu pai está com alguns problemas no trabalho dele, então acho que não vai poder vir a sua festa. — Cassiopeia abaixou a cabeça e ficou triste — Mas pense no melhor... o ano letivo está acabando e em breve, ele estará com a gente.

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