[35] Mana Corrompida II

64 9 192
                                    

1

Sua cabeça estava zonza e completamente estranha. O cheiro do local era pútrido, com uma mistura bizarra de dejetos e mofo. Erina tinha acordado nesse lugar depois de ter sido atacada com um pó negro que Vinda Prince lhe lançara. A primeira coisa que viu foram grades de metal e um corredor escuro com outras celas do outro lado. Estava no chão, perto de uma latrina aberta. Tentou se levantar e viu que estava presa por correntes na perna.

Onde estava Blossom? Erina procurou por todos os cantos do pequeno quarto, mas não encontrou nada. Será que a levaram para outro lugar?

Erina precisava tirar estas correntes das suas pernas. Invocou sua varinha de metal e apontou para as mesmas, que se cortaram com um feitiço de corte mais forte. Conseguiu se levantar agora e abrir a cela, colocando mais forças nas suas palavras. — ele estava trancado com magia, e o simples Alohomora não iria ajudar — Ela saiu com o pequeno estrondo que a porta fez, e foi andando até o corredor.

Era uma espécie de masmorra... extremamente gelada e cheia de celas para prisioneiros. Aos fundos, havia uma salinha vazia com uma enorme abertura no teto que dava para ver o céu — claro, porém extremamente gelado — e o pouco de neve que possuía na região.

Onde Erina tinha sido levada? Usou a magia milenar para descobrir, e logo levou um susto.

— É Nurmengard... — disse em voz alta — ... a prisão do Grindelwald.

Agora ela entendeu o motivo daquele frio horrível estando em plena primavera... Nurmengard ficava em alguma parte das montanhas da Noruega ou da Suécia, até pelo próprio Grindelwald ter nascido naquelas áreas de extremo inferno da Europa. No lugar onde a neve caía, tinha uma estátua destruída. Erina tirou um pouco da camada branca — e quase queimando a mão desprotegida — e leu a placa que dizia: Servos de Odin, o grande amante da guerra das terras mágicas nórdicas. Deus que representa a prisão de Nurmengard e o sucesso contra os inimigos.

Erina não conhecia muito bem as lendas nórdicas, mas sabia que Odin era mesmo um grande amante das guerras, e por isso era o principal Deus de Asgard. Com certeza a estátua que tinha sido destruída com o tempo era de Odin, e aquela masmorra era onde ficava "os servos", ou os inimigos que Grindelwald trazia na época da Guerra Bruxa Global.

— Socorro! — ouviu um grito, e Erina na hora olhou para trás e correu para ver quem era.

Passou por um corredor, seguindo os gritos abafados até chegar em um outro ainda mais abarrotado de celas. Na do meio da parte direita, estava a pessoa que gritara; viu Blossom Warren com os dedos queimados devido ao frio e também tremia muito.

— Blossom! Finalmente te encontrei...

— Socorro... t-tá muito frio... p-pegaram a minha varinha...

— Eu vou te tirar daqui. Se afaste.

Blossom deu vários passos para trás até suas costas encostarem na parede da cela. Erina apontou a varinha e gritou "Bombarda" no intuito de explodir toda aquela região. Quando a poeira abaixou, a menina saiu correndo para lhe dar um abraço. Seu corpo estava extremamente gelado, e suas roupas foram trocadas por um camisolão velho e encardido.

— Isso... você está muito gelada... vou te esquentar com o meu calor corporal.

Mas Erina também usava o mesmo camisolão, porém não estava sentindo o mesmo frio que ela por ter sido presa em uma área não tão gelada. Blossom começou a se sentir melhor com o abraço e parou de tremer, olhando com algumas lágrimas para Erina.

— Onde estamos?

— É Nurmengard... a prisão de Gellert Grindelwald... já deve ter ouvido falar dele, não é?

PrincessOnde histórias criam vida. Descubra agora