[38] A Morte do Príncipe II

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Erina tinha se lembrando que, abaixo do Salgueiro Lutador, havia uma passagem para a Casa dos Gritos, lugar onde as visões mostram Severo Snape sendo atacado por Voldemort. Remo Lupin que havia lhe falado isso quando perguntou sobre o ataque que Snape sofreu ao cair na arapuca de Tiago Potter e Sirius Black. Lá era o seu objetivo, e assim que chegasse poderia salvar o marido. Erina estava com o coração saindo pela boca, e temia pelo amado estar morto.

Estava se aproximando do Salgueiro Lutador, que, por algum motivo estava calmo. Subiu o morro correndo com sua filha nos braços quando escutou rosnados e passos atrás dela. Se virou, e uma alcateia de lobisomens se aproximava delas. Fenrir Greyback era o líder deles e olhava com certa saciedade para a pequena Cassiopeia.

— Mas veja o que eu encontrei aqui... duas presas fáceis. — disse Greyback — Ainda mais uma criança...

Erina pressionou Cassiopeia contra seu corpo para protegê-la.

— Você não vai tocar na minha filha, seu desgraçado. Nos deixe em paz.

— A mulher é toda de vocês... mas a criança é minha.

Greyback fez um aceno e ordenou que os lobisomens atacassem as duas. Erina correu com Cassiopeia entre os braços até a abertura que tinha abaixo da árvore quando ouviu um forte estrondo; o tronco da árvore chacoalhou e jogou um dos lobisomens para bem longe. Outro se aproximou, com dentes e garras afiadas e outro galho do Salgueiro foi para cima, dando o mesmo destino do anterior para este.

O Salgueiro Lutador parecia proteger as duas e não as atacava em nenhum momento. Erina aproveitou para colocar a filha primeiro no buraco. Depois que viu a pequena descer — e rindo no trajeto — Erina invocou a sua varinha e mirou para Greyback, bem no seu peito.

Estupefaça! — o feitiço foi em cheio e conseguiu acertar o coração do lobisomem, o jogando para bem longe e causando o seu desmaio.

Ela respirou fundo e adentrou ao buraco, sendo levada por um longo caminho em túnel espiral até chegar em um quarto específico. Caiu no chão de frente e tossiu um pouco de poeira. Se levantou e limpou o rosto, olhando para frente onde viu Snape caído em cima da cama. Erina reconhecia o lugar porque já tinha morado nele por alguns meses quando fugia da tirania de Dolores Umbridge enquanto estava grávida. Aquele era o seu quarto e logo correu para a cama.

Cassiopeia já estava em cima dela e remexia no corpo do pai, tendo alguma esperança de que ele pudesse estar vivo. Erina chegou e viu todo o colchão coberto pelo sangue do marido que saía de sua chaga mortal, localizada no pescoço. Havia um corte profundo e vários buracos menores que indicavam as mordidas de Nagini. Ela pegou no pulso dele e ouviu se tinha batimentos.

— Deus... ele está vivo. — disse, com um sorriso no rosto — Calma Severo... eu irei te salvar...

Erina pegou sua bolsinha e tirou três importantes frascos. Deu primeiro a Wiggenweld, levantando a cabeça de Snape e fazendo-o beber um pouco. Ela iria cicatrizar mais rápido as feridas que foram feitas pelos alunos. Depois, pegou outra, de cor vermelho sangue e o fez beber. Esta, iria recuperar um pouco o sangue que perdeu com os ataques.

Depois, invocou sua varinha e fez alguns feitiços para gerar curativos provisórios. Também lhe despejou várias rajadas do Anathema Vitae.

E a terceira e última poção, foi a do frasco verde pequeno. Pegou as mãos do marido, encurtou as mangas e colocou uma quantidade considerável e esfregou bem até sentir que estavam quentes. Colocou-as no rosto dele e isso o fez abrir os olhos.

— Severo... querido... — disse, afastando as mechas sujas de sangue do rosto dele.

— E-Erina?

— Não fale, por favor... eu tenho que te tirar daqui... a gente precisa fugir. Não faça nenhum esforço e também peço para que não durma. — Erina olhou para Cassiopeia — Cassie, acompanhe a mamãe. Não fique longe de mim. Vou tirar o papai daqui.

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